O Palmeiras não conseguiu furar a retranca do América de Natal, nesta tarde no Pacaembu, e atingiu a marca de quatro empates nos últimos 7 jogos (os outros três foram vitórias, totalizando sete jogos de invencibilidade).
Com a ausência de Wesley, Gilson Kleina voltou à formação com 3 atacantes, que já não vinha dando certo há tempos. Além disso, escalou Charles na vaga de Mendieta. A diferença é que desta vez apostamos em dois dos três atacantes se movimentando, sem guardar posição. Leandro e Vinicius rodavam por todos os setores do ataque, e apenas Alan Kardec ficava fixo. Valdivia iniciou a partida inspirado, e assim o Palmeiras pressionava, dando a impressão de que faria o gol a qualquer momento. As duas primeiras finalizações mais perigosas foram de Luiz Felipe, uma com boa defesa do estúpido goleiro Andrei, e a outra para fora. Aos 20, Alan Kardec ergueu a perna para alcançar a bola em um cruzamento da esquerda. Conseguiu alcançar, mas a bola subiu um pouquinho mais do que deveria, tocou no travessão e saiu.
Logo em seguida, Luiz Felipe sentiu uma contusão e foi substituído por Wendel. Lá pela metade do primeiro tempo, o técnico do América, Pintado - aquele volante pouco violento que jogou na bicharada nos anos 90 - acertou a marcação sobre Valdivia. Com o chileno marcado, o Palmeiras ficou sem criação, já que Vinicius e Leandro não estavam nada inspirados, e os volantes eram Araújo e Charles. Mas ainda tivemos mais duas boas chances de gol antes do intervalo: aos 35, Wendel lançou de cavadinha para Valdivia, que levou pro fundo e cruzou rasteiro para Leandro, que finalizou na rede pelo lado de fora. Aos 43, Juninho acertou um cruzamento muito parecido com aquele para o gol de Valdivia contra o Avaí, mas desta vez foi para Alan Kardec, que cabeceou firme, para baixo, mas o goleiro fez ótima defesa. Fim de primeiro tempo, 0x0.
Voltamos do intervalo sem alterações. O América também não trocou ninguém, mas voltou ainda mais recuado, congestionando a entrada da área, bloqueando os laterais e forçando a marcação sobre Valdivia. O jogo ficou truncado, sem chances de gol de qualquer lado. Foi quando Gilson Kleina se mostrou, mais uma vez, um asno nas substituições. Precisávamos de alguém para encostar em Valdivia, dividir a atenção dos volantes do América, tabelar com o chileno, como fazem Wesley e Mendieta. Havia duas opções para isso no banco, Serginho e Felipe Menezes. Ele colocou Serginho no lugar de Leandro, até aí tudo bem. Mas mandou Serginho jogar aberto na ponta esquerda, e mandou Vinicius, que só rende bem na ponta esquerda, jogar na ponta direita. Incompreensível. Mas o pior ainda estava por vir. Aos 31, nosso treineiro resolveu colocar CAIO no lugar de Vinicius. Caio jogou enfiado dentro da área, e Alan Kardec veio jogar na direita, recuando para buscar jogo. É inacreditável que uma pessoa ganhe um salário na casa dos 6 dígitos para fazer uma lambança dessas.
Logo na sequência, as duas melhores chances do segundo tempo: a primeira foi do América, quando Adriano Pardal pegou a sobra de um cruzamento e, da risca da pequena área, bateu rasteiro, para Fernando Prass fazer um verdadeiro milagre com o pé esquerdo, lembrando sim o nosso Santo em sua fase áurea. Goleiro nós temos. Em seguida, Valdivia fez um lançamento magistral para Caio, mas era só o Caio, então faltou a qualidade técnica para finalizar fora do alcance do goleiro Andrei ou tocar para Serginho que entrava a seu lado. Fora esses dois lances, o segundo tempo foi de tentativas fracassadas, e as esperanças de gol se resumiam aos momentos em que Valdivia dominava a bola e às investidas de Wendel pela direita. Wendel, aliás, que sempre aparecia bem no ataque, dividia todas as bolas, ganhava a maioria, mas infelizmente a gente sabe que a qualidade na hora do cruzamento não é uma de suas características. Ainda assim, é um jogador que respeita e honra as cores do Palmeiras, e tecnicamente, mesmo não sendo bom, não vem comprometendo.
Com relação ao andamento do campeonato, o empate de hoje não atrapalha em nada. Já havíamos antecipado neste espaço que novos tropeços iriam acontecer, ninguém ganha todos os jogos, mesmo na série B. A campanha de 17 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, com 74,7% de aproveitamento continua absolutamente dentro dos parâmetros esperados e é uma das melhores campanhas da história da série B, superior inclusive ao gambá em 2008. Portanto, o empate em si é absolutamente normal e faz parte da jornada. O que é preocupante é a incapacidade de nosso treinador em diagnosticar e consertar as falhas do time. Parece que todo mundo enxerga, menos ele. Não podemos, de maneira alguma, manter para o ano que vem um profissional tão pouco gabaritado. Ele é esforçado, bem intencionado, e talvez até tenha potencial para vir a ser um bom técnico no futuro. Mas definitivamente ainda não é a hora dele.
Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane (A), Borges (B), Juliane (J), Mark (M), Mari (Ma) e Thiago (T). Para nós, o melhor foi Fernando Prass. Justiça seja feita, ele praticamente não jogou, mas quando precisamos dele, fez uma defesa no melhor estilo Marcos e evitou a derrota. Prass merece. O pior, como não poderia deixar de ser, foi Gilson Kleina, o Presuntinho. Entre os jogadores, a honra coube a Leandro, que já anda merecendo esquentar o banco.
Fernando Prass - 8
A - 7
B - 8
J - 7
M - 9
Ma - 9
T - 8
Luiz Felipe - 7,25
A - s/n
B - 7
J - s/n
M - 8
Ma - 8
T - 6
Vilson - 5,58
A - 6,5
B - 5
J - 5
M - 5
Ma - 6
T - 6
Henrique - 4,83
A - 4
B - 5
J - 5
M - 5
Ma - 5
T - 5
Juninho - 4,17
A - 6
B - 4
J - 3
M - 3
Ma - 4
T - 5
Márcio Araújo - 6,42
A - 7
B - 6
J - 7
M - 5
Ma - 7
T - 6,5
Charles - 4,75
A - 6
B - 5
J - 5
M - 4
Ma - 4
T - 4,5
Valdivia - 7
A - 7
B - 7
J - 7
M - 6
Ma - 7
T - 8
Leandro - 1,84
A - 2
B - 2
J - 2
M - ZERO
Ma - 1
T - 4
Alan Kardec - 4,33
A - 3
B - 4
J - 3
M - 5
Ma - 5
T - 6
Vinicius - 4,42
A - 3,5
B - 3
J - 2
M - 7
Ma - 7
T - 4
Wendel - 4,75
A - 6
B - 3
J - 3
M - 5
Ma - 5
T - 6,5
Serginho - 3,92
A - 6
B - 3
J - 3
M - 4
Ma - 4
T - 3,5
Caio - s/n
A - s/n
B - s/n
J - s/n
M - s/n
Ma - s/n
T - s/n
Kleina - 1,17
A - 3
B - 2
J - 2
M - ZERO
Ma - ZERO
T - ZERO
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