Ainda bem que temos a parada da copa

O Palmeiras sofreu, na noite desta quarta, em Presidente Prudente, mais uma daquelas derrotas inexplicáveis. Contra um adversário nitidamente inferior, o time fez no primeiro tempo sua melhor partida desde a vitória contra o Goiás, mas não conseguiu converter a superioridade em gols, e o castigo veio na segunda etapa. 

Alberto Valentim, talvez perplexo pela atuação razoável de Felipe Menezes no domingo, resolveu escalá-lo como titular no lugar de Mendieta, contundido. Foi a única alteração com relação ao time titular que perdeu para a Chapecoense. O resultado foi que Menezes só acertou uma jogada em toda a partida: um belo passe para Henrique - que estava impedido. O time apertava o Botafogo, Diogo e Wesley quase marcaram em bons chutes de fora da área, e o gol parecia questão de tempo. 

Com o jogo empatado, tivemos ainda duas chances claríssimas para matar o jogo, ambas com Marquinhos Gabriel. Na primeira, um cruzamento perfeito de Wendel. Mas, quando Wendel acerta, a bola vai na cabeça de quem não sabe cabecear. Marquinhos, sem marcação na linha da pequena área, cabeceou fraco, pra baixo, perdendo o gol. Alguns minutos depois, Wesley fez um belíssimo lançamento para Marquinhos Gabriel pela esquerda, o goleiro Renan saiu do gol precipitadamente, e o camisa 40 tocou por cobertura, mas errou o gol. O castigo quase veio em seguida, quando Renan deu um chutão pra frente e Zeballos raspou de cabeça para o cidadão que adultera documentos e faz contrabando de BMW, que fez o gol. O bandeira errou ao dar o impedimento, mas poucos minutos depois, no intervalo, a postura desse verme acabou dando razão ao auxiliar. Ainda tivemos um pênalti claríssimo em cima de Diogo e outro cometido pelo goleiro Renan em Henrique, obviamente não assinalados por Heber Roberto Lopes. 

O jogo começou no segundo tempo da mesma forma que no primeiro, inclusive com mais uma finalização de Wesley de fora da área logo a um minuto, que assustou o goleiro adversário. Continuamos sofrendo com o fato de ter um jogador a menos, devido a Felipe Menezes estar ainda em campo. Até que o pior aconteceu, o Botafogo achou um gol. Escanteio da direita batido no primeiro pau, Wendel tirou para a entrada da área e Bolatti bateu de primeira, acertando um chute no cantinho, daqueles que nenhum jogador acerta contra outros times, só contra o Palmeiras. O gol simplesmente destruiu o time. Wesley fez duas faltas bestas, tomou dois cartões e foi expulso. Ainda assim, Valentim continuou alienando e demorou para mexer no time. E quando mexeu, manteve Felipe Menezes em campo, e tirou Marquinhos Gabriel para a entrada de Chico. Não é assim que se lança um jovem da base no time principal. Não é quando o time está perdendo e com um a menos que o garoto vai entrar e decidir o jogo. Tudo errado. Bernardo só entrou aos 35. Depois dos 40, ele colocou Rodolfo no lugar de Wendel. Começamos a achar que as vitórias anteriores foram apenas sorte de principiante de Alberto Valentim, porque neste jogo, especificamente, ele se mostrou tão inapto quanto Kleina nas substituições equivocadas e tardias. 

Para piorar, tomamos o segundo em um contra-ataque que mais parecia um lance de fim do futebol do churrasco. A ressaltar apenas a entrega de Diogo, que foi o único que se dignou a dar um pique de 80 metros pra tentar evitar o gol. 

Domingo teremos o último jogo sob o comando de Alberto Valentim. Depois os jogadores terão uma semana de folga, e na volta treinarão por mais de um mês sob o comando de a
Gareca. Esperamos que se confirmem as notícias do acerto iminente com Fernando Tobio, e que venha também um lateral-direito, que é hoje a maior deficiência do time. Ajustando o sistema defensivo, aí sim poderemos pensar em um atacante com maior poder de fogo. Mas, no momento, a defesa é prioridade absoluta. E agora, com o elenco com o moral baixo, qualquer resultado contra o Grêmio que não seja uma derrota deve ser comemorado. Que venha a Copa, e venha logo. 

Atuações: as notas de hoje foram por Ariane, Juliane, Marcus, Mariana, Renato e Thiago. Para nós, houve empate quanto ao melhor em campo, entre Lucio e Diogo. Já quanto ao pior, nenhuma dúvida: foi Wesley, que vinha fazendo sua melhor partida no Brasileiro, mas estragou tudo com uma expulsão besta, jogando fora qualquer possibilidade de reação. 



Sabe bem o quem vem pela frente: Botafogo

Sem conseguir o adiamento da partida dessa quarta, já que a delegação só conseguiu sair ontem de Chapecó por conta das condições climáticas, Palmeiras realizou apenas um treino rápido na noite de ontem em Presidente Prudente.



A lista de relacionados tem como novidade a presença de Miguel. Prass, Bruno Cesar, Eguren, Valdivia, Leandro e agora Mendieta, são os desfalques.

Felipe Menezes e Bernardo são os principais candidatos para a vaga de Mendieta


Confira a lista completa:

Goleiros: Fábio e Vinicius
Laterais: Wendel, William Matheus e Victor Luís
Zagueiros: Lúcio, Marcelo Oliveira e Wellington
Volantes: Wesley, Renato e Josimar
Meias: Marquinhos Gabriel, Bernardo, Felipe Menezes e Patrick Vieira
Atacantes: Henrique, Diogo, Rodolfo, Miguel e Chico.

O fragilizado Botafogo, que está na zona de rebaixamento do campeonato, tentará se aproveitar do cansaço de nossa equipe para ter vantagem na partida de hoje. 

Confira o vídeo publicado hoje pela TV Palmeiras com o histórico dos confrontos entre as duas equipes.



Que sirva de inspiração para nossos representantes esta noite. Palmeiras é raça!

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS (Provável): Fábio; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e William Matheus; Renato, Wesley, Felipe Menezes e Marquinhos Gabriel; Diogo e Henrique.
Pendurados: Henrique, Josimar, Lúcio e Wesley;
BOTAFOGO: Renan, Lucas, Bolívar, André Bahia e Junior Cesar; Airton, Bolatti, Edilson e Wallyson; Zeballos e Emerson. Técnico: Vágner Mancini.
Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC)
Local: Prudentão, em Presidente Prudente
Horário: 19h30
Transmissão: SporTV


Forza!

É hora de renovar!

A derrota contra o Chapecoense neste último domingo foi inaceitável para a parte da torcida palmeirense. Particularmente, o descomprometimento, a displicência e a vagabundagem de alguns jogadores me irritaram mais do que a derrota propriamente dita.

Usarei o clichê de que perdemos na hora certa, mas deixarei claro que isso não deve ser passado em branco. "Ah, foi só uma derrota." Eu lembro muito bem de 2012 e sei o quanto um pontinho faz falta. Não, não quero dizer que vamos cair para a série B (batam na madeira!). Quero dizer apenas que nenhum ponto pode ser disperdiçado. Eu sempre vou querer um lugar maior do que a 10ª posição no final do campeonato. Não quero ter que dizer depois que "ah, menos mal, está bom assim." Somos Palmeiras e o pensamento deve ser grande. 

Depois da contratação do nosso mais novo técnico, Gareca, enxergo um período de renovação no Palmeiras. Não se assustem caso daqui uns 3 meses eu esteja muito mais positiva ou desesperada, aqui é assim que funciona. O que quero dizer é que enxergo alguns fatores como positivos nesses últimos dias. 

Primeiro a vinda de um técnico com boas referências. Acredito que ele pode nos proporcionar inovação, tanto com novos reforços e indicações, quanto em estilo e estratégia de jogo. 

Segundo, acho que a parada da copa nos trará benefícios. Técnico novo, precisa de tempo pra se adaptar e tudo mais. Mais do que adaptação, Gareca precisará de disposição (coisa que Wesley e Mendieta não tem muito) pra trabalhar. 

As mudanças e acertos internos, com peças no elenco que já temos, são tão importantes quanto contratações que precisam ser feitas para montarmos um time bacana. Vejo muitas coisas pra acertar no time, como por exemplo, arrancar Marcelo Oliveira improvisado na zaga. Não sou a melhor pessoa para dizer quais mudanças e contratações Gareca há de fazer. Sei apenas que elas deverão ser feitas. São peças básicas e fundamentais que precisamos contratar para montarmos um bom time. É trabalhar pra aproveitar o que também tem nos rendido bons resultados, como o desempenho de Diogo, Henrique, Fábio e até mesmo Renato. 

Aproveita esse tempo, Palmeiras. Vamos arrumar a casa e voltar para o campeonato com tudo!

Sorte ao Gareca, muito trabalho e paciência! Não vai ser fácil. De nós, todo o apoio! E um pouquinho de corneta! =P

Avanti, Palestra!

Kleina voltou?

O Palmeiras fez uma péssima partida e foi derrotado pela Chapecoense por 2-0 na noite deste domingo em Chapecó. Já são 3 partidas contra o "Verdão do Oeste", sem fazer nenhum gol. Está pintando uma nova asa negra?


(Foto: Cesar Greco/Fotoarena)
A partida lembrou os piores momentos do Kleinismo. Os jogadores de frente não se movimentavam, o meio não marcava, a zaga estava exposta. Renato estava completamente perdido na marcação, Mendieta se contundiu no início do jogo mas só foi substituído no início do segundo tempo. Marquinhos Gabriel voltou à rotina de não jogar nada quando entra como titular, mesmo assim foi o responsável pela melhor chance do Palmeiras no jogo, em boa jogada individual ainda na primeira etapa, que terminou em uma boa defesa de Danilo. Alberto Valentim ainda insiste em um dos maiores erros de Kleina, que foi manter Marcelo Oliveira na zaga. Erro que foi maquiado pelas boas atuações e nenhum gol sofrido nas partidas anteriores, mas ainda assim um grande erro. 

Ainda assim, tivemos 15 ou 20 bons minutos na primeira etapa, quando Marquinhos Gabriel abandonou o posicionamento de ponta-direita fixo e passou a rodar mais pelo meio-campo, aproximando-se de Wesley e Mendieta na armação das jogadas. Com isso, o time conseguia ter mais posse de bola e envolver a Chapecoense, sem no entanto criar chances efetivas de gol. E bem quando o Palmeiras era melhor, a Chapecoense puxou um contra-ataque pela esquerda. A bola foi virada para o outro lado, nas costas de William Matheus, onde Roni dominou e cruzou forte para Tiago Luis, que vinha fechando em velocidade e concluiu para abrir o placar. 

Voltamos para o segundo tempo sem alterações, e não vimos nem a cor da bola nos dois primeiros minutos. A pressão era enorme, e o gol saiu rápido. Um chute de longe, Marcelo Oliveira estava no caminho da bola mas tirou mal, e Dedé, com rara felicidade, pegou o rebote e com um belo chute colocado de primeira acertou o canto de Fábio (que já havia trabalhado muito bem no primeiro tempo, diga-se). 

Em seguida, Mendieta deixou o campo e, para decepção geral, quem entrou foi Felipe Menezes (ah, "Kleina"...). Surpreendentemente, enquanto esteve em campo, Menezes foi o melhor do Palmeiras. O que é desesperador, pois se ninguém consegue jogar melhor do que Felipe Menezes, obviamente não chegaríamos a lugar algum. O resto do jogo transcorreu de forma modorrenta, sem chances de gol para nenhum dos lados. Patrick Vieira e Bernardo entraram nos lugares de Diogo e Marquinhos Gabriel, mas decepcionaram. Patrick errou demais, e Bernardo mal foi visto em campo. Logo ele, que tem como uma de suas características participar muito do jogo. Jogadores e técnico não conseguiram fazer o time reagir. Já vimos isso várias vezes sob o comando de Kleina. 

É bom que Gareca esteja olhando com muita atenção, e percebendo que Wendel não pode ser o lateral, Marcelo Oliveira não pode ser zagueiro, e que o time está sem movimentação ofensiva suficiente para suplantar bons sistemas defensivos. Ainda estamos em 5º, a 1 ponto do G4 e a 4 do líder. São mais duas rodadas até a parada, onde Gareca assumirá a equipe e trará (esperamos) melhoras ao desempenho do time. Nessas duas rodadas, quatro pontos (no mínimo) seriam muito bem-vindos. Principalmente os três pontos contra o péssimo time do Botafogo. Ainda estamos na briga, e ainda somos o melhor time de SP no campeonato. Estamos à frente dos dois rivais da Capital, de novo, como já aconteceu no Paulista. É a prova de que não somos, em hipótese alguma, a quarta força do Estado, como quer a imprensa. Pra cima do Botafogo agora!

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Mariana, Marcus, Renato e Thiago. Para nós, o melhor em campo foi Fábio, e entre os de linha incrivelmente Felipe Menezes ganhou as melhores notas. O pior foi Wendel, simplesmente desastroso.



Sabe bem o que vem pela frente: Chapecoense

Para enfrentar o lanterna da competição, nosso técnico interino relacionou 20 jogadores. A novidade é o retorno do meia Patrick Vieira que desde abril não aparecia na lista.



Os desfalques ficam por conta de Prass, em recuperação da cirurgia, Eguren que está com a Seleção Uruguaia, Valdívia com a seleção do Chile, Bruno César ainda em readaptação física e Leandro, com a Seleção Brasileira Sub-21.

Lista completa:
Goleiros: Fábio e Vinicius
Laterais: Wendel, William Matheus e Victor Luís
Zagueiros: Lúcio, Marcelo Oliveira e Wellington
Volantes: Wesley, Renato e Josimar
Meias: Mendieta, Marquinhos Gabriel, Bernardo, Felipe Menezes e Patrick Vieira
Atacantes: Henrique, Diogo, Rodolfo e Chico.

Embalados, sem perdermos há quatro jogos, estamos no G4 e o objetivo é mantermos essa posição e subir ainda mais na tabela antes da parada pra Copa. Além da Chapecoense, ainda enfrentamos o Botafogo, em má fase.

Valentim deve alterar a formação da equipe após a péssima atuação de Mendieta, Bernardo deve entrar como titular. O novo técnico Gareca assume apenas após a copa, mas estará observando a equipe para conhecer melhor os jogadores.

Nosso adversário vem fazendo uma péssima campanha. Lanterna da competição com apenas dois pontos e ainda teve seu técnico demitido após a derrota da ultima rodada.

Palmeiras e Chapecoense se enfrentaram apenas duas vezes ao longo da história dos clubes, ambos os jogos na série B do ano passado onde sofremos uma derrota fora de casa por 1 x 0 e um empate por 0 a 0, no Pacaembu.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS: Fábio; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e William Matheus; Renato, Wesley e Bernardo (Mendieta); Marquinhos Gabriel, Diogo e Henrique
CHAPECOENSE: Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Jailton e Rodrigo Biro; Wanderson, Abuda, Bruno Silva e Régis; Tiago Luís e Fabinho Alves
Técnico: Celso Rodrigues.
ARBITRO: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
LOCAL: Arena Condá, em Chapecó
HORÁRIO: 18h30hs.
PENDURADOS: Henrique e Josimar.

Forza, Palestra!

Para o alto e avante!

Tá correspondendo, continue assim!
Foto: Getty Images.

E o Palmeiras venceu mais uma. Na última partida sob o comando do interino Alberto Valentim, o Verdão venceu o fraco Figueirense pela contagem mínima. Novamente não foi um bom jogo, mas vieram mais três preciosos pontos, que dessa vez nos colocou no G4, estando no bolo dos líderes. É briga pelo titulo que esperamos, como é bom ver o Palmeiras novamente na parte de cima da tabela.

O jogo começou modorrento, com o Figueirense recuado e o Palmeiras estranhamente nervoso, especialmente o Wendel, que quase entregou duas bolas no início da partida. Ainda assim, tínhamos o domínio da partida, mas não organização, já que Mendieta novamente foi o pior jogador em campo. O paraguaio não é meia-armador, isso já tinha ficado evidente em jornadas anteriores, mas fica ainda mais acentuado quando o colocam para substituir Valdivia, que faz jogadas verticais com muito mais velocidade que Mendieta. Ele é um camisa 11, que prende jogo e que sozinho na armação vira presa fácil.

Ainda assim, as chances surgiram. Diogo em cabeçada e Wesley com um chute fora da área foram os primeiros, mas assim que o time acalmou e colocou a bola no chão, o desempenho foi bem melhor. William Matheus, que vem mostrando merecer a titularidade, iniciou uma tabela rápida com Marquinhos Gabriel que terminou com um cruzamento preciso na cabeça de Henrique, que novamente estava no lugar certo e na hora certa, como um centroavante oportunista deve ser. Palmeiras na frente, quinto gol de Henrique em seis jogos.

Vale também o destaque para Diogo, que vem desempenhando muitíssimo bem como segundo atacante, fazendo jogadas mais insinuantes e ainda voltando quando preciso. Lamentamos muito que ele tenha se lesionado no Paulistão, está jogando muito mais que o antigo titular Leandro.

Para o segundo tempo, o Palmeiras voltou com a mesma postura dominante que havia terminado a etapa inicial, sobretudo com os toques rápidos de Marquinhos Gabriel, que foi o jogador que mais tentou jogadas agudas na etapa derradeira. Mendieta continuou sonolento e a paciência de Valentim finalmente acabou, o substituindo por Bernardo, que fez a sua estreia, mas teve seu jogo prejudicado com o momento coletivo do time, que tirou o pé do acelerador muito antes da hora e ficou sem ninguém para ter quem tocar, já que minutos depois, Marquinhos Gabriel foi substituído por Victor Luis.

A partir daí, aos 30 do segundo tempo, o Figueirense passou a morar no campo de ataque do Palmeiras e não soubemos explorar os raros contra-ataques. Ainda tivemos uma defesa providencial de Fábio, que saiu do gol com uma segurança digna da tradicional escola de goleiros do Palmeiras. Após longos minutos de sofrimento, o juiz enfim apitou e os três pontos vieram.

Ainda não dá para ficar alheio às deficiências do time: Wendel não dá, Marcelo Oliveira não é zagueiro e é lento, Mendieta não é armador e o time não pode recuar cedo demais quando o placar está na contagem mínima. Mesmo assim, Valentim passa a tocha para Gareca com um bom aproveitamento de 4 vitórias em 4 jogos e sem nenhum gol sofrido, no que merece todo nosso agradecimento. O próximo oponente é a Chapecoense fora, o atual lanterna. Vencer essa partida é fundamental para preparar o terreno visando a volta pós-Copa e também a manutenção do time no pelotão de cima. Depois, temos um combalido Botafogo e um confronto direto contra o Grêmio, último oponente antes da parada. O momento é bom, vamos aproveitar. Avanti, Palestra!

Notas:  As notas foram dadas por Juliane, Ariane, Renato e Marcus. Para nós, o melhor em campo foi Diogo, com uma partida voluntariosa onde buscou o jogo o tempo inteiro e fez boas jogadas. Merece a titularidade. O pior foi Wendel, que sabemos que não serve para a lateral do Palmeiras desde 2007, mas que ainda assim continuamos ver o eterno improviso.


Juliane Ariane Renato Marcus Média
Wendel 1 2 3 2 2,00
Mendieta 3 4 5,5 3 3,88
Wesley 5 5 6,5 6 5,63
Victor Luis sn sn sn 6 6,00
Bernardo 6 7 sn 6 6,33
Marcelo Oliveira 7 7 6 6 6,50
Renato 7 6 7 6 6,50
Lucio 7 7 6 7 6,75
W. Matheus 6 6 6,5 8,5 6,75
M. Gabriel 7 7 6 9 7,25
Alberto Valentim 7 7 8 8 7,50
Henrique 8 8 8,5 7,5 8,00
Fabio 8 8 8 8 8,00
Diogo 8,5 8 7 9 8,13
Mazinho sn sn sn sn ######

Bienvenido, Gareca!

Toda sorte do mundo para você, Gareca. Estamos juntos.
Foto: Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação.

Agora podemos dizer: Habemus tecnicus! 

Após semanas de especulações e, ao que parece, um "processo seletivo", o novo comandante da casamata alviverde é Ricardo Gareca, ex-jogador argentino e que vem com um background vitorioso como treinador no território hermano. Gareca vem para suprir a lacuna deixada pelo general Scolari em setembro de 2012 e que foi ocupada por um treineiro tampão por dolorosos 20 meses, que não deixou nenhum legado ou resultado positivo.

Sobre os resultados prévios, Gareca venceu 3 campeonatos argentinos com o tradicional Velez Sarsfield e foi longe com esse mesmo time em Libertadores. Sem contar o histórico de ter usado mais de 30 jogadores da base por lá, exatamente o oposto do que ocorre por aqui. O fato de permanecer por 5 anos também significa muito, mostra que é possível ter longevidade com um bom técnico.

É uma aposta interessante e muito válida. Ao invés de continuar na previsível ciranda de contratar algum dos mesmos nomes de sempre, o Palmeiras resolveu injetar sangue novo nessa veia envelhecida e ultrapassada que é o mercado de técnicos no Brasil - um mercado onde profissionais ruins são ultra valorizados. Mais do que uma atitude necessária para o Palmeiras dentro do panorama atual, é um choque cultural obrigatório e, se a aposta funcionar, estaremos novamente na vanguarda do futebol brasileiro. 

É um treinador relativamente novo e que nos coloca em uma situação diferente. Por ser uma incógnita, não dá para cravar de imediato o sucesso e só conseguiremos ver o progresso do trabalho com o passar do tempo. Novamente, a parada para a Copa do Mundo se torna um fator providencial para o Palmeiras, que ganha tempo para preparar o terreno visando formar um ambiente completamente diferente no segundo semestre, em que devemos brigar por títulos - e que inclusive, deve ser o período em que voltaremos para nossa casa (pelo menos é o que esperamos). 

Paciência também será uma palavra de ordem nesse período, mas se deram tanto tempo para um teletubbie como o Kleina, é de se esperar que a tolerância com Gareca, alguém que tem uma história muito mais vencedora no futebol, seja muito maior. Cabe também ao atual interino Alberto para deixar o Palmeiras em situação confortável suficiente na tabela para que Gareca assuma o comando com mais tranquilidade, será de profunda importância o Palmeiras vencer os seis pontos nos dois próximos jogos contra os lanternas catarinenses. Também esperamos que os jogadores atuais do nosso plantel abracem a filosofia do novo comandante (seja ela qual for) e remem todos na mesma direção, rumo às vitórias.

Claro, sabemos que só a vinda dele não basta. O Palmeiras continua cheio de buracos no elenco e precisamos de bons reforços com urgência. Cabe agora ao Gareca avalizar esses nomes e torcer para que uma nova espinha dorsal para o segundo semestre seja montada. É a hora da reconstrução.

Toda sorte do mundo para você, Ricardo Gareca, o nosso novo comandante. Estamos torcendo muito para que você quebre paradigmas nesse letárgico futebol brasileiro e faça uma história gloriosa no Palmeiras, com diversos títulos sob sua batuta. 

Avanti Palestra!

Tá ruim, mas tá bom!

Foto: Romildo de Jesus / Futura Press

E o Palmeiras venceu mais uma, a terceira vitória no campeonato. O título desse texto demonstra toda a bipolaridade da partida, afinal, o jogo foi pavoroso e os próprios jogadores do Palmeiras judiaram da bola, a tratando como se fosse uma batata quente, transformando o jogo em um show de horrores. Em contrapartida, foi a nossa terceira vitória em sequência (contando Copa do Brasil), vencemos fora de casa contra um adversário cujo não vencíamos em seu território há 11 anos e estamos a dois pontos da liderança, mesmo com todos os desfalques e improvisos. Nada mal, fechamos a noite com saldo positivo.

O interino Alberto Valentim se viu com diversas bombas em sua mão - como por exemplo os desfalques de William Matheus e Valdivia -, mas dava para ter feito muito melhor do que fez nessa noite. Wellington é zagueiro, mas foi escalado na lateral, mostrando um claro nervosismo e desconforto na posição, sendo que já o vimos atuar com personalidade no miolo da zaga. Marcelo Oliveira é volante, mas foi escalado (novamente) na defesa e não sabemos até quando insistirão nessa brincadeira, já que é lento demais para desempenhar essa função. Wesley poderia muito bem fazer a função de ala direito e Mendieta, ao menos na teoria, se encarregaria de fazer a transição que o camisa 11 costuma fazer (e não fez nessa noite). 

Devido a escalação completamente torta de Alberto e o desempenho abaixo da média de muitos jogadores, o primeiro tempo foi doloroso para todos. A bola queimava nos pés dos jogadores e por muitas vezes eles quase entregaram a rapadura. Mendieta, que deveria fazer a função de meia-armador (algo que ele não é), fez papel de fantasma e não apareceu no primeiro tempo - e quando apareceu, errou todas. Sem nenhum chute a gol, fomos para o intervalo em um irritante zero a zero. O único destaque do primeiro tempo na linha foi Diogo, que demonstrou uma aplicação tática impressionante e, além de cobrir a eterna deficiência do Juninho, mostrou ser um importante segundo atacante.

Na volta para o segundo tempo, felizmente a estrela de time grande brilhou e Marquinhos Gabriel, que não estava bem, acertou um chute feliz que desviou no jogador do Vitória e viu a bola morrer no fundo da rede. Estávamos na dianteira!

E o gol melhorou um pouco a partida. O Palmeiras passou a jogar mais no campo de ataque, mas sem muita efetividade. Henrique continuou tão isolado quanto área de quarentena e esse panorama permaneceu até o apito final do prélio. Mendieta continuou errando todas e Wesley prendeu demais a bola, sem saber o que fazia com ela. O Vitória, precisando da vitória (desculpem por essa), partiu para o ataque e fez a estrela de Fábio brilhar, com quatro defesas difíceis. O jovem goleiro vem mostrando segurança e já se garante como reserva imediato do Prass.

Alberto não ajudou ao fazer as substituições. Mazinho foi inexplicável e Tiago Alves quase entregou uma bola que foi salva por Fábio. Quase promoveu a estreia de Bernardo, mas por alguma razão, deixou o contratado de fora. Veremos como Bernardo joga nas próximas partidas.

Ao final do jogo, o saldo foi positivo. Apesar do jogo fraco, da escalação torta e dos desfalques, estamos brigando pela dianteira, algo que sempre devemos almejar. Mas que isso não mascare os problemas: Alberto não passa de um tapa-buracos, Wendel (que não jogou) não deve ser lateral titular, zagueiros improvisados na lateral não rendem, Marcelo Oliveira na zaga é um temor e Mendieta não é meia armador (vamos observar o Bernardo). Temos dois jogos contra times que estão na parte de baixo da tabela (Figueirense e Chapecoense), é possível vencermos as duas e alcançarmos a liderança. Não é um delírio pensar nisso. Avanti Palestra!

Notas:  As notas foram dadas por Marcus, Juliane e Ariane. Para nós, o melhor em campo foi o Fábio, com defesas fundamentais para os 3 pontos. Na linha Marquinhos Gabriel foi o destaque com o gol. O pior foi Mendieta, que estava em noite de Patrik Fenômeno.


Juliane Ariane Marcus Média
Mendieta 5 4 2 3,67
Wesley 4 5 3 4,00
Lucio 5 4 4 4,33
Mazinho 4 5 5 4,67
Juninho 5 6 4 5,00
Alberto 6 7 2 5,00
Marcelo Oliveira 6 7 5 6,00
Wellington 7 7 6 6,67
Henrique 7 7 6 6,67
Renato 7 7 7 7,00
T. Alves 7 7 sn 7,00
Diogo 7 7 8 7,33
M. Gabriel 8 8 8 8,00
Fabio 9 9 10 9,33
Victor Luis sn sn sn ######

Quatro anos após o adeus a um velho amigo

Na próxima quinta (22 de maio), farão exatamente quatro anos desde o último jogo oficial do Palmeiras no mágico e saudoso Palestra Itália, após quase dois anos de especulação sobre a construção da nova arena (que hoje está quase pronta). Impossível não sentir saudades do velho templo recheado de tantas glórias e que formou muito de nossa identidade enquanto torcida. 

E o último jogo oficial, como não poderia deixar de ser, foi repleto de diversos sentimentos, que variou desde a alegria por apenas estar ali presente até a tristeza por saber que aquela seria a última vez que veria um jogo no Palestra do jeito que conheci. Desde o momento em que vesti a camisa em casa tendo em mente de que aquele era o último jogo oficial, até após o lanche no Bourbon, muito tempo após o apito final, no qual passei pela Francisco Matarazzo e visualizei o estádio por mais uma vez. 

Em 2010 eu tinha 22 anos, tinha vivido um pouco mais da metade da minha vida tinha sido na arquibancada do Palestra. Vi não apenas esquadrões, ídolos mostrando habilidade e vitórias épicas, mas também derrotas que doeram na alma e times que nem de longe honraram a nossa rica e gloriosa história - inclusive o do ano corrente, afinal, o time que entrou em campo era um catado enxertado com a sobra dos jogadores derrotados do interminável ano de 2009. Muitas histórias de cada palmeirense que pisou no Palestra Itália (e mesmo aqueles que queriam conhecer, mas estiveram lá com a alma), cada uma com sua peculiaridade, foram escritas com amor e alma em cada palmo do concreto da arquibancada. Se normalmente já não gosto de despedidas, nesse dia doeu mais.

Tudo o que fiz nos momentos que precederam a partida tiveram um peso maior dentro do coração: o percurso no metrô, a caminhada da estação Palmeiras-Barra Funda até a Turiassú, a passada no Bar do Sílvio para tomar uma cerveja antes de entrar e, finalmente, a entrada. Antes de adentrar o Jardim Suspenso pela última vez de maneira oficial, lembrei-me do meu pai, me levando para assistir um jogo pela primeira vez em 1999 após muita insistência da minha parte. Nesse dia ele não estava presente (a última vez dele no Palestra foi contra o CAG, nas quartas de final da Copa do Brasil desse mesmo ano), mas a memória dos inúmeros jogos que vimos juntos e dos momentos insólitos que presenciamos ao longo desse período veio e, claro, meu coração apertou antes mesmo de entrar no estádio. Mas naquele instante eu consegui segurar as lágrimas.

Uma vez dentro, a caminhada pelo fosso foi lenta. Tudo o que eu queria era contemplar os detalhes que sempre estiveram ali, como os tijolos laranjas de um lado e as numeradas de outro. Andando mais um pouco, me recordei que em muito tempo de Palestra, o único jogo de numerada (descoberta) que vi foi em 2003, contra o Sport, no primeiro quadrangular da tenebrosa segunda divisão (e perdemos por 3 x 2). Ainda no fosso, me recordei das tradicionais saídas onde o jornalista Chico Lang era "homenageado" por todos, mesmo que ele não estivesse ali (se é que um dia esteve), mas que era a representação corpórea da "imprensa de gambás" que tanto sentimos ojeriza.

Subindo as arquibancadas, olhei para onde estava o Setor Visa, local que enquanto era arquibancada, era onde eu e meu pai permanecíamos, com uma visão boa para o jogo e com uma vibração sem igual. Na hora, fiquei nervoso ao pensar que aquele setor só servia para atrapalhar - nesse jogo e contra o Boca Júniors (no fim do texto volto a esse tópico), essa parte estava vazia. Já instalado na arquibancada, deu para sentir o mesmo aperto no coração de cada um dos quase 18 mil que ali estávamos.

E antes do jogo começar reencontrei meus velhos amigos de arquibancada e que hoje são amigos para toda a vida. Companheiros de diversos prélios, especialmente de 2006 em diante, com quem pude dividir todas as alegrias e angústias inerentes à vida de torcedor. Com eles que assisti um Palmeiras então desfigurado fazer uma partida primorosa (algo incomum na temporada em questão) contra o Grêmio, time que duelamos tantas vezes e que, por um golpe do destino, foi o último adversário oficial do Palmeiras em nossa velha casa. Foi nessa noite que vimos São Marcos realizar sua última partida no campo onde ele venceu a Taça Libertadores de maneira épica. 

Coube ao meia Cleiton Xavier a honra de fazer o último gol no Jardim Suspenso, em um jogo que terminou 4 x 2 para o Palmeiras. Fim de jogo. Fim de uma era.

Mas não queríamos sair dali. Muito após o apito final, ainda estávamos na arquibancada, observando o estádio sendo esvaziado e permanecendo por lá, com mais alguns outros que também não estavam prontos para dizer o adeus definitivo. Do muro da arquibancada com o fosso, dei uma última olhada no panorama geral do estádio, agora já vazio. O coração apertou ainda mais.

Após o lanche no Bourbon e olhando para a fachada do Palestra pela última vez que finalmente caiu a minha ficha de que uma era tinha acabado. As lágrimas enfim vieram e só restou olhar para trás e dizer "obrigado por tudo, Palestra". Todos os momentos vividos ali viraram histórias, pedaços da minha vida que sinto alegria apenas em lembrá-las. Mais da metade da minha vida (até então) foi vivia naquele local.

E hoje repito: obrigado por tudo, Palestra!

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Após esse dia, ainda teve o jogo festivo contra o Boca Júniors. A carga emocional foi menor do que contra o Grêmio e desse dia guardo a festa e a simbiose da torcida (exceto o letárgico Setor Visa, que estava vazio). Valeu por poder estar na arquibancada por mais uma vez, como se fosse um dia bônus para todos que estiveram ali. 

O jogo contra o Boca em si foi horroroso, mas guardo essa foto que tirei abaixo para a posteridade.

A última foto e a saudade imensurável que sinto desse lugar.

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Não sei como será a nova casa, mas sinto saudades de tudo o que cerca o jogo na região. Volta logo, Palestra! 

Vamos em frente

Jogando um excelente segundo tempo, após claudicar no primeiro, o Palmeiras venceu o Sampaio Corrêa por 3-0 e está classificado para pegar o Bvaí na próxima fase da Copa do Brasil. Antes de tudo, agradecemos ao time maranhense pela providencial vitória no jogo de ida, que culminou na demissão do Presuntinho e, consequentemente, salvou o ano. Mas já tiveram seus momentos de glória, agora deixem o torneio para quem realmente merece. 

O pós-jogo de hoje será rápido e direto, por absoluta falta de tempo. O time entrou em campo com o mesmo 4-3-3 da partida de sábado contra o Goiás, com a única modificação sendo a entrada de Mendieta no lugar de Valdivia, que se apresentou à seleção chilena para a Copa. Sem muitas chances de abrir o marcador, os grandes momentos da primeira etapa foram um chutaço de Henrique de fora da área, e de esquerda que é a perna fraca, que explodiu na trave e correu quase em cima da linha para sair do outro lado, e uma excelente defesa de Fábio em chute forte de William Corrêa. Se fosse o Bruno, a vaca teria deitado ali. 

No segundo tempo, o Sampaio pressionou durante 5 minutos, mas quando o Palmeiras conseguiu sair das cordas, passou a ditar o ritmo. Mas a pressão só veio com força após a entrada de Marquinhos Gabriel no lugar de Leandro. Se Marquinhos, quando entra de titular, jogasse o tanto que joga quando entra no segundo tempo, seria um dos principais jogadores do time. E Mendieta foi aparecendo. Primeiro em uma finalização de fora da área que lambeu o travessão, depois em uma cabeçada no segundo pau que explodiu na trave, e depois finalmente fazendo o gol com um toque sutil na saída do goleiro, aliviando a pressão. Após o gol ele fez um sinal de silêncio para a torcida. Coisa corriqueira no futebol, que vive acontecendo em todos os times, mas como é no Palmeiras já vai virar guerra pessoal contra o jogador. 

O jogo seguiu sem maiores complicações até os 42, quando veio aquele momento que o palmeirense teme: Marcelo Oliveira fez falta desnecessária na lateral da área. Já começamos a nos preocupar. Mas a bola foi afastada e no contra-ataque Marquinhos Gabriel lançou Wesley, que ficou cara a cara com o goleiro. Ele tinha Wendel entrando livre pela esquerda para finalmente fazer seu primeiro gol, mas Wesley finalizou e errou. Aí veio a certeza de que tomaríamos o empate e seríamos eliminados. Isso é típico de Palmeiras. 

Mas, logo em seguida, outro contra-ataque com Wesley encontrando Marquinhos Gabriel livre pela esquerda. Com muita calma, ele olhou pra área e fez o passe na medida para Henrique, que dominou com a direita e bateu com a esquerda, fazendo 2-0. É o quarto gol de Henrique em 4 jogos e, sejamos honestos, o antecessor que vestia a 14 e pulou o muro nunca jogou o que Henrique vem jogando. 

Ainda houve tempo para Wesley deixar Felipe Menezes - que entrara no lugar de Mendieta - na cara do gol. Menezes guardou o terceiro, para espanto geral da nação. 

Fizemos nossa parte, agora vamos em frente. O saldo desta fase do torneio foi altamente positivo, pois chegamos com Bruno titular e Kleina "comandando", e saímos sem nenhum dos dois. Que venha o Bvaí. 

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Marcus (M), Mari (Ma) e Thiago. Para nós, o melhor em campo foi Mendieta, que não se escondeu e decidiu o confronto. O pior foi novamente Leandro, que se escondeu e atrapalhou o time, a ponto de os 3 gols saírem após ele ter deixado o campo. A melhora foi mais pela presença de Marquinhos Gabriel do que pela ausência de Leandro, mas isso não muda o fato do camisa 38 ter sido o pior do time. 


Fábio 8,1
A 7
M 9
Ma 9
T 7,5

Wendel 4,8
A 5
M 4
Ma 4
T 6

Lucio 7
A 7
M 7
Ma 8
T 6

Marcelo Oliveira 5,4
A 5
M 5
Ma 5
T 6,5

William Matheus 7,9
A 7
M 8,5
Ma 9
T 7

Renato 7,4
A 7
M 8
Ma 8,5
T 6

Wesley 3,5
A 5
M 1,5
Ma 0
T 7,5

Mendieta 9
A 8
M 10
Ma 9
T 9

Diogo 8
A 7
M 9
Ma 9
T 7

Henrique 8,3
A 8
M 8
Ma 8
T 9

Leandro 2,6
A 3
M 2
Ma 0
T 5,5

Marquinhos Gabriel 8
A 8
M 7
Ma 7
T 10

Wellington sn
A sn
M sn
Ma sn
T sn

Felipe Menezes 6,8
A 7
M 7
Ma 6
T 7

Alberto Valentim 8,6
A 8
M 9
Ma 10
T 7,5

Sabe bem o que vem pela frente: Sampaio Corrêa

Foi realizado na tarde desta terça o último treino antes da partida de volta contra o Sampaio Corrêa, partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil.


A novidade na lista é o retorno de Eguren entre os relacionados. Já os desfalques ficam por conta de Prass, Bruno César e Valdívia, que já se encontra com a seleção Chilena.

O time que o interino Alberto Valentim esboçou foi com: Fábio; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e William Matheus; Renato, Wesley e Mendieta; Leandro, Diogo e Henrique. A única alteração em relação ao time da semana passada é à entrada de Mendieta no lugar de Valdívia.

Lista completa:
Goleiros: Fábio e Bruno
Laterais: Wendel, William Matheus e Juninho
Zagueiros: Lúcio, Marcelo Oliveira e Wellington
Volantes: Renato, Wesley, Eguren e Josimar
Meias: Mendieta, Marquinhos Gabriel, Felipe Menezes, Serginho e Mazinho
Atacantes: Henrique, Leandro e Diogo.

Precisamos apenas de uma vitória para nos manter na competição, vencer por 1 a 0. Em caso de vitória por 2 a 1 vamos aos pênaltis. 

Já o nosso adversário, vai tentar fazer história no Pacaembu buscando uma classificação inédita em sua história. 

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS: Fábio; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e William Matheus; Renato, Wesley e Mendieta; Leandro, Diogo e Henrique.
SAMPAIO CORRÊA: Rodrigo Ramos; Paulo Ricardo, Edimar, Paulo Sérgio e Willian Simões; Jonas, Uillian Corrêa, Arlindo Maracanã e Valber; Waldir e William Paulista.
ARBITRO: Marcos André Gomes da Penha (ES);
ASSISTENTES: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Vanderson Antônio Zanotti (ES) 
LOCAL: Pacaembu, São Paulo.
HORÁRIO: 22h00
TRANSMISSÃO: ESPN Brasil, FOX Sports, Globo e Sportv.

FORZA, PALESTRA!

Assim joga um time grande

Com uma ótima atuação, o Palmeiras derrotou o Goiás nesta tarde de sábado no Pacaembu pelo placar de dois a zero, mostrando que a presença daquela cara de derrotado do Kleina à beira do gramado apenas atrapalhava. 

O time escalado pelo interino Alberto Valentim em quase nada diferia de quando Kleina partia para o 4-3-3, mas na prática a diferença era enorme. Juninho foi barrado, segundo informações, por dores na coxa, mas entrou no fim do jogo, sem necessidade. William Matheus jogou em seu lugar e fez as duas assistências. Fábio parece ter ganho a vaga de Bruno, e o único erro de Kleina que foi repetido pelo interino foi a manutenção de Marcelo Oliveira improvisado na zaga. 

Mesmo com um time muito parecido com o que já havia sido usado algumas vezes, com a bola rolando as diferenças eram evidentes. O Goiás não tinha espaço para jogar. Leandro deixou a preguiça de lado e foi muito participativo. Wesley, com muitos erros de passe, atrapalhava os ataques mas ajudava demais na hora de marcar. Diogo ocupava muito bem os espaços pelo lado esquerdo. Com isso, Renato não ficava muito exposto e tinha seu trabalho bastante facilitado. 

O primeiro gol não demorou a sair. William Matheus bateu falta pela direita na direção do segundo pau, Lúcio entrou em posição de impedimento e bateu forte, fazendo seu primeiro gol com o manto alviverde. E a comemoração do capitão foi bem representativa do espírito que o veterano zagueiro demonstra em campo. Pouco depois, novamente William Matheus jogou um lateral para dentro da área do Goiás. Henrique subiu muito, girou no ar e fez uma finalização impressionante de cabeça. Impulsão, força, técnica, presença de área. Pareceu um gol comum, mas foi uma jogada com um grau de dificuldade altíssimo, um verdadeiro golaço do camisa 19. O ex-centroavante que vestia a 14 jamais faria esse gol. 



(Foto: Piervi Fonseca/AGIF)



Com o ex-técnico, o que poderíamos esperar para a segunda etapa seria um sufoco do Goiás, o Palmeiras acuado, sem saída no contra-ataque, e tomaríamos no mínimo um gol. Mas não foi o que se viu. O Palmeiras voltou ciente do que tinha que fazer para manter o jogo sob controle. O Goiás tinha a posse de bola a maior parte do tempo (ao contrário da primeira etapa, quando tivemos 67% de posse), mas não nos pressionava. Quantas vezes contamos com milagres de Fernando Prass para nos salvar de resultados negativos em casa? Ontem Fábio não precisou fazer nenhum, as finalizações do Goiás saíam mascadas, seus jogadores nunca finalizavam com liberdade. Chico teve sua chance de estrear, mas não apareceu muito. No fim, Alberto ainda fez mais duas alterações daquelas difíceis de explicar, com Josimar entrando no lugar de Wesley e Juninho no lugar de Henrique para jogar no meio (!!!!!). Mas o jogo já estava ganho, não houve sustos. 

Com o resultado, o Palmeiras deve terminar a rodada entre os 10 primeiros, que é a posição esperada com o elenco que temos hoje. Com o elenco de hoje e o técnico anterior, brigaríamos contra o rebaixamento. Sem Kleina, a série B deixa de ser uma preocupação. Com alguns reforços pontuais, podemos brigar por algo além do meio da tabela neste campeonato. 

Quarta-feira é dia de agradecer ao Sampaio Corrêa pela vitória da semana passada, que proporcionou à torcida a maior alegria do ano até aqui, que foi a demissão de Kleina. Vamos dizer "obrigado, vocês já fizeram a sua parte, mas a vaga é nossa". Basta o 1x0. E que seja com mais um gol de Henrique, que já tem 3 em 3 jogos. Parece que o centroavante anterior, assim como o técnico anterior, tem tudo para não deixar saudades. 

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Juliane, Marcus e Thiago. Para nós, o melhor em campo foi Valdivia, com mais uma de suas atuações espetaculares, que vêm se repetindo com frequência em 2014. O pior foi Leandro. 

Fábio 7,7
J 8
M 8
T 7

Wendel 3,7
J 3
M 3
T 5

Lúcio 8,7
J 9
M 9
T 8

Marcelo Oliveira 6,3
J 6
M 6,5
T 6,5

William Matheus 8,3
J 8
M 8,5
T 8,5

Renato 7,8
J 8
M 8
T 7,5

Wesley 6
J 7
M 7
T 4

Valdivia 9,7
J 10
M 10
T 9

Leandro 4,3
J 2
M 4
T 7

Henrique 8,7
J 8,5
M 8,5
T 9

Diogo 7,5
J 7,5
M 7,5
T 7,5

Chico sn
J sn
M sn
T sn

Josimar sn
J sn
M sn
T sn

Juninho sn
J sn
M sn
T sn

Alberto Valentim 8
J 8
M 8
T 8

Sabe bem o que vem pela frente: Goiás

Com o técnico interino Valentim no comando, Palmeiras enfrenta nesse sábado o Goiás, as 18:30hs no Pacaembu.

Ao final do treino, fechado para imprensa, na tarde de ontem Valentino divulgou a lista dos relacionados, são eles:

Goleiros: Fábio e Bruno
Laterais: Wendel, Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio, Marcelo Oliveira e Wellington
Volantes: Wesley, Renato e Josimar
Meias: Valdivia, Mendieta, Serginho, Marquinhos Gabriel, Mazinho e Felipe Menezes
Atacantes: Henrique, Leandro e Diogo

Os desfalques ficam por conta de Fernando Prass, com fratura no cotovelo e Bruno Cesár, que segue em recuperação.

Valdivia e Josimar são estão “pendurados” , com 2 cartões amarelos cada.

Alberto Valentim diz ter feito algumas alterações mas que manteve a base de Kleina. Uma das alterações deve ser a saída de Josimar como titular, dando lugar para Mendieta. Valentim não confirmou a equipe titular,

Palmeiras e Goiás já se enfrentaram 44 vezes sendo, 24 vitorias, 9 empates e 11 derrotas. 

Goiás vai à campo com 2 atacantes. Os escolhidos pelo técnico Drubscky são Erik e Araújo. O ex-jogador da vez é o meia Tiago Real, só que não poderá atuar contra a gente por razões contratuais.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS (Provável): Bruno; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; Renato, Wesley, Mendieta e Valdivia; Diogo (Leandro) e Henrique
Técnico: Alberto Valentim
GOIÁS: Renan; Vitor, Jackson, Alex Alves e Lima; Amaral, David, Thiago Mendes, Ramon e Erik; Araújo
Técnico: Ricardo Drubscky
ARBITRO: Felipe Gomes da Silva (PR)
ASSISTENTES: Ivan Carlos Bohn (PR) e Moisés Aparecido de Souza (PR)
LOCAL: Pacaembu, em São Paulo
HORÁRIO: 18h30



FORZA, PALESTRA!

Já vai tarde, Kleina

Gilson Kleina não é mais o técnico do Palmeiras. Nunca deveria ter sido. Eu não o traria da Ponte Preta. Também não o demitira após o insucesso da missão de evitar a queda, pois não havia muito o que pudesse ser feito. 

No entanto, a partir de 2012, foram várias chances de se demitir o técnico: o episódio Mirassol, o episódio CAP, o episódio Ituano, o episódio Flamengo, e agora o Sampaio Corrêa. 

Os piores momentos de Kleina foram Atlético Paranaense e Flamengo. No caso de CAP, após uma vitória sofrida por 1x0, e sem tomar gol em casa, a classificação parecia encaminhada. Tudo bem que fomos prejudicados pela negociação - posteriormente frustrada - de Vilson poucas horas antes do jogo, mas a postura da equipe foi péssima. Um jogo inteiro sem chances de gol, acuados por um time mediano, que no segundo tempo fez 3x0 com uma facilidade inacreditável. Ali, começou a ficar claro que Kleina não sabia armar um time no ataque sem deixar a zaga toda exposta. À época, ele insistia com Márcio Araújo e sua limitadíssima capacidade de marcação como primeiro volante. O time sai para o ataque sem cobertura e tudo estoura na zaga. 

Mas a partida em que ficou mais clara a incompetência de GK foi no último domingo, contra o Flamengo. Ao observador menos atento, o primeiro tempo parecia promissor, o Palmeiras jogava bem, dominava a partida, estava o tempo todo no ataque e pouco era ameaçado (mesmo assim ainda tomou um gol). Mas, para quem observa também o adversário, era evidente que o sucesso do Palmeiras no primeiro tempo era fruto da escalação totalmente equivocada de Jayme de Almeida. Bastou uma alteração no intervalo para mudar totalmente o panorama do jogo, virar o placar em pouco mais de 10 minutos e deixar Kleina totalmente atônito, sem entender o que estava acontecendo e sem capacidade de reação. Não podemos nos dar ao luxo de ter um inútil desse naipe na beira do gramado. 



Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press


Contra o Sampaio Corrêa, o primeiro tempo foi mais um daqueles momentos vergonhosos. Não conseguimos sequer ameaçar um time fraquíssimo. A entrada de Diogo melhorou sensivelmente o desempenho do time, e o gol saiu até com facilidade. Aí, Kleina achou que o 1x0 estava bom. Tirou Henrique, um dos melhores do time e jogador de referência no ataque, para colocar em seu lugar ninguém menos do que Mazinho. Amigos, quem faz uma substituição dessas em um momento como esse não quer ganhar nada. É inexplicável. A virada do Sampaio, apesar de dolorosa, teve um efeito imediato: tornar insustentável a permanência de Kleina. 

O treinador não tem comando, não cobra os atletas, faz improvisações em posições em que há um especialista  em boas condições, ignora os atletas da base, pede jogadores de qualidade no mínimo discutível como Josimar, poucas vezes escalou Wesley em sua posição correta, nunca escalou Mendieta em sua posição correta, não consegue um equilíbrio entre ataque e defesa, alterna um esquema com 3 volantes com outro esquema com apenas um volante, permite que Josimar e Leandro andem em campo, totalmente desinteressados, escala um jogador notoriamente de bom passe e chutes de longe, mas sem velocidade, como um ponta-direita fixo (Bruno César), fazia Alan Kardec jogar de lateral-direito em várias ocasiões, acompanhando o lateral-esquerdo adversário até o fim, escalou Serginho em tantas posições diferentes que não há mais referência sobre a verdadeira posição de Serginho... Enfim, eram tantos erros, e tão claros, que não conseguimos entender como ele conseguiu completar 20 meses no comando do Palmeiras. Muito mais erros do que acertos. Vamos falar dos acertos: recuperou o bom futebol de Valdivia, achando um bom posicionamento para o chileno, conseguiu fazer Vinicius ser por algum tempo um dos destaques do time, sacando o atacante da posição de centroavante e deslocando para a ponta-esquerda, acreditou em Lucio, o que acabou sendo um acerto, e principalmente, criou um ambiente interno muito favorável, com um elenco unido e coeso. Ocorre que não há bom ambiente com seguidas derrotas, e esse seu grande trunfo foi minado pela própria incapacidade de fazer o time jogar um futebol minimamente aceitável. 

Durante boa parte do Campeonato Paulista, Kleina teve quase 100% do elenco à disposição. Sinceramente, é difícil enxergar hoje um time no Brasil que tenha quatro jogadores de meio-campo com a qualidade de Wesley, Valdivia, Bruno César e Mendieta. É complicado escalar os quatro juntos, mas o paraguaio pode ir para o banco e o meio-campo com os outros 3 seria melhor do Brasil, com a proteção de volantes e laterais. Mas Kleina se perdeu no melhor momento, Bruno César era sacrificado na ponta-direita, o rendimento não era nem perto do esperado, e simplesmente não deu certo por incompetência do técnico. 

O elenco do Palmeiras não é para brigar do meio da tabela pra baixo no Brasileiro. Obviamente, é muito difícil qualquer time sair da série B para brigar por título na A, e hoje a nossa realidade é que nós acabamos de voltar da B. Mas a capacidade do elenco está muito além de apenas tentar não cair. Temos jogadores de qualidade. A zaga é criticada, mas um dos zagueiros na verdade é volante, sendo que Wellington, que nunca comprometeu, tem condições de jogo e vinha sendo preterido pelo ex-técnico. Na esquerda, Juninho fez boas partidas no Paulista, William Matheus não foi muito bem testado ainda. Na direita, um lateral titular é necessário imediatamente. Para jogar de volante, temos Marcelo Oliveira que vinha muito bem antes de ser recuado para a zaga. Renato e Bruninho já mostraram qualidade. Wesley e Mendieta têm todos os atributos para voltarem às suas posições de origem (segundo volante), desde que tenhamos um treinador que COBRE deles o posicionamento adequado e um comprometimento com o time, coisa que Kleina nunca fez. O time precisa ser reforçado urgentemente na lateral-direita e ataque, nas demais posições podemos sim fazer boa campanha com o elenco atual. Não precisamos nos preocupar com rebaixamento, desde que o time seja bem escalado, bem posicionado, bem treinado. Em 20 meses, Kleina não conseguiu definir nem um batedor de faltas, reparem que a cada falta há uma discussão para definir quem bate. A determinação tem que vir do técnico, e fim!

Finalmente, como o próprio Kleina disse, o ciclo acabou. Devemos ser muito gratos ao Sampaio Corrêa, que nos proporcionou o golpe final em um técnico já nocauteado. A desconfiança vai diminuir, os técnicos adversários já sabem que não conseguirão dar um nó tático no Palmeiras com apenas uma alteração, como fez o técnico do Flamengo domingo. Ainda falta muito, mas esse foi o primeiro - e importantíssimo - passo para o Palmeiras finalmente voltar a ser Palmeiras. 

Kleina, já passou da sua hora!

Como já era esperado, devido à péssima escalação, o Palmeiras foi derrotado pelo Flamengo no Maracanã, pelo placar de 4x2, isso após estar com o jogo na mão. Esperamos que tenha sido a última partida sob o comando do ignóbil Gilson Kleina. Foi mais uma derrota que vai direto para a conta do Panda.

(Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)


No intervalo do jogo, com o Palmeiras jogando bem e ganhando, eu tuitei isto:




Era óbvio. Kleina escalou mal, mas Jayme de Almeida foi pior. Como prometido, vou explicar: Jayme escalou os mulambos no antigo e ultrapassado 4-4-2 inglês, com os meio-campistas quase em linha - os meias laterais um pouco mais avançados que os centrais -, todos atacando e defendendo. Esse sistema só funciona se:
- os meias que atuam pelos lados forem rápidos e com bom preparo físico, isso ele tinha;
- os que atuam pelo meio devem ter excelente capacidade de marcação, pois ficam expostos, bom passe e visão de jogo. Obviamente, com Márcio Araújo e Victor Cáceres, nada ele não tinha nada disso. Cáceres só marca, e Araújo a gente conhece bem, não marca nem ataca. 

A escalação idiota de Jayme era inexplicável, principalmente porque ele já tinha conhecimento prévio do time que Kleina mandaria a campo. Araújo e Cáceres ficariam sozinhos para marcar Serginho, Wesley e Valdivia. E com isso o Palmeiras dominou o meio-campo, Valdivia deitou e rolou no espaço entre o meio-campo e a zaga adversária, e Wesley abriu o placar com um lindo chute, logo aos 12. O empate dos gambás do RJ veio logo em seguida, numa bobeada da nossa defesa, mas passou a impressão de que era um gol achado, que não mudaria o panorama do jogo e o domínio do Palmeiras. E foi o que aconteceu. Continuamos em cima, dominando as ações, e o gol era questão de tempo. Até que aconteceu, e foi um golaço: excelente enfiada de bola de Wesley para Wendel. Da linha de fundo, o lateral rolou para trás para Valdivia, que tinha condições de bater pro gol, mas optou por um passe desconcertante para o estreante Henrique, que com muita calma bateu no contrapé de Felipe, fazendo 2 a 1 para nós. 

Ainda no primeiro tempo, o jogo começou a mudar com a contusão de Fernando Prass no cotovelo direito. Bruno NFL Tijuana entrou no lugar do capitão. Mais do que afetar o psicológico do time na partida, pois nitidamente os jogadores de linha não têm a menor confiança em Bruno (nem nós, torcedores, temos), a contusão de Prass é extremamente preocupante para a sequência do campeonato. O mais lamentável é que há um rodízio entre Fábio e Bruno no banco de reservas, mas Prass só se machuca quando é a vez de Bruno. 

Era evidente que Jayme de Almeida consertaria seu time no intervalo. Todos os técnicos o fazem, só Kleina não tem essa capacidade. Mauro Naves, da Rede Globo, logo no início da segunda etapa, relatou sua conversa com Kleina no intervalo. Se a conversa realmente tiver sido como ele descreveu, dá a impressão de que até Kleina estava surpreso com a boa atuação no primeiro tempo. Mas ele não entendeu que isso só aconteceu por causa do erro crasso do técnico adversário. 

A alteração de Jayme foi a esperada: Lucas Mugni no lugar de Nixon (também poderia ter sido no de Negueba, o dono do melhor nome do futebol brasileiro). Mas não foi uma simples alteração. Com Mugni centralizado, ele montou o meio com Araújo de volante e 3 meias, Negueba pela direita, Mugni no meio e Paulinho na esquerda. O esquema era uma espécie de 4-4-1 + o Cáceres em cima do Valdivia. Ao mesmo tempo ele anulou Valdivia e matou a sobra no meio-campo, com Mugni em cima de Josimar. E ainda abriu espaço para Márcio Araújo se adiantar e entrar na nossa área para fazer o gol de empate em jogada de lateral. É de matar. 

Kleina, não dá pra jogar com Josimar como único volante. Wesley não tem todo esse poder de marcação e precisa de mais 2 volantes, ou pelo menos com outro meia que ajude bastante. Esse jogador está no elenco do Palmeiras, chama-se William Mendieta, mas não, Kleina é incapaz de enxergar.  No primeiro tempo, com o adversário sem nenhum meia para ser marcado, Wesley se destacou. No segundo, com Mugni aproveitando a incapacidade de marcação de Josimar, sumiu Wesley, sumiu Josimar, sumiu Valdivia. Mas Kleina enxerga? Não, claro que não. Enquanto ele tentava entender o que acontecia, tomamos a virada. E tomamos o quarto gol. E poderiam ser mais. O segundo tempo foi um desespero. A tv mostrava Kleina, e ficava evidente que ele não tinha a menor ideia de como consertar. Ainda tentou Marquinhos Gabriel e Mendieta, mas o time já estava desestabilizado e só conseguiria algo se tivesse uma sorte como foi contra o Criciúma. Aliás, se não fossem aqueles 5 minutos iluminados contra o Criciúma, estaríamos agora na lanterna, sem nenhum ponto. Perdemos um jogo que estava fácil, simplesmente porque o técnico adversário enxerga seus erros e o nosso não. 

Até o momento em que finalizo este post, não há informação confiável sobre a permanência ou queda de Kleina. Mas a situação está insustentável, não há justificativa plausível para a continuidade de um trabalho que se arrasta há um ano e oito meses sem resultado algum. Com esse elenco, ainda dá para brigar até por Libertadores, com um técnico copero podemos brigar pela Copa do Brasil. Mas com Kleina, o único objetivo possível é tentar ficar na série A. O Palmeiras não pode se contentar com isso. Já deu, Kleina. Pegue seu boné e vá embora. Eu te pago 100 pastéis. 

Atuações: as notas de hoje foram dada por Ariane, Juliane, Marcus e Thiago. Para nós, o melhor do time foi Valdivia. Aliás, servem como alento no desastre deste domingo a atuação brilhante do Mago no primeiro tempo e a boa estreia de Henrique. Os piores, com nota zero unânime, foram Josimar e Bruno. Mas Kleina leva o prêmio de pior dos piores, pois, além do zero unânime, ainda é responsável pelas notas zero de Josimar, já que ele é o único ser capaz de escalar essa ameba como único volante, tendo no elenco Marcelo Oliveira, Renatinho e França. Nunca é demais lembrar: FORA, KLEINA!!!! Até nunca mais!!!!!