Pós-jogo: Ceará 2 x 2 Palmeiras

Que situação! Após uma eliminação que exterminou o sonho da Libertadores do centenário e um final de ano emocionante, o Palmeiras foi a campo em seu primeiro jogo do resto do ano, contra o Ceará, pela penúltima rodada do primeiro turno da série B. E mais uma vez, o palmeirense dormirá de cabeça inchada (ou irá para uma balada com mau humor) graças a um mau resultado. Não merecemos isso.

Por mais que o Castelão estivesse lotado e pulsante, a impressão inicial seria de que o Palmeiras passaria o trator. Apesar do Ceará quase ter marcado gol no primeiro lance do jogo, o Palmeiras imprimiu um ritmo acelerado de jogo, sobretudo na frente, onde 3 boas chances de gol foram criadas nos primeiros 10 minutos de jogo. Valdivia, cujo talento não é utilizado em dias decisivos como quarta-feira, estava em noite inspirada, com bons passes de curta e longa distância e criando boas oportunidades - todas desperdiçadas por Leandro, em noite irritante. 

A marcação do Ceará não se acertava, mas o Palmeiras diminuiu o ritmo e o time da casa passou a criar algumas chances no ataque. Eles gostaram do jogo.

Com um mínimo de equilíbrio, o Ceará achou um gol em um escanteio aos 24 minutos de partida. O veterano Magno Alves (que sabe-se lá porque, o narrador decidiu que era “artilheiro do amor”) acertou uma cabeçada indefensável para Fernando Prass. 1 x 0. Marcio Araújo estava na marcação do centroavante, mas foi com a mesma firmeza que vimos em mais de 230 partidas. 

O gol não acendeu a fagulha que o time precisava para se reorganizar em campo, mas mesmo por linhas tortas, o time ainda teve mais duas chances de empate na sequência. Uma com Juninho, que perdeu um gol feito e a outra com Leandro, que estava na cara do gol, mas provavelmente estava pensando em algum tom de luz para o cabelo antes de definir o chute e sofrer o desarme.

Quando tudo se encaminhava para a vitória parcial do Ceará, Valdivia achou um excelente passe para Alan Kardec, que com calma colocou no canto do goleiro. Empatamos. A esperança residia em uma mudança de atitude no intervalo e um novo ânimo para dominar por completo o segundo tempo. Não aconteceu.

O segundo tempo começou com velocidade e os buracos defensivos ficaram evidente a cada ataque que cada time fazia. Por um lado, Prass foi exigido logo no início e por outro, o então apagado Mendieta perdeu uma clara chance de gol.

Tanta bagunça em campo, somada com as oportunidades perdidas, deu problema. Aos 21 minutos, a defesa do Palmeiras foi envolvida em uma tabela na intermediária – Marcio Araújo estava lá novamente – e Marcos colocou o Ceará novamente na dianteira. Irritação total dos palmeirenses no Brasil inteiro.

Após o gol, o projeto de treinador substituiu o craque de vidro e colocou Felipe Menezes. Mas em poucos minutos, Mendieta fez uma excelente assistência para Leandro, um dos piores em campo. O atacante acertou um belo chute indefensável para Fernando Henrique e nos colocou novamente na partida. 

Um minuto depois, o mesmo Leandro, na mesma posição, perdeu um gol feito. A virada parecia questão de tempo, mas inexplicavelmente, o estagiário que comanda o Palmeiras tirou Mendieta, que estava se achando em campo, e colocou Ronny, que nada fez a não ser dar um toque a mais para matar as jogadas. Abdicamos dos 3 pontos ali.

O restante do jogo foi pura burocracia. O fraco Ceará ainda quase virou o jogo em uma falha de Tiago Alves, mas ficou nisso. Para completar a palhaçada do jogo-balada, Kleina quase mandou a campo Eguren aos 48 minutos, cujo intuito jamais saberemos. Deve ser alguma psicopatia bem grave, a mesma que mantém Marcio Araujo e Juninho sem explicação aparente.

Assim como foi dito no pós-jogo de quarta, Gilson Kleina não justifica sua presença como treinador do Palmeiras, faz escolhas erradas a todo instante e não enxerga o jogo. A demissão desse estagiário se faz urgente. 

Sobre o campeonato, continuamos sobrando, com 41 pontos. O próximo adversário é o vice-líder Chapecoense, terça-feira (21h50), no Pacaembu. Tudo o que mais queremos é que esse campeonato maldito acabe de uma vez por todas.

Atuações: As notas de hoje foram dadas por Ariane (A) (@Ariane_Miranda), Borges (B) (@Renato_Borgees), Juliane (J) (@JulianeMadison), Mark (M) (@Marcaoninja), Mari (MA) (@andrade_mari) e Thiago (T) (@thiagospinelli). 
Para nós, o melhor em campo foi o autor do primeiro gol, Alan Kardec. Juninho foi o pior, a atuação bisonha salta aos olhos.


Fernando Prass - 7,75
A - 7
B – 8,5
J – 8,5
T – 6,5
M - 8
MA - 8

Luis Felipe - 4,66
A – 5,5
B – 4,5
J – 4,5
T – 4,5
M - 5
MA - 4

Henrique - 4,58
A - 6
B - 5
J - 4
T – 4,5
M - 4
MA - 4

Tiago Alves - 5,08
A – 4,5 
B - 5
J – 4,5
T – 6
M – 6,5
MA – 4 

Juninho - 2,08
A – 4 
B - 2
J - 2
T – 3,5
M - ZERO
MA - 1

Marcio Araujo - 2,5
A – 6 
B – 3 
J - 3
T - 3
M - ZERO
MA - ZERO

Wesley - 4,83
A - 5
B – 6 
J - 6
T - 3
M - 4
MA - 5

Mendieta - 7,08
A – 7 
B – 7 
J - 8
T – 5,5
M - 8
MA - 7

Valdivia - 7,16
A - 7
B – 7 
J - 8
T - 7
M – 8
MA - 6

Leandro - 4,5
A - 4
B - 5
J - 3
T - 5
M - 5
MA – 5 

Alan Kardec - 7,66
A – 8 
B - 8
J - 8
T - 7
M - 8
MA – 7 

Felipe Menezes - 3,6
A - 2
B - 4
J - 4
T – S/N
M - 4
MA – 4 

Ronny - 4,2
A - 3
B – 5 
J - 5
T – S/N
M - 3
MA - 5

Eguren - 10 (pela zoeira)
A - 10
B - 10
J - 10
T – S/N
M - 10
MA - S/N

#FORAKLEINA - 2,75
A - 2
B – 4,5
J – 4,5
T – 2,5
M - ZERO
MA - 3

Sabe Bem O Que Vem Pela Frente: Ceará


O confronto desta rodada é contra o Ceará, 13° colocado do campeonato.

Palmeiras vem da eliminação na copa do Brasil, e conta com algumas mudanças no time, como o retorno de Valdívia após 5 jogos fora e a reformulação na zaga depois da saída do Vílson.

Ceará teve um tempo de preparação maior, 11 dias desde seu ultimo jogo. É a segunda partida com o Técnico Sergio Soares no comando. No ataque, o técnico deve escalar a experiente dupla Mota (ex-Cruzeiro) e Magno Alves (ex-Fluminense e seleção brasileira, Magno é o artilheiro do time, com 6 gols marcados na competição. No meio de campo do Ceará esta o principal desfalque, Lulinha, suspenso após o 3° amarelo.

Palmeiras, por sua vez, líder do campeonato com 40 pontos, conta pela primeira vez com a dupla Valdívia e Mendieta no meio de campo. Em vez de um meio-de-campo com três volantes e um meia, o #ForaKleina optou por tirar um homem de marcação. Quem sai é Charles, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O time jogará com os volantes Márcio Araújo e Wesley e os meias Valdívia e Mendieta. Na frente, permanece a dupla Leandro e Alan Kardec.

Mudança também na defesa com a saída de Vílson, Tiago Alves assume a vaga e passa a ser o companheiro de Henrique.

Ficha Tecnica:
CEARÁ X PALMEIRAS

Local: Castelão, Fortaleza (CE)
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)
Auxiliares: Aelson Mariano Campelo Gomes (MA) e Sérgio H. Campelo Gomes (MA)

Ceará: Fernando Henrique, Marcos, Potiguar, Dievo Ivo e Vicente; João Marcos, Xaves, Ricardinho e Rogerinho; Magno Alves e Mota –- Técnico: Sérgio Soares.

Palmeiras: Fernando Prass; Luis Felipe, Tiago Alves, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Wesley, Mendieta e Valdivia; Leandro e Alan Kardec. Técnico: Gilson Kleina.

A expectativa para o jogo dessa noite é que mais de 40mil pessoas comparecem aso Vozão para acompanhar a partida

Forza, Palestra!

Correções de rota

O golpe foi mais duro do que imaginávamos. Era claro que teríamos dificuldades, afinal, enfrentaríamos um dos líderes da primeira divisão desse ano. Mas não apostaríamos que o time se portaria de maneira tão covarde em um jogo decisivo para as pretensões do restante de 2013 e também do centenário. No final das contas, ainda era o Palmeiras, campeão do século XX, um gigante centenário contra um time mediano que apenas estava passando por uma boa fase. 

Sequer terminou agosto e a perspectiva para o restante de 2013 se resume apenas em cumprir tabela em um campeonato modorrento, cujo abismo técnico ficou evidente e onde estamos sobrando. Muito pouco para o Palmeiras.

Dito isso, a cúpula palmeirense tem a obrigação de planejar as mudanças necessárias dentro de campo para o ano de 2014. Ano em que esperamos protagonismo, característica inerente ao Palmeiras.

A análise aqui é sobre o que acontece em campo, então vamos a geral no elenco e o que precisa ser revisto com urgência.

-

Goleiros: Fernando Prass, Bruno e Raphael Alemão.

Prass demonstra uma segurança incrível e tem seus reflexos bem apurados, além de exercer liderança sobre a defesa e sobre o elenco como um todo. É parte fundamental da espinha dorsal para o centenário. 

Bruno não passa nenhuma confiança. Foi muito bem na conquista da Copa do Brasil de 2012, mas inseguro na campanha do rebaixamento e teve falhas cruciais ao longo da temporada de 2013, sendo que a mais gritante nos custou uma eliminação na Libertadores da América. Por mim é negociável, por mais que seja palmeirense. Quanto ao Raphael Alemão, as impressões passadas nos jogos finais do ano passado não foram as melhores, talvez uns testes ao final desse ano seja necessário, mas não impressiona. 

O que é preciso? 
Um goleiro reserva caso o Alemão não agrade.

-

Laterais direitos: Luis Felipe.

Depois de rodar por clubes paulistas, Luis Felipe chegou e assumiu a titularidade com personalidade. Tem deficiências – especialmente na defesa – mas ainda tem muito a crescer. O problema é que não temos reserva, caso aconteça alguma coisa com ele em 2013, a tendência é colocarem os imortais Wendel e Marcio Araújo, pesos que nos atormentam há anos, seja lá em qual posição estejam. 

O que é preciso?
Um lateral direito reserva cuja contratação deve ser tratada como prioridade.

-

Zagueiros: Henrique, Tiago Alves, André Luiz, Luiz Gustavo, Marcos Vinicius e Thiago Martins.

Henrique não vem jogando nada há tempos. Apesar da liderança que possui dentro do elenco, foi em cima dele que saíram duas eliminações cruciais nesse ano (Libertadores e Copa do Brasil). De positivo apenas o fato de que ele pode ser utilizado como volante, mas isso não conforta as péssimas atuações desse ano.  

Tiago Alves ainda é uma incógnita, mas nas poucas vezes que atuou nesse ano demonstrou segurança, veremos como se sai no restante da temporada. Era um líder no Mogi Mirim, cabe ao menos mantê-lo como opção.

André Luiz teve suas chances, mas aos 33 anos se mostra lento e parece não saber se posicionar dentro de campo. Não sei a duração do contrato dele, mas não vale a pena mantê-lo sequer como opção para a reserva.

Luiz Gustavo teve suas chances no ano passado, mas é baixo demais para ser utilizado como zagueiro. Marcos Vinicius foi aquele zagueiro do desastre em Mirassol e a impressão deixada foi a pior possível, não cabe no elenco. Thiago Martins é outra incógnita, talvez seja uma boa opção, mas precisa ser testado.

O que é preciso?
A perda do Vilson (ainda mais do jeito que aconteceu) foi um golpe duro, sobretudo dentro das quatro linhas, já que ele era nosso melhor zagueiro. Henrique, outrora considerado indispensável, não justifica suas convocações para a CBF ou mesmo a presença no time titular. O Palmeiras precisa de um zagueiro tarimbado com urgência, trata-se de uma posição onde demonstramos extrema fragilidade nos últimos jogos. Um zagueiro reserva também será necessário caso Thiago Martins não desempenhe.

-

Laterais esquerdos: Juninho, Fernandinho e Marcelo Oliveira.

Juninho não dá mais. Apesar de ter começado muito bem sua caminhada no Palmeiras, seu rendimento caiu de maneira vertiginosa no naufrágio de 2012, chegando a ficar na reserva do intrépido Leandro, lateral que estava aposentado e que por alguma razão que desconhecemos, foi resgatado. Era para ter saído já ao final da temporada passada, mas permaneceu e seu desempenho não melhorou nem um pouco, mesmo atuando contra adversários tecnicamente mais fracos. Ataca mal, defende de maneira ainda pior e em sua centésima partida, foi um dos responsáveis diretos para que o ano chegasse ao fim já em agosto. Ficar para o centenário é um despropósito, tem que sair logo.

Fernandinho pode ser utilizado também na meia, mas quando foi testado na lateral não demonstrou ser muito melhor que o Juninho. Na meia, quebrou o galho em momentos de desespero, mas é pouco. Deve voltar para o Oeste. 

Marcelo Oliveira foi o que melhor desempenhou a função dentre os três. Nas poucas chances que teve, demonstrou ser uma boa opção defensiva e não comprometia jogadas ao partir para o ataque. Inexplicavelmente, perdeu sua posição novamente para o Juninho, mas ainda se encaixa como uma opção interessante para o elenco, já que pode ser utilizado também como volante.

O que é preciso?
Precisamos de um lateral esquerdo titular e para ontem. Marcelo Oliveira é apenas razoável e serve para banco. Juninho precisa puxar a fila de dispensas.

-

Volantes: Eguren, Marcio Araujo, Charles, Wesley, Leo Gago, Wendel e Bruno Dybal.

Creio que ninguém aguenta mais o Marcio Araujo, é possivelmente o bagre com mais partidas na história do Palmeiras. Desnecessário falar mais sobre ele, todos estão bem cansados de vê-lo fazendo besteiras atrás de besteiras com a nossa camisa.

Eguren precisa ser testado, as esperanças foram depositadas especialmente pela liderança que exerce e pela capacidade de marcação que o levou para a seleção uruguaia. Vale o benefício da dúvida.

Charles teve uma queda bem acentuada em seu rendimento e passou de décimo segundo jogador para mais um no qual você questiona a presença dentro de campo. Esse é um caso a ser resolvido.

Wesley se vê cercado de polêmicas desde que chegou, seja pela estúpida vaquinha, por atuar fora de posição ou pelas especulações sobre transferência que pipocam a todo instante. Fato é que dentro de campo ele começou a render mais nas últimas partidas, assim que começou a atuar em sua posição, embora nos jogos decisivos tenha afundado junto com todos sem tentar fazer algo diferente, algo esperado pelo montante pago para termos ele no Palmeiras. Mesmo assim, vale a permanência.

Leo Gago jogou bem quando teve chances, mas está no estaleiro desde o campeonato paulista. Talvez seja interessante mantê-lo para 2014.

Wendel dispensa apresentações - todos sabemos que é ruim. Bruno Dybal também está no elenco e ainda não foi visto.

O que precisa?
O único volante de contenção é Eguren, precisamos de um cão de guarda que venha para a reserva (ou mesmo titular, dependendo do desempenho). Caso Charles continue jogando pessimamente, precisaremos também de um segundo volante. A volta de João Denoni ajuda a compor o elenco. E um apelo: NÃO RENOVEM o contrato do Marcio Araújo.

-

Meias: Valdivia, Mendieta, Ronny, Felipe Menezes, Serginho e Rondinelly.

Tecnicamente falando, Valdivia é craque. Mas desde que chegou, em julho de 2010, sequer chegou a 100 partidas disputadas (Juninho, que chegou em janeiro de 2012, alcançou essa marca), não passa de uma sequência de 5 jogos e tem uma musculatura extremamente frágil. No passado não demonstrou comprometimento e no presente não entra em campo quando precisamos. Não disputou sequer uma partida eliminatória. Insistir com ele é malhar ferro frio, tem que despachá-lo para algum árabe maluco sem pensar duas vezes.

Mendieta está pegando cancha. Demonstrou ter relativa habilidade com a bola nos pés, mas ficou vendido na última eliminação, em um jogo onde ficou isolado dos volantes, dos atacantes e na covardia do aprendiz de técnico. Soa como boa opção até mesmo para ser titular, sendo um competente segundo meia. 

Não sei por que, mas ainda insistiria com o Ronny como uma última opção para o banco de reservas. Já demonstrou que sabe jogar de cabeça erguida e já mudou panorama de alguns jogos. 

Felipe Menezes jogou bem algumas partidas, mas não é alguém que podemos contar para reverter partidas difíceis ou providenciar espaços em retrancas mais competentes, ainda cabe observar se serve para banco, mas ainda tenho pé atrás por ter sido dispensado do Sport e empurrado pelo Benfica. 

Serginho não convence quando entra e Rondinelly é piada de mau gosto. 

O que precisa?
Precisamos de um meia clássico que saiba armar jogadas, tenha visão de jogo e desequilibre partidas. E o principal: que jogue partidas decisivas. Mendieta é uma boa opção para compor a meia e Ronny demonstrou alguma qualidade. Um meia reserva também é importante, cabe até o repatriamento de Patrick Vieira, que demonstrou mais qualidade do que muitos no elenco atual.

-

Atacantes: Alan Kardec, Leandro, Vinicius, Caio Mancha, Ananias.

Alan Kardec chegou bem. Demonstra bom senso de posicionamento e sabe finalizar com competência, atributos obrigatórios para um centroavante. Pode não ser o dos sonhos, mas funciona. 

Leandro, teve uma boa fase durante o campeonato paulista, mas parece que se deslumbrou e hoje passou a ser um dos atletas mais irritantes do elenco, cuja permanência soa como despropósito. Mas já demonstrou ter alguma habilidade, vamos aguardar o restante do ano.

Vinicius é um caso estranho. Até meados desse ano ele era um dos atletas no qual eu menos entendia a permanência, mas seu futebol cresceu muito nos últimos tempos. Não sei se é apenas fase ou se ele evoluiu de verdade.

Caio Mancha não faz gol nem em time pequeno e Ananias é uma piada.

O que precisa?
Precisamos de um segundo atacante que seja titular. Tanto Vinicius quanto Leandro não inspiram confiança plena. Além disso, outro centroavante competente se faz necessário caso precisemos suprir a ausência de Alan Kardec. 

-

Técnico: Gilson Kleina

Dizer o que de um treinador que insiste com peças que não funcionam e que não venceu um mata-mata desde que chegou? Ninguém pode dizer que não teve tempo, em quase um ano no comando não conseguiu fazer o time dar liga. Tem que sair já.

O que precisa?
Um técnico vencedor e não um estagiário.

•••

FORA: Gilson Kleina, Bruno, André Luiz, Marcos Vinicius, Juninho, Fernandinho, Marcio Araujo, Wendel, Valdivia, Serginho, Rondinelly, Caio Mancha e Ananias.

Voltam de empréstimo: Patrick Vieira, João Denoni. 
Ps: apenas utilizáveis.

Carências titulares: 1 zagueiro, 1 meia-armador, 1 lateral esquerdo e 1 segundo-atacante.
Carências reservas: 1 lateral direito, 1 zagueiro, 1 primeiro-volante, 1 meia-reserva e 1 centro-avante.

•••

Essa redefinição do elenco precisa ser vista a partir de agora. O centenário está chegando e tudo o que queremos é entrar como protagonistas, aspirando títulos. Hoje temos um elenco insatisfatório, uma rascunho de espinha dorsal, um técnico meia boca e uma enorme interrogação na testa para o futuro. 

O que não queremos é outro ano como esse, que se encerrou no oitavo mês e com um papel de coadjuvante. Não nascemos para isso e nossa torcida não merece passar por mais fardos do que já carrega atualmente.

Relacionados para Ceará x Palmeiras

Nesse sábado (31), temos jogo contra o Ceará pela 18º rodada da maldita série B. 

No fim dessa manhã, foi divulgado a lista dos relacionados para a partida, a novidade fica por conta do retorno do Valdívia (agora, né....). 

Durante o treino, os atletas aperfeiçoaram também bolas aéreas, faltas e pênaltis.

Os relacionados:
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Luis Felipe e Juninho
Zagueiros: Henrique, Tiago Alves e André Luiz
Volantes: Márcio Araújo, Wesley, Eguren e Wendel
Meias: Valdivia, Mendieta, Felipe Menezes, Ronny e Serginho
Atacantes: Leandro, Alan Kardec e Caio

Os desfalques ficam por conta de: Marcelo Oliveira (ainda em recuperação); Ananias e Vinicius (com, respectivamente, lesões na coxa esquerda e tornozelo direito); e Charles, suspenso por acúmulo de três cartões amarelos.

O #ForaKleina esboçou o possivel time para o confroto: Fernando Prass; Luis Felipe, Tiago Alves, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Wesley, Mendieta e Valdivia; Leandro e Alan Kardec. 

FORZA, PALESTRA!

Gilson Kleina no Palmeiras: Deve ou não ficar?


Hoje, o convidado especial Miguel Lima (@Miguellima7) que irá comentar o Kleina como técnico do Palmeiras:


Gilson Kleina estreou no Palmeiras com a árdua missão de tirar o time do rebaixamento, algo que para mim, olhando friamente hoje acho que seria algo inevitável, tamanho caos estávamos. Pois bem, seus resultados em 2012 foram os seguintes:


Novamente digo, acho que o descenso era algo praticamente inevitável, tamanha zona que estava o clube com Tirone e Cia, o analiso  nesses 13 jogos do campeonato brasileiro de 2012 ele tentou de todas as maneiras realmente tentar reverter a  situação que incomoda do Palmeiras, apostou na garotada da base, onde pudemos ver bons garotos como o Patrick Vieira e Joao Denoni, deixou o Araujo no banco alguns jogos, por ter melhores opções no banco de reserva... Talvez isso tenha sido um dos fatores de não termos pegado tanto no pé da comissão técnica na época.
Mas aí já podemos ver um dos principais pontos negativos do Kleina, na Sul-Americana ganhamos o primeiro jogo contra o Millonarios por 3 x 1 no Pacaembu, fomos a Colômbia com o resultado praticamente garantido e fizemos o mais difícil, que foi perder para um time tão ruim quanto o nosso e praticamente assistimos de camarote a vitória deles, eu lembro que após esse jogo o argentino Barcos ficou revoltado com tal situação, disse que não estava no time para passar vergonha... Com isso, já podemos ver o quão fraco que o técnico é nos torneios mata a mata.
Veio 2013, com toda a zona política no time, entre cagadas do Tirone e Cia e contratações barradas pelo COF começamos a temporada, foram os seguintes resultados até o fim do primeiro semestre:


Fizemos um campeonato Paulista bom, com resultados suficientes para nos classificar para segunda fase, mas novamente fomos eliminado em um mata-mata, desta vez pelo Santos nos pênaltis.
Na libertadores fizemos uma excelente campanha,  jogando em casa apenas, foram 3 vitorias em três jogos, jogando fora perdemos os três, e o pior, não marcamos sequer um gol nestes três jogos. Passamos de fase e fomos enfrentar o Tijuana no México, fizemos um bom resultado no primeiro jogo, pois não levamos nenhum gol na casa deles, dado todas as circunstancias do, em contrapartida também não fizemos nenhum. Trouxemos o jogo para São Paulo e novamente fomos eliminados em um mata-mata, nosso poder de reação naquele jogo foi nulo e a sina de que o Kleina não consegue fazer o time reverter o resultado contra times mais fortes prevaleceu.
Ontem (28), fomos eliminados pela quarta vez em um torneio mata-mata que disputamos com o Gilson Kleina sendo técnico em menos de um ano, não consegui assistir ao jogo inteiro, assisti apenas o segundo tempo e os melhores momentos após a partida, mas o que posso falar é que não há mais condições, em minha opinião, de continuarmos com este técnico em nosso time. Estamos lideres isolados na série B, apenas porque temos um time disparado melhor tecnicamente e fisicamente para com nossos adversários, o que não seria mais que nossa obrigação. O Kleina insiste em um esquema de três volantes que só funciona bem quando o Valdivia joga (o que é a coisa mais rara que existe), o time não pode jogar apenas com um esquema baseado em um jogador, tem que ter mais opções. Além da insistência em um esquema tático que não funciona, vejo muitos reclamando que temos opções boas no banco e o técnico não os coloca para jogar, temos um primeiro volante que faz parte da Seleção Uruguaia que não consegue jogar porque o Kleina prefere improvisar o Marcio Araújo em tal posição, jogadores que vieram após terem feito um bom campeonato Paulista e que pouco jogam – vide Serginho, Tiago Alves... Agora é hora de pensar, este técnico é o que queremos e o que a Diretoria irá apostar para o nosso centenário? Já não temos mais pretensões nesta temporada, a não ser é claro subir para primeira divisão o quanto antes. Uma mudança de técnico agora, não seria apenas o necessário para este ano, mas sim um planejamento já para o ano que vem, para começar 2014 com o técnico que realmente ficará para o centenário, e para que o mesmo junto com a diretoria já comecem a formar o time que irão utilizar na próxima temporada.Abel Braga, Ney Franco, Bielsa, Luxemburgo... Quais opções temos? Muitas dúvidas, mas a única certeza é que precisamos de mudança na comissão técnica urgente!




Miguel Lima, formado em Administração, Consultor de Empresas e um músico meia boca. Palmeiras para mim não é apenas distração ou passatempo, faz parte da minha vida por 24hs, sou apenas mais um torcedor de sofá, não amo mais nem menos o Palmeiras que você. 

Twitter: @Miguellima7

Fora, Kleina!!!!

   O Palmeiras simplesmente não jogou futebol. Foram três míseras chances de gol em 90 minutos, sendo duas já depois que estava 3x0 e a vaca havia deitado. Fica provado que temos um treinador de time pequeno. É unânime entre a equipe deste blog a necessidade de demitir esse asno o quanto antes. Não podemos nem pensar em ter no Centenário um "comandante" tão burro e covarde.

  Ele entrou com o mesmo time que não vem dando certo nem na série B, que precisa ser consertado sempre no intervalo ou durante a segunda etapa. Estava na cara que não daria certo. Três volantes, mas sem um sistema de marcação e cobertura que funcione. O Atlético tocava a bola com extrema facilidade, sem no entanto criar grandes chances. O Palmeiras também não criava nada, claro. O placar só poderia ser movimentado a partir de algum lance de bola parada. Que fique claro, isso não inclui cobrança de lateral. 

   Após o Atlético achar o gol, em cochilada coletiva de Henrique, Juninho e Prass, nossa marcação aparentemente se acertou e o primeiro tempo transcorreu sem maiores sustos. Por isso mesmo, Kleina achou que estava tudo bem e não mexeu no time para a segunda etapa. Mas ele não contava com a astúcia de Márcio Araújo, que viria a entregar dois gols no segundo tempo. Ainda foram feitas algumas tentativas: a de sempre (Ronny no Charles), depois a inexplicável entrada de Caio no lugar de Juninho, mandando Wesley para a lateral esquerda, depois Fernandinho no Araújo pra tirar o Wesley da lateral esquerda. Isso mostra o quanto Kleina estava perdido.

   Tivemos três chances sim, uma logo depois do 2x0, com Charles batendo cruzado de dentro da área, outra com Ronny batendo de esquerda (aliás, Ronny que até anda merecendo uma vaga no time titular) e a última num cruzamento de Luis Felipe que o goleiro desviou e a bola passou raspando a trave.As duas últimas já com 3x0. 

   O Atlético também não teve lá tantas chances assim, mas soube controlar o jogo, sob o olhar passivo e perdido de Gilson Kleina. Mas matou a partida em três lances de pelada:

   1. Ridículo, gol de lateral não pode existir no futebol profissional. Henrique dormiu, Juninho dormiu, Ederson se antecipou e bateu na bola do jeito que deu. Fernando Prass tentou dar um golpe de vista - outra coisa que não pode acontecer - e a bola entrou mansinha depois de tocar na trave.

   2. Contra-ataque atleticano, Marcio Araújo na cobertura. A bola era toda dele, Ederson aperou, ele teve a feliz ideia de colocar a bola para lateral. OK, está correto. Só que o energúmeno foi incapaz de colocar força suficiente na bola pra ela sair pela lateral. Entregou para Ederson, ele trouxe pra dentro e soltou uma bomba de direita. Prass fez uma belíssima defesa, mas Paulo Baier entrou sozinho pra pegar o rebote e fazer 2x0.

   3. Márcio Araújo errou um passe de meio metro no campo de ataque. O time todo saindo, Baier lançou Marcelo nas costas de Henrique. Aí foi só fazer o cruzamento rasteiro, que encontrou Ederson do outro lado pra empurrar pro gol.

   Este blog considera urgente a necessidade de demissão de Gilson Kleina. O esquema com 3 volantes que não marcam nem atacam já está manjado e neutralizado por todos. O ponto fora da curva é a capacidade e criatividade de Valdivia, mas quando ele não joga o time sofre. E não vai ser toda vez que vamos virar jogos na base do abafa na serie B, como já fizemos 4 vezes. Não há razões para manter o treinador, ele foi reprovado em todos os testes até aqui. Esperamos que, sendo paranaense, Gilson Kleina nem volte de Curitiba.

Atuações: As notas de hoje foram dadas por Ariane (@Ariane_Miranda), Borges (@Renato_Borgees), Juliane (@JulianeMadison), Mark (@Marcaoninja) e Thiago (@thiagospinelli). Para nós, o menos ruim foi Vilson, e o pior entre os ruins foi Marcio Araujo, mais uma vez. Kleina foi unanimidade: nota zero de todos.


Prass - 3,4
A 6
B 3
J 3
M 2
T 3

Luis Felipe - 3,4
A 2
B 3
J 2
M 6,5
T 3,5

Vilson - 3,8
A 3
B 3
J 3
M 4
T 6

Henrique - 1,8
A 4
B 3
J 2
M ZERO
T ZERO

Juninho - 0,8
A ZERO
B 3
J 1
M ZERO
T ZERO

Marcio Araujo - 0,5
A ZERO
B ZERO
J 0,5
M 2
T ZERO

Charles - 1,2
A 2
B ZERO
J 1
M 1
T 2

Wesley - 1,7
A 2
B 3
J 2
M ZERO
T 1,5

Mendieta - 3,5
A 5
B 3
J 3
M 2
T 2,5

Leandro - 1
A 4
B ZERO
J 0,5
M ZERO
T 0,5

Allan Kardec - 2,8
A 3
B ZERO
J 2
M 6
T 3

Ronny - 3,1
A 4
B 3
J 3
M 1
T 4,5

Caio/Fernandinho
Todos: sem nota

Kleina - ZERO
A ZERO
B ZERO
J ZERO
M ZERO
T ZERO

Sabe bem o que vem pela frente: Atlético-PR

#DiadePalmeiras

Hoje o nosso verdão entra em campo pelo jogo de volta na copa do Brasil, na vila Capanema às 21h50min com transmissão APENAS pelo Sportv 3.

No jogo de ida o Palmeiras venceu por 1 a 0 com gol do Vilson, tendo a vantagem o palestra pode empatar ou até perder por um gol de diferença  desde que marque, para se classificar. Ao Furacão, só um resultado positivo por dois tentos ou mais interessa. A repetição do placar da primeira partida, favorável ao Atlético-PR, levará a decisão para os pênaltis.


Palmeiras:

Kleina não confirmou o time titular, mas de acordo com as últimas partidas este deste ver o nosso time:

Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Charles, Wesley e Mendieta; Alan Kardec e Leandro

O foco no brasileirão parece, para Kleina, um fator positivo para o lado do verdão nesta partida, o técnico ressaltou os pontos positivos do Atlético neste trecho da entrevista:

"Já tínhamos conversado sobre o crescimento do Atlético-PR, quando jogaram conosco vinham de boa invencibilidade. É uma equipe que joga em velocidade, faz pressão forte. Temos de ter postura, atitude, e também saber usar o regulamento. Eles têm jogadores de velocidade, experiência. Que possamos trazer a classificação" disse Kleina.

Desfalques:

Marcelo Oliveira que trata de uma fisgada na panturrilha direita;
Valdivia, em estágio de readaptação física após se recuperar de uma lesão na coxa direita (grande novidade);
Ananias, que sentiu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda na derrota para o Boa Esporte por 1 a 0; Vinicius, com dores no tornozelo direito após uma pancada no treino de segunda (26);
Felipe Menezes não pode atuar na competição por já ter jogado pelo Sport.

Sobre os desfalques Kleina também analisou:

"Perdemos alguns jogadores que tínhamos planejado usar no mata-mata, mas temos atletas crescendo muito. Acredito muito na minha equipe. A vitória que o Atlético-PR conquistou no domingo deu moral e confiança a eles, mas estamos fazendo um campeonato regular, temos jogadores decisivos. Temos de competir, independentemente do estádio, adversário. Vamos entrar mobilizados"


Atlético-PR:

O foco do Atlético está no campeonato brasileiro, porém não quer perder a classificação jogando em casa para o Palmeiras, time que o furucão nunca ganhou pela Copa do Brasil como já dissemos no último pré-jogo.

Na última rodada do brasileirão o Atlético venceu o Botafogo e o técnico Vagner Mancini deve manter a base com:

Wéverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; João Paulo, Zezinho, Everton (Marcelo) e Paulo Baier ; Ederson e Dellatorre.

Mancini quer o furacão em postura ofensiva e precisa se expor se quiser vencer:

"O Atlético-PR tem que adotar uma postura de uma equipe que quer vencer a partida. Sabe que está perdendo de 1 a 0 o jogo e faltam 90 minutos. O Palmeiras foi um adversário difícil porque marcou muito e jogou em alta velocidade, como é o estilo do Atlético-PR. A postura vai ser de agressividade, de quem joga em casa, e quer reverter o resultado."

Desfalques:

Apenas o volante Bruno Silva já jogou a Copa do Brasil pela Ponte Preta e não pode entrar em campo.


Palpites para o jogo?

#Vamosganharporco


Relacionados para o confronto contra o Atlético-PR

Palmeiras tem o jogo de volta amanhã contra o Atlético PR às 21h50 pela Copa do Brasil. Pelo que apuramos apenas com transmissão do Sportv 3, 

Para essa partida Kleina realizou atividades leves de movimentação e, na sequência, um recreativo. No fim, os atletas aperfeiçoaram cobranças de faltas e pênaltis, sendo assim foram relacionados 19 jogadores:

Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Luis Felipe, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Henrique, Vilson e Tiago Alves
Volantes: Márcio Araújo, Charles, Wesley, Eguren e Wendel
Meias: Mendieta, Ronny e Serginho 
Atacantes: Alan Kardec, Leandro e Caio


Desfalques: 

Marcelo Oliveira que trata de uma fisgada na panturrilha direita;
Valdivia, em estágio de readaptação física após se recuperar de uma lesão na coxa direita (grande novidade); 
Ananias, que sentiu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda na derrota para o Boa Esporte por 1 a 0; Vinicius, com dores no tornozelo direito após uma pancada no treino de segunda (26);
Felipe Menezes não pode atuar na competição por já ter jogado pelo Sport.


#Vamosganharporco

Pequenos milagres de um santo

O termo milagre geralmente é usado para feitos impossíveis de grande magnitude. Por mais que o significado principal seja usado comumente pelas pessoas apenas para reversão de situações impossíveis, também vejo a palavra “milagre” por óticas diferentes. Vejo milagres de menor escala na esfera cotidiana, como uma mãe que tem dois trabalhos e ainda consegue arrumar tempo para brincar com seus filhos ou alguma pessoa que te ajuda em um momento de dificuldade sem pedir nada em troca, para citar alguns exemplos. Coisas imperceptíveis, que você não chamaria de milagre, mas que ao final do dia são gratificantes e fazem a diferença para uma pessoa.

Um de nossos maiores ídolos (para mim, o maior de todos), São Marcos, ficou amplamente conhecido pelos milagres de grande expressão que operou dentro de campo. Ganhou a alcunha de santo com todos os méritos possíveis, mas a imagem e semelhança são a de um ser humano. Um homem simples, que deixa as pessoas próximas alegres com seu jeito engraçado, sua lealdade, com caráter ímpar e humildade que poucos possuem. Mas também suscetível a falhas e com humores que variavam bastante dependendo do resultado – quem não se lembra das entrevistas intempestivas após uma derrota mais contundente?

Sim, ele é um homem que levou seus sentimentos para as quatro linhas. Riu, chorou, se emocionou, ficou nervoso, assustado e até desanimado. Qual outro veterano consagrado iria se sentir envergonhado como um jogador iniciante ao fazer um discurso de despedida de um estádio, sendo o atleta que mais atuou no local? Que outro goleiro surtaria aos 33 do segundo tempo de uma partida decisiva e partiria para o ataque de maneira quixotesca para tentar manter o time vivo na disputa de um título? Que cara que vestiria a camisa do Palmeiras no planalto em Brasília após vencer uma Copa do Mundo? Durante 20 anos ele sintetizou a palavra “palmeirense” como nenhum outro jogador foi ou será capaz de fazer.

Os pequenos milagres, aqueles que não saltam tanto à vista, também fizeram parte dessa semelhança humana que São Marcos possuía e podem até não serem muito lembrados, mas fizeram a diferença em algum momento de sua trajetória memorável de 532 partidas com a camisa alviverde.

Fiz questão de enumerar 12 (número de sua camisa) desses momentos que talvez não sejam tão vistosos ou lembrados, mas que foram especiais para mim e que tenho certeza que também alegrou o dia de algum outro palestrino espalhado pelo mundo, vamos a eles.

Palmeiras 3 x 1 Peñarol  - Libertadores 2000
O Palmeiras era o detentor do título da Libertadores e a caminhada pareceria mais árdua do que no ano anterior, já que metade do time havia saído ao final da temporada de 1999. Depois de passar com relativa tranquilidade pela fase de grupos – sobretudo nos jogos em casa – teríamos o forte Peñarol pelas oitavas de final.

Após perdermos o jogo de ida (2 x 0), em uma noite extremamente feliz para Alex e Marcelo Ramos,  vencemos o jogo de volta por 3 x 1 e a decisão foi para os pênaltis. Nos pênaltis, Marcos defendeu duas vezes e nossa classificação para as quartas ficou assegurada.

Quando falamos da Libertadores de 2000 esse jogo fica meio esquecido, mas se Marcos não realizasse pequenos milagres aqui, aquela grande defesa contra o Marcelinho talvez nunca acontecesse.

Palmeiras 2 x 2 Cruzeiro – Libertadores 2001
Pelo terceiro ano seguido, alcançamos as quartas de final da Libertadores. O adversário era o Cruzeiro de Felipão, Oseas e Cleber, vencedores pelo Palmeiras e o jogo da ida tinha sido o famoso 3 x 3 no Palestra Itália, com show particular do meia Lopes, que marcou os 3 gols palmeirenses da partida.

A decisão da vaga para as semifinais foi no Mineirão. O Cruzeiro se manteve na frente do placar por um bom tempo. Alex, que havia retornado para ser o craque do time no semestre, estava em uma noite completamente infeliz e errou um pênalti durante a partida, mas Arce, outro craque de linha remanescente, fez um cruzamento preciso na reta final da partida para o gol do zagueiro Alexandre (aquele, o rebaixador). 2 x 2 no final e pênaltis.

Nas cobranças, o Cruzeiro abriu a vantagem e esteve a poucos passos das semifinais, mas Marcos estava lá e defendeu 3 penaltis, levando-nos para mais uma semifinal de Libertadores.

Novamente, não é uma partida muito lembrada, especialmente se levarmos em consideração o roubo sofrido contra o Boca Juniors nas semifinais, mas a catarse proporcionada pelo santo goleiro nesse dia foi grande.

Palmeiras 1 x 1 São Paulo – Brasileiro de 2002
O desespero era gigantesco. Metade dos jogos da fase de classificação já tinham passado e o Palmeiras havia vencido apenas 2 jogos.

São Marcos já havia fechado a meta na partida anterior contra o Santos, na Vila Belmiro – empate, mas que poderia ser vitória caso o juiz validasse o gol de Zinho. Iriamos enfrentar o inimigo, líder do campeonato enquanto nós ocupávamos a lanterna. A imprensa dava a partida como favas contadas, mas sabemos que quando se trata de Palmeiras, não podem nos subestimar, por mais combalido que esteja nosso elenco.

E jogamos muito melhor que eles. Saímos na frente, eles empataram, mas a pressão era toda nossa, que esbarrava no nervosismo dos atacantes.

Porém, na melhor chance que o time do Jd. Leonor teve, São Marcos fez uma defesa à queima roupa que demonstrou toda a elasticidade inerente ao grande goleiro campeão do mundo. O jogo terminou empatado e continuávamos na lanterna, mas esse pequeno milagre deu um oxigênio extra para o time na luta contra o rebaixamento, que infelizmente se concretizou.

Era visível em seu semblante que ele era um dos únicos que realmente estavam abatidos com tudo o que acontecia.

Palmeiras 1 x 1 Ceará – Série B 2003
Este foi o jogo símbolo da Série B daquele ano: estádio acanhado, jogado em Sobral-CE, com gramado terrível e torcida local nervosa.

Em uma disputa muito mais difícil do que temos hoje em 2013, o Palmeiras havia assumido a liderança fazia pouco tempo e o medo de acontecer algo de errado era bem maior – tanto pela concorrência mais forte quanto pelo time mais fraco que possuíamos, sem contar o regulamento bem mais complicado, que envolviam quadrangulares e apenas dois acessos.

Marcos estava lá. No início do ano ele recusou a proposta milionária do Arsenal e ficou para encarar o então desconhecido inferno da segunda divisão. E jogou em quase todos os jogos, demonstrando a liderança de sempre e ao mesmo tempo se sentindo alegre como todos da torcida ao subir.

Nesse jogo em especial, ele fez uma defesa que jamais esquecerei. O Palmeiras abriu o placar com Baiano, o Ceará empatou na sequência e pressionou o Palmeiras, até que em uma jogada a queima roupa, Marcos fez uma daquelas defesas milagrosas que o consagrou na Libertadores de 99.

Ali eu tive a certeza plena que São Marcos estava fechado com o Palmeiras para sempre.

Palmeiras 3 x 2 Juventude – Brasileiro de 2005
Costumo dizer para todos que se não vencêssemos esse jogo, o Palmeiras não jogaria a Libertadores do ano seguinte e eu vos explico o porque.

Faltavam 4 rodadas para o final do campeonato, o Palmeiras estava em quinto lugar no campeonato e a distância de pontos em relação ao Fluminense, quarto colocado, ainda era considerável – 7 pontos. De fato, não eram muitos que ainda acreditavam em uma ida para a Libertadores do ano seguinte, pois naquela quarta do mês de novembro, pouco mais de 3000 pagantes estiveram presentes no Palestra Itália.

Em campo parecia fácil, o Palmeiras abriu 3 x 1 e criava chances a todo instante, sobretudo com Juninho Paulista, em fase espetacular. Porém, aos 43 minutos o atacante Josiel diminiu a contagem. 3 x 2 e ainda faltavam alguns minutos.

O gol tardio encheu o time gaúcho de brios e eles vieram para cima do Palmeiras com toda a força possível. Isso resultou em problema: Enilton, aos 46 do segundo tempo sofreu um pênalti de Alceu. Estava com meu pai no Palestra Itália nesse dia e minha espinha ficou gelada, tudo o que eu pensava era que ali estava o fim do remoto sonho da classificação para a Libertadores.

Porém, Enilton – que desembarcaria no Palmeiras meses depois – cobrou a penalidade e São Marcos defendeu. Naquele instante, ele não apenas salvou o Palmeiras de tomar um empate vergonhoso, ele renovou os sonhos de um ano seguinte mais digno em um período de estiagem.

No caminho para casa meu pai comentou comigo que o pênalti pego pelo Marcos ainda iria fazer a diferença no campeonato. Ele estava certo. O Fluminense perdeu pontos, o Palmeiras voltou para a briga e tudo se resolveu no confronto direto, na última rodada do Brasileiro de 2005 – ai a história foi diferente e o Palestra Itália, lotado, pulsou do jeito que conhecemos.

Embora todos se lembrem do confronto direto com o Fluminense como “o jogo da classificação para a Libertadores”, eu lembro que foi um pequeno milagre de São Marcos, imperceptível até, que nos classificou para a Libertadores de 2006.

Palmeiras 0 x 3 Guaratinguetá – Paulista de 2008
Perdemos de maneira contundente para um time minúsculo e São Marcos falhou nos gols. Jogo para esquecer, correto?

Não para mim. Esse jogo significa a volta por cima de São Marcos após anos de lesões que o vinham castigando.  Após o jogo ele assumiu as falhas, mas estava claro naquele dia que ele iria reassumir o lugar que estava guardado para ele, mesmo com Diego Cavallieri estando em fase esplendorosa.

Assemelho as falhas dele nesse jogo as de uma criança que tenta andar de bicicleta pela primeira vez e cai, mas que na sequência assume os pedais com maestria porque acreditou que conseguiria. Pois foi assim que Marcos voltou: caiu na primeira vez, mas acreditou que poderia voltar a realizar exibições de alto nível e fechou a meta alviverde como sempre na sequência do campeonato, sendo um dos esteios para o título paulista de 2008.

Palmeiras 5 x 0 Ponte Preta – Paulista de 2008
Durante o jogo derradeiro ele foi um mero espectador dentro de campo, mas foram as atitudes fora dele que me fizeram admirar ainda mais o homem Marcos Roberto Silveira Reis.

Na preleção, fez um dos discursos mais emocionante que ouvi no futebol ao dizer “me quebro tudo de novo se for preciso”. Ele, mais do que todos ali, queria o título – quis o destino que esse tenha sido o último troféu de uma carreira gloriosa.

Jogou, deixou Diego Cavallieri, que o substituiu com competência, participar da festa e ao sair de campo foi flagrado emocionado no banco de reservas, aguardando a partida terminar e levantar a taça derradeira.

O milagre desse dia não foi visto em uma defesa, mas na alegria de criança estampada na cara de um homem que já havia vencido todos os títulos possíveis e ainda assim comemorava como se fosse o primeiro. Esse título foi seu, São Marcos!

Palmeiras 0 x 0 São Paulo – Brasileiro de 2009
Novamente, o inimigo estava do outro lado. O Brasileiro ainda estava nas primeiras rodadas e o Palmeiras permanecia vivo na Libertadores simultaneamente.

Os presentes no Palestra Itália viram uma das maiores exibições do santo goleiro, já beirando os 36 anos de idade. Se por um lado a arbitragem nos garfou com uma precisão cirúrgica, do outro, as vistosas defesas de Marcos em chutes de extremo perigo foram daquelas para se lembrar para sempre. Não garantiu a vitória – muito graças ao juiz – mas foi uma partida memorável de um goleiro se aproximando da reta final de sua vitoriosa carreira.

Palmeiras 1 x 0 e 0 x 1 CAG – Copa do Brasil de 2010
Sabe aquela sensação de que não dá para fazer tudo sozinho? Marcos sentiu isso nesse dia. O elenco do primeiro semestre do ano de 2010 estava no ápice de seu desgaste técnico e emocional, além de ficar claríssimo que não havia comando – AC Zago foi um gigantesco erro.

Em campo, um time apático que foi incapaz de agredir o minúsculo Atlético-GO no Serra Dourada. Sequer teve competência para administrar a vantagem adquirida no jogo da ida, partida em que teve Marcos como um dos destaques.

Ir para os pênaltis foi lucro naquela noite. Mas se a postura dos batedores era de desinteresse puro, São Marcos lutou sozinho naquela noite. Defendeu 3 penaltis e provavelmente seria lembrado por mais um milagre se não fosse sabotado pela incompetência gigantesca de seus então companheiros.

Um dia de herói solitário, de um médico que fez todos os esforços possíveis mas que não conseguiu salvar seu paciente de um coma. A única salvaguarda em meio à apatia geral daquele dia.

Palmeiras 5 x 0 Avaí – Brasileiro de 2011
O ano de 2011 foi o canto do cisne de uma carreira vitoriosa. Ele merecia muito mais do que os companheiros que teve a disposição naquele ano, mas mesmo aos 38 anos e com lesões que o castigava, ele se esforçava ao máximo para terminar a carreira da maneira mais vitoriosa possível.

Esse jogo, disputado no Canindé, foi o melhor do Palmeiras na temporada. A vitória veio com tanta facilidade que terminamos o primeiro tempo vencendo por 4 x 0. Na segunda etapa, tivemos um pênalti a nosso favor e o estádio inteiro fez coro (me incluindo) para que ele fosse cobrar a penalidade. Até o Judas30 voltou para busca-lo, mas o santo goleiro rechaçou a ideia.

No calor do momento lamentamos, mas se pararmos para refletir o que aconteceu, todos concordamos que foi uma atitude de homem, extremamente respeitosa. São Marcos não usou a larga vantagem construída para tripudiar um adversário, ainda mais quando ainda era metade do segundo tempo. A imagem dele se recusando a partir para o ataque ficará para sempre da minha memória.

Palmeiras 2 x 1 Corinthians – Brasileiro de 2011
O último dérbi do São Marcos e último suspiro enquanto aspirávamos o título no Brasileiro de 2011, ainda no último jogo do primeiro turno. As dores no corpo eram tantas que ele não aguentou por muito tempo depois disso, mas ele teve participação fundamental nessa vitória.

Após sairmos atrás no placar, viramos a partida no início do segundo tempo, os rivais esboçaram uma reação e levaram perigo algumas vezes enquanto estávamos em vantagem. Em uma delas, São Marcos fez uma defesa espetacular em um chute de Liedson que foi determinante para a vitória.

Uma última vez dentre muitas que nosso santo goleiro fechou o gol contra nosso maior rival.

-

Esse foi São Marcos, um homem capaz de realizar grandes feitos e pequenos milagres que eram suficientes para alegrar o dia de um palestrino. Melhor ainda: de representar por 20 anos o que é ser um palmeirense estando dentro de campo, foi a personificação do trecho “tem que jogar com a alma e o coração” que tanto cantamos na arquibancada. Além, claro, de representar a essência de um ser humano como todos nós, pois toda vez que o olhávamos protegendo as traves, nos lembrávamos de nossos pequenos milagres cotidianos que construímos com sangue, suor e lágrimas. Ele foi cada ser humano que o viu jogar.

Obrigado por tudo Marcos Roberto Silveira Reis.

São Marcos do Palestra Itália.


99 anos de amor e agradecimento

Olha Palmeiras, eu não sei direito quando começou. Eu só me lembro de uma foto com meus irmãos com uma camisa do Palmeiras e o 4x3 pro Palmeiras contra o Cruzeiro no Palestra Itália. Me lembro também de 99, vagamente. Lembro de mim e do meu pai na sala. Lembro que eu tremia feito uma louca na decisão da Libertadores, com 5 ou 6 anos. Lembro do meu pai colocando o hino pra tocar, pra todo mundo ouvir. Lembro do meu pai me falando que nunca mais deixaria eu assistir um jogo de futebol na vida. Mas acho que ele se enganou.

É difícil explicar o que é ser palmeirense, até mesmo porque, explicações requerem razões. E tratando-se de Palmeiras, desconheço qualquer tipo razão. Ser palmeirense é simplesmente incrível.

São 99 anos de muitas glórias, 21 de palestrinidade pra mim. São 99 anos de glórias e de história limpa, história essa que me desperta tamanho orgulho. E hoje, em seu aniversário, eu quero te agradecer. 

Te agradecer por me ensinar o que é ter honra. Te agradecer por ser o principal responsável pelo tanto de histórias que tenho pra contar. Te agradecer pelas alegrias e até pelas tristezas. Te agradecer pelos juízes que já xinguei, por jogadores e amigos adversários que já quis espancar quando zombaram de você. Te agradecer pelas amizades que fiz e cultivo até hoje e inclusive pelas outras que virão. Te agradecer até por me mostrar o que não vale a pena, o que não é de sua altura e de seu valor. Te agradecer, Palmeiras, por ter me apresentado o maior de todos os santos, o meu ídolo eterno, aquele que melhor traduz o meu amor, o meu São Marcos. Te agradecer por me dar oportunidades únicas e inexplicáveis de fazer parte da torcida que canta e vibra.

E nem importa o quanto minha mãe diga que você nunca vai me levar à nada. E nem importa o quanto eu tenha que aturar márcios araújos pela frente e o quanto eu possa ser julgada por tamanha loucura. Não importa, mesmo. O amor faz a gente relevar tanta coisa, que te perdoo inclusive pelas lágrimas que você já me proporcionou.

Conte comigo, Palmeiras. Eu estarei com você, sempre que puder. Seja no estádio, na China, com camisa ou sem camisa. O meu amor e o de mais um bocado de gente que te ama, não precisa de rótulos. 

Não importa quantas vezes eu diga da boca pra fora que vou largar você. Estarei sempre à sua espera, contando os dias pra ver você de novo, roendo as unhas, fazendo planos. Quero sempre te defender, mesmo quando estiver errada. Me comprometer à levar essa paixão à diante, para os meus sobrinhos hoje, para os meus filhos e netos amanhã. Te apoiar pela sua grandeza, pela dignidade e glórias que te mantém em pé.

Obrigada por existir, Palmeiras. Obrigada!

“Nada vai mudar o nosso amor, nada vai mudar nossa paixão. Palmeiras minha vida é você, tu és quem mora no meu coração.”

Avanti, Palestra!


#Palmeiras99anos

Um amor, uma paixão, um vício como diria minha mãe. Pensando bem nem eu consigo explicar como me tornei essa "torcedora de sofá que gira a catraca quando quer" que tem com o Palmeiras uma relação de amor, um amor que dá vontade de ficar de mal, de brigar, deixar de castigo, mas também um amor que dá vontade de abraçar todo palmeirense que vê na rua, que dá vontade de gritar pra todo o mundo que "Palmeiras minha vida é você!".
Meu amor começou quando minha avó me levava no clube, e das piscinas assistia aos primeiros jogos do Palmeiras e quando visitei o campo pela primeira vez tive a certeza que aquele seria o meu time e esse time que tanto amo me proporcionou alegrias, amigos, um casamento e uma filha que quero passar todo esse amor que sentimos, que nos ensina a chorar, a vibrar tanto na alegria, quanto na tristeza.

Não sou uma torcedora antiga, torço a um pouco mais de 15 anos, não vi grandes nomes como Ademir, Cesar Maluco e outros jogadores em campo, não sou mais torcedora que ninguém e fico doida quando torcedores se classificam mais que outros, aliás dá para medir amor? Amor apenas se sente e eu só tenho a agradecer a Sociedade Esportiva Palmeiras por esses anos.

Continuarei na torcida para um time forme, um clube reestruturado, por títulos e por mais amor e união.

Feliz aniversário meu amor, feliz aniversário Palmeiras e todos palmeirenses...








#diadePalmeiras #tsunamiverde #Palmeiras99anos 

Me Fizeram Palmeirense


Ainda criança, muito criança, numa dessas rodas onde eram feitas grandes disputas de bolinha de gude, as crianças perguntavam umas pras outras para que times torciam. Perguntavam, pois, mesmo a cidade tendo times pra torcer (na época eram 2 - Criciúma e Prospera), nenhum dos dois tinham grande destaque, e sei lá por qual motivo, mas as crianças daquela época tinham sempre 2 times. Bom, numa dessas, na minha vez de responder meu irmão se antecipou e disse: Ela também torce pro Palmeiras! Eu, que era muito pequena, nem sabia quem era o Palmeiras, mas se ele disse então devia ser bom. "Isso, eu torço pro Palmeiras!". Ali, sem que eu pudesse saber, nascia a maior paixão da minha vida. 

Vivi (e ainda vivo), no interior do Brasil, nunca pude, durante a infância, ter muitas informações sobre meu time. Meu irmão e eu não tínhamos uma referencia para nos apresentar todas as glorias do Alviverde Imponente. O que eu tinha de contato com o Palmeiras eram os jogos, quando transmitidos no canal aberto da Tv, e as matérias dos programas esportivos. Depois de quase adulta é que pude conhecer mais sobre nossa historia, através da internet. Fui ter minha primeira camisa quando consegui meu primeiro emprego. Fui ver o Palmeiras em campo pela primeira vez quando veio enfrentar o Criciúma pelo Brasileiro de 2004. Não pude ir à torcida Palmeirense, minha mãe não permitiu por conta da fama de ser violenta. Então, tive que ir à torcida do Criciúma mesmo. Tudo bem. Ganhamos com placar de 1x2. Foi um jogo difícil, muitos cartões. Ainda mais difícil estava pra mim, querendo gritar a todo momento, empurrar o time, soltar o grito de gol preso na garganta. Esperei tanto por aquele dia e não estava sendo exatamente como eu havia planejado, nem o manto eu estava usando. No fim da partida, continuei sentada ali na arquibancada, sozinha... Chorei! Um choro apaixonado, emocionada com meu primeiro encontro. Um choro já de saudade, por não saber quando seria a próxima vez. Um choro de alegria, por ver que aquela camisa era ainda mais linda ali, perto de mim. Chorei porque, bom, vocês podem imaginar todos os motivos.

Alguns anos depois e já com a possibilidade de ir em jogos com mais frequência, e também com as maravilhosas redes sociais, descobri que os torcedores eram separados por: organizados, comum, os que viram a catraca e os de sofá (meu caso). Foi meio difícil entender isso no começo, mas parando pra analisar melhor, não deixava de fazer sentido, afinal, foi ali no sofá onde vivi e vivo a maioria das emoções junto com o Palmeiras. E quantos sofás eu já quase quebrei pulando de alegria, gritos e xingamentos de assustar a vizinhança (eles se acostumam), quantas orações e promessas fiz ajoelhada em frente a tv! 

Defino a sensação de ser torcedor de sofá como: agoniante!

O Palmeiras me trouxe sempre muitas alegrias, seja num grito solitário de gol ou abraçando estranhos na arquibancada, me trouxe grandes amizades e até o Amor. Sempre foi difícil pras pessoas entenderem de onde vinha tanta paixão por um time que eu cresci sem poder acompanhar de perto, na verdade, é impossível que entendam né?!

Por sorte, eu não ligo pra nada disso. Enquanto as pessoas se preocupam com o time que eu torço, ou em que categoria de torcedor me encaixo eu pego o controle remoto, sento em meu sofá e peço silencio, pois minha paixão vai jogar.

Acabou a invencibilidade

    O Palmeiras foi derrotado por 1x0 na cidade de Boa, em Minas Gerais, encerrando assim a longa invencibilidade. O jogo foi pífio, lembrando os piores momentos de 2012. Mas a Chapecoense também perdeu, e assim continua quatro pontos atrás de nós, com um jogo a menos. A diferença para o quinto colocado, que agora é o próprio Boa, está em onze pontos, o que mantém nossa tranquilidade na série B. Agora vamos buscar a classificação na Copa do Brasil, lá em Atlético, no Paraná.
      Kleina poupou Prass, Vilson, Juninho, Wesley, e ainda o Mendieta, na etapa inicial. Mas, como era de se esperar, montou o time de forma completamente equivocada. A escalação de um primeiro volante com força na marcação dá a condição de se escalar segundo e terceiro volantes com maior qualidade ofensiva, o que não é o caso de Araújo e Charles. Com Egúren protegendo a zaga e Araújo e Charles apoiando (errando passes) pelos lados, Felipe Menezes fica sozinho na armação. Qualquer imbecil sabe que, ao travar o Felipe, o time inteiro estaria travado e não conseguiria jogar. Nedo Xavier colocou Rodrigo Souza para marcar Felipe Menezes, e assim o Palmeiras simplesmente não jogou no primeiro tempo. E o Kleina ainda passou os 45 minutos na beirada do campo berrando com Felipe Menezes, COMO SE A CULPA FOSSE DO JOGADOR!!!! É absolutamente lamentável.
      Assim, não houve jogo no primeiro tempo. Vamos comentar apenas dois lances: no primeiro ataque do Boa, escanteio batido no primeiro pau. Não, o Bruno não falhou. Bola não muito alta no primeiro pau não é pro goleiro sair. Falharam Egúren, que não acompanhou Fernando Karanga (K A R A N G A) e Allan Kardec, que não subiu na bola. K A R A N G A ficou sozinho para cabecear e abrir o placar, logo aos 3 minutos. O outro lance que merece destaque é a pixotada ridícula de Henrique, que perdeu infantilmente uma bola para o mesmo centroavante, mas foi salvo pela finalização fraca, e boa defesa de Bruno. Henrique ainda chegou a puxar o adversário pela camisa, e deveria ter tomado um amarelo, não mostrado pelo PÉSSIMO árbitro.
      Voltamos do intervalo com Mendieta no lugar do amarelado Egúren. Logo no início, Charles também foi amarelado e deu lugar a Ronny, e o Palmeiras passou a jogar bola, embora sem muita qualidade, exceção feita às boas jogadas de Ananias pela esquerda. Os gandulas passara a sumir com as bolas do jogo. Ananias sentiu a coxa e deu lugar a Serginho. E o Palmeiras pressionava com bolas cruzadas. Kardec e Serginho perderam ótimas chances, mas em todos os outros cruzamentos, ou o goleiro saía para socar, ou o bandeira apontava impedimento. Henrique virou centroavante, Araújo virou zagueiro, ninguém jogava de volante, e o Palmeiras parecia um time de índios. O Boa se segurava como podia, o árbitro não dava as faltas, muito menos os cartões. E o segundo tempo foi essa pelada até o fim. No último lance, Felipe Menezes acertou uma cacetada de longe, para boa defesa do ótimo goleiro Douglas. No fim, fica a impressão de que não faríamos o gol de jeito nenhum, seria mais fácil tomarmos o segundo. 
     Sem rodeios: essa vai para a conta de nosso inepto treinador.

     Vale comentar sobre os jogadores que entraram como titulares, e de quem tanto se esperava.
- Tiago Alves: foi muito melhor do que Henrique e manteve o nível de Vilson. Seguro, calmo, não vai seco e estabanado na bola como Henrique, nem joga com carrinhos como Vilson. Agradou.
- Fernandinho: péssimo, não ajudou no ataque, e na defesa foi vencido várias vezes pelo Marginal Paraíba, de 46 anos.
- Egúren: chegou atrasado em dois lances, no primeiro tomou o amarelo, e no segundo o juiz passou um pano. Na falta de armadores, tentou vários lançamentos longos, errou todos. Ainda deve ser melhor observado, mas, pelos 45 minutos de hoje, não acrescentou nada.
- Felipe Menezes: em seu primeiro jogo como titular, ficou vendido pelo esquema burro de Kleina no 1º tempo. No segundo, com o auxílio mais qualificado de Mendieta, Ronny e Serginho, fez uma partida melhorzinha, é uma boa opção para a sequência da temporada.

E vamos às notas dos jogadores. As avaliações de hoje ficam por conta da Juliane (J) Mari (MA), Mark (M) e Thiago (T). Para nós, o melhor foi Tiago Alves e o pior foi Gilson Kleina, sendo que entre os jogadores o pior foi, quem diria?, Márcio Araújo:

Bruno - 5,13
J 3
MA 5
M 6
T 6,5

Luis Felipe - 3,75
J 3
MA 3
M 3
T 6

Tiago Alves - 5,5
J 4
MA 4
M 6,5
T 7,5

Henrique - 2,63
J 2
MA 2,5
M 2
T 4

Fernandinho - 2,5
J 2
MA 3
M 3
T 2

Egúren - 4,25
J 4
MA 4
M 5
T 4

Charles - 2,63
J 1
MA 2
M 3
T 4,5

Márcio Araújo - 2,38
J 3
MA 1
M 2
T 3,5

Felipe Menezes - 2,75
J 2
MA 2
M 2
T 5

Ananias - 4,63
J 3
MA 3,5
M 4
T 8

Allan Kardec - 4,38
J 4
MA 4
M 4,5
T 5

Mendieta - 5,13
J 5
MA 5
M 5
T 5,5

Ronny - 5,38
J 5
MA 5
M 5
T 6,5

Serginho - 4
J 4
MA 3
M S/N
T 5

Kleina - 0,88
J -1
MA 2
M 2,5
T ZERO