Poemas corneteiros

Ato I – O pré-jogo
A caminho para o estádio municipal começo a conjecturar.
O Palmeiras vinha de derrota ruim no último fim de semana.
O que viria para o jogo seguinte? Não sabíamos o que esperar.

E na hora penso “Gilson Kleina, atente-se para o plantel”.
Hoje temos opções melhores do que em anos anteriores.
O que não queremos é que pense apenas em seu pastel.

E no placar aparecem os onze escalados.
A diferença para o último jogo é grande.
Felizmente, não há jogadores improvisados.

Mas o esquema tático escolhido é o 4-3-3.
Não funcionou bem durante o ano de 2013.
Mesmo assim, Seo Kleina tenta outra vez.

E novamente, o treinador sacou o Mazinho.
Após nove partidas ruins, abaixo da média.
Kleina percebeu que não era esse o caminho.

Vinicius não é o titular que todos queremos.
Mas torcemos muito para que ele jogue demais.
Para no jogo não exclamarmos “oremos”.


Ato II – O jogo.
No gramado municipal o jogo está iniciado.
A postura dessa vez está bem diferente.
Não aquela que deixou o torcedor irritado.

Observando-os em campo, estavam distantes.
Lançamentos longos que iam para o adversário.
Será que Kleina mudaria isso em instantes?

O gol de Kardec tranquilizou a torcida e trouxe paz.
Não que o time estivesse assustando a torcida.
Mas foi importante ver que o time não saiu atrás. 

Valdivia também não estava em noite inspirada.
Errou passes, não correu e parecia se poupar.
Felizmente salvou a noite com uma bela jogada.

Segundo tempo e entra o meia Mendieta.
As suas últimas partidas não foram boas.
Estava sim, merecendo o soar da corneta.

Na defesa, Juninho destoou de seu costume e não fez tantas besteiras.
Foi melhor que seu substituto no fim de semana, que entregou o jogo.
E também estava bem protegido pelo Marcelo Oliveira. O "TV Palmeiras".

O São Bernardo não saía do seu campo de trás.
Nas poucas vezes que nossa esquerda vacilava.
Esbarrava em um muro chamado Fernando Prass.


Ato III – O pós-jogo.
Três pontos a mais foram acrescidos à conta.
Resta saber como será os jogos dos oponentes.
Torcer para que tropecem e fiquemos na ponta.

Do Pacaembu, a torcida saiu feliz com o que viu no jogo.
Não foi a goleada que tanto esperávamos após domingo.
Mas ao menos recuperamos do jogo contra o Botafogo.

A reta final da fase de classificação é especial.
E como queremos um time forte para o final.
Acertar o time nesse período se faz essencial.

Gilson Kleina, você ainda precisa convencer a nação.
Escale o time com variações táticas e inteligência.
E encare os rivais com força, visando ser campeão.

E assim esperamos um final feliz para esse capítulo.
Cornetaremos porque queremos o melhor para o Palmeiras.
Cornetamos porque estamos todos querendo esse título.


Peço uma licença (poética) para cornetar.

Retomando a rota

Novamente, o nome do jogo.
Foto:  Miguel Schincariol/Agência Estado

Após perdermos a invencibilidade no último domingo, o Palmeiras entrou em campo nessa noite com os retornos de Wesley e Alan Kardec. A postura em campo também foi bem diferente do que tivemos nos últimos jogos e não tivemos nenhum susto. A classificação para as quartas e na primeira colocação do grupo parece questão de tempo. Começamos bem o terço final da fase de classificação.

Sabendo que o oponente tinha a melhor defesa do campeonato até o momento (6 gols tomados até o jogo), a expectativa era de que o São Bernardo travasse o meio de campo e que o jogo fosse truncado. Mas não foi isso que vimos. Mesmo com o Palmeiras tentando passes de longa distância nos primeiros minutos, o time do ABC não demonstrava nenhuma força – nem defensiva e nem ofensiva. 

Sem forçar muito, o Palmeiras passou a criar chances mais agudas com o tempo. Primeiro com a tabela entre Valdivia e Marquinhos Gabriel, cuja conclusão do ultimo saiu pela linha de fundo. Depois, Vinicius fez uma rara boa jogada ao inverter a bola para Marquinhos Gabriel, que enxergou Wendel flutuando pela direita, tocou e nosso camisa 13 cruzou na medida para Alan Kardec marcar seu sexto gol no campeonato. 1 x 0 e tudo indicava que faríamos mais gols.

Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras quase ampliou em uma cobrança de falta onde Lucio cabeceou e o goleiro deles fez uma ótima defesa. No rebote, Kardec também cabeceou em cima da defesa, que rechaçou em cima da linha. Uma pena que o gol não tenha saído nessa jogada. Os poucos chutes do São Bernardo no primeiro tempo foram de fora da área e em todos os arremates, o nosso arqueiro Fernando Prass esteve lá.

Com a vantagem, o Palmeiras voltou do intervalo dosando o ritmo e sofreu um início de pressão, mas não demorou muito e aos 10 minutos o Palmeiras ampliou o placar com boa troca de passes que culminou no gol de Valdivia – que não fazia uma boa partida, mas fez um gol importante.

Após o segundo gol, o Palmeiras pisou no freio de vez e só jogou na base do contra ataque. Até algumas chances de ampliar e, pela primeira vez na temporada, testou Patrick Vieira, que fez uma boa partida enquanto esteve em campo e mostrou que pode ser bem mais útil do que outras opções já testadas, como Mazinho, Serginho e o próprio Vinicius, que foi o substituído da noite. Valdivia também aproveitou e tomou o terceiro cartão, suspendendo de uma partida na qual ele não jogaria de qualquer jeito por estar a serviço da seleção chilena. 

Foi uma bela vitória em uma noite gostosa na capital paulistana. O time mostrou que não sentiu o abalo do revés do fim de semana e voltou a convencer em um momento importante do campeonato. Resta a Kleina fazer os ajustes finais nesses jogos que restam para que o time entre voando na fase de mata-mata. Estamos todos babando pelo título.

Avanti Palestra!

Notas: As notas de hoje foram dadas por Marcus, Thiago e Ariane. Para nós, houve um empate entre o melhor em campo: Kardec resolveu na frente e Prass segurou o necessário lá atrás. O pior em campo foi o Vinicius, mas não necessariamente por ter feito uma partida ruim (inclusive, participou bem no primeiro gol), mas por não estar em sintonia com os demais. 


Sabe bem o que vem pela frente: São Bernardo

O Palmeiras enfrenta nesta quinta-feira, às 19:30 no Paulo Machado de Carvalho, o Aurinegro Batateiro, também conhecido como São Bernardo Futebol Clube, em jogo válido pela 11ª rodada do Campeonato Paulista de 2014. A rodada marca o início dos confrontos contra os times do grupo C, que tem o SFC praticamente classificado, São Bernardo e Ponte Preta brigando pela segunda vaga, a Portuguesa com alguma chance de classificação mas também com possibilidade de rebaixamento, e o Paulista praticamente rebaixado. 

O Palmeiras vem apresentando uma acentuada e preocupante queda de rendimento nos últimos jogos, e acabou por perder a invencibilidade no domingo. A derrota pode ser explicada pelos desfalques, mas a qualidade do futebol em nada está lembrando as primeiras rodadas. A luz amarela está acesa, esperamos que Gilson Kleina seja capaz de fazer as correções necessárias. 

A comissão técnica relacionou 19 jogadores para a partida, portanto um será cortado (Rodolfo ou Patrick Vieira). Conforme informações do site oficial da Sociedade Esportiva Palmeiras, os relacionados para a partida de hoje são:

Goleiros: 25 Fernando Prass e 47 Fábio
Laterais: 13 Wendel, 6 Juninho e 16 William Matheus
Zagueiros: 33 Lúcio e 36 Tiago Alves
Volantes: 5 Egúren, 26 Marcelo Oliveira e 11 Wesley
Meias: 10 Valdivia, 8 Mendieta, 40 Marquinhos Gabriel, 17 Mazinho e 21 Patrick Vieira
Atacantes: 14 Alan Kardec, 19 Vinicius, 39 Miguel e 29 Rodolfo

O time titular deve ser Fernando Prass, Wendel, Lucio, Marcelo Oliveira e Juninho; Egúren, Wesley, Valdivia e Marquinhos Gabriel; Alan Kardec e Vinicius. Os desfalques são Wellington e Victorino que se recondicionam fisicamente após se recuperarem de contusões, Josimar e Diogo com lesões musculares, Leandro que tem um corte na perna, França com três cartões amarelos, e Bruno Cesar, infantilmente expulso no último domingo. 

O São Bernardo foi a sensação do início do campeonato, ao vencer os três primeiros jogos. Depois caiu de produção mas já se recuperou e está invicto há quatro partidas, nas quais empatou com o Comercial e com as meninas, e venceu Penapolense e Linense. O time do ABC tem como trunfo a melhor defesa do campeonato até o momento. Os desfalques da equipe são o lateral-direito Rafael Cruz e o volante Edson, suspensos. Em seus lugares devem entrar Kayque e Dudu Lima. O time titular deve ser: Wilson Junior, Kayque, Luciano Castan, Fernando Lombardi e Eduardo. Dudu Lima, William Favoni, Marino e Bady; Gil e Elionar Bombinha. 

O destaque do time é Bady, meia rápido, habilidoso e com bom poder de finalização. O lateral-esquerdo Eduardo passou pelo Palmeiras em 2010, vindo do Guarani, jogou 17 partidas e não deixou saudades. O técnico, Edson Boaro, também passou pelo Palestra Itália em 1989/1990. Bom lateral-direito, disputou 94 partidas e marcou 7 gols. 

Em dois confrontos contra o São Bernardo até hoje, foram duas vitórias nossas, com cinco gols marcados e nenhum sofrido. Em 2011, no Canindé, vencemos por 2x0, gols de Danilo e Patrik. Em 2013, no Pacaembu, foi 3x0, com um gol de Valdivia e dois de Barcos. E os únicos jogadores que participaram dos dois confrontos anteriores foram Valdivia, Vinicius e o finado Márcio Araújo. 

Os créditos dos dados citados acima vão para a Porcopédia. 

Não podemos esperar nada menos do que a vitória nesta partida. Provavelmente ela virá, no entanto não acreditamos que o bom futebol já voltará hoje, o elenco parece acomodado com a classificação garantida. Devido ao horário e à proximidade do feriado, também não acreditamos em uma boa presença de público, que deve ficar entre 6 e 7 mil pagantes. Mas o importante são os três pontos. 

Avanti, Palestra!!!!

Checkpoints

O regulamento do Paulista dessa temporada é estranho e permite situações absurdas como a de domingo, onde uma derrota nossa prejudicou nosso principal rival – o que não deve ser nenhum conforto, nenhuma derrota do Palmeiras é boa. Ao mesmo tempo, o regulamento permitiu com que jogássemos contra times de grupos distintos e criou uma espécie de checkpoint a cada cinco partidas. 

Disputados 2/3 da fase inicial, estamos em segundo na classificação geral, atrás do Santos apenas pelo critério de saldo de gols. Cabe à análise de como o time se portou e a expectativa de como iremos desempenhar nos cinco jogos finais.

Checkpoint 1 – Da 1ª à 5ª rodada.
Devido ao curto tempo que os times tiveram para realizar a pré-temporada, vimos um Palmeiras remendado nos dois primeiros jogos, com jogadores que seriam as opções finais entrando como titulares. Mesmo assim, a postura do time era diferente do que tínhamos visto na irritante reta final da Série B do ano passado. O Palmeiras passou a pressionar o time no campo de ataque e Kleina soube usar a maioria das peças que tinha em mãos – exceção feita ao Mazinho, que sepultava a maioria dos ataques.

A vitória contra a Linense na estreia e de virada mostrou que o time, mesmo remendado e sem ritmo, poderia render bem na medida em que os titulares iam entrando. Os jogos seguintes tiveram o encaixe de alguns titulares como Valdivia, Leandro, Lucio e Wellington, que entrou no lugar de Henrique (vendido ao Napoli). E deu certo. Contra Comercial e Penapolense não tomamos gols e contra o Atlético Sorocaba tivemos um ataque operante. 

O grande teste da primeira fase era o clássico contra o SPFC e ali o Palmeiras fez o melhor jogo até então no campeonato. Kleina armou o time postado no ataque e não deixou os comandados de Muricy respirarem. 2 x 0 ficou barato e terminamos o primeiro terço de campeonato com a moral nas estrelas e sabendo que ainda teríamos jogadores para estrearem.

Pontos positivos do primeiro terço:
- A mudança de postura do time. Passou a jogar de forma ofensiva e sufocando o adversário no campo de defesa;
- Peças que saiam do banco e melhoraram o nível do time. 

Pontos negativos do primeiro terço:
- A insistência em Mazinho foi sem explicação. O único jogo que ele foi fundamental foi contra a Linense. Nos outros jogos, foi o pior em campo;
- Apesar do bom início do sistema defensivo. Saímos atrás do placar por duas ocasiões, mas felizmente conseguimos reverter.

Pontos: 15 em 15 disputados.

Melhor momento do campeonato: 5ª rodada, no jogo contra os inimigos leonores.

Checkpoint 2 – Da 6ª à 10ª rodada.
Mesmo com alguns defeitos latentes, o time entrou com moral para encarar os adversários do grupo B. O primeiro confronto foi contra o XV de Piracicaba e a sensação foi que de conseguimos os 3 pontos com muita sorte  - a vitória passou pelos jogadores do banco de reservas, mas o time não foi tão contundente quanto em jornadas anteriores. 

O 100% de aproveitamento foi embora em uma de nossas melhores partidas, contra o Audax, tarde em que o goleiro adversário estava inspirado e que eles aproveitaram uma pane de nossa defesa para sair na frente. Novamente, a reação do time passou pelo banco de reservas com o gol de Mendieta. Por pouco não vencemos a partida (Kardec perdeu o pênalti duvidoso que deram), mas a postura agradou a todos e o time saiu aplaudido do Pacaembu. 

E veio o segundo clássico. O dérbi contra o SCCP, nossos maiores rivais, uma guerra particular. Sabemos que em dérbis não há favoritos, mas a imprensa e parte da torcida estavam confiantes em um bom resultado. E com motivos, afinal, eles estavam em crise e com uma sequência de derrotas e nós estávamos em alta, jogando bem e convencendo. Mas em campo vimos justamente o contrário, parecia que eles é que estavam em boa fase. Gilson Kleina entrou com o time estranhamente acuado e aceitou a pressão imposta pelo treinador-enganador deles. O destaque da partida foi Fernando Prass, que operou milagres e evitou a derrota. Novamente, o time saiu atrás.

A preocupação finalmente começou. O time insinuante e agressivo do primeiro terço de campeonato deu espaço a um time hesitante e sem alternativas táticas para se mudar durante a partida sem queimar substituições. Os desfalques também começaram a surgir, seja por suspensão ou por contusões, o que fez Kleina promover novos jogadores como titulares. 

Contra o Ituano, novamente o Palmeiras fez uma partida abaixo da média, mas garantiu os 3 pontos graças a boa presença de área de Alan Kardec. Porém, no jogo seguinte tivemos a primeira derrota. Mesmo com Kleina promovendo uma escalação interessante, o time em campo se mostrou completamente perdido – sem contar as falhas individuais de William Matheus, que fez uma partida que remeteu aos piores momentos de Juninho em 2012. E fechamos o segundo terço da primeira fase com o sinal amarelo.

Pontos positivos do segundo terço:
- Ascensão de França. Vem mostrando ser uma bela contratação, que sabe fechar os espaços e ainda sabe sair para o jogo com alguma qualidade. 

Pontos negativos do segundo terço:
- Em 5 jogos, o time saiu atrás no placar por 3 ocasiões. Em nenhuma vencemos (dois empates e a derrota no último domingo). Kleina precisa fazer com que o time entre focado nos 90 minutos, o time tem entrado bem desligado;
- Desfalques. Nos últimos jogos perdemos diversos jogadores por contusão e suspensão e isso gerou certo desentrosamento com as peças que deveriam substituir. O jogo de domingo mostrou isso;
- Queda de rendimento de peças importantes. Leandro, Wesley e mesmo Valdivia não renderam como nas jornadas iniciais;
- Falta de variações táticas de Kleina e a passividade que o time mostrou em campo em muitos desses jogos, virando o fio do primeiro terço de campeonato e levando o treinador a uma estaca zero. Se antes merecia justos elogios, hoje diria que está zerado e tem que remar tudo de novo.

Pontos: 8 em 15 disputados.

Checkpoint 3 – Da 11ª à 15ª rodada.
E chegamos à reta final da primeira fase, onde enfrentaremos os adversários do grupo C. O adversário mais forte, claro, é o Santos. O jogo é o último da fase de classificação e provavelmente será o jogo que definirá o primeiro colocado geral, que tem a vantagem de jogar em casa até a final, seja lá qual for o adversário – sem contar que o time deles, dentre os 3 rivais, é o que mostrou mais consistência até o momento. Será um duelo interessante em nossa casa de praia.

São Bernardo também é um adversário chato e amanhã veremos como o Palmeiras se porta contra eles jogando em casa. Portuguesa, Ponte Preta e o fraquíssimo Paulista completam o grupo.

Com 7 pontos de vantagem em relação ao vice-líder do grupo (Bragantino), a tendência é nos classificarmos em primeiro com antecedência. Mas o Palmeiras precisa retomar a consistência mostrada nos jogos iniciais para entrar com confiança no mata-mata, o que vimos nas últimas rodadas foi um tanto quanto preocupante.

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- A expectativa (ou melhor, torcida) é que Kleina acerte uma escalação e um esquema tático decente nesses cinco jogos que restam e retomemos a rota traçada nos jogos iniciais. Após 6 partidas dignas de um treinador de ponta, ele armou o time com a mesma destreza de um estagiário nos jogos seguintes, lembrando aquele time titubeante de 2013, que não conseguia se impor contra Icasas da vida.

- Saímos atrás do placar em metade dos jogos e só revertemos o placar em dois deles. Precisamos que o time entre ligado nos 90 minutos, como fizemos contra os inimigos do Jd. Leonor. Em mata-mata, sair atrás pode ser fatal. Só lembrar que saímos atrás em todos os jogos decisivos que o Kleina fez (Milionários, Santos, Tijuana e CAP) e não revertemos nenhum deles. Hora de mudar isso.

- Queremos o título, é o mínimo que exigimos. E nós torcedores merecemos.

Fim da invencibilidade

Foto: Célio Messias / Globoesporte.com

Nessa tarde de domingo demos adeus a um longo período de 9 jogos invictos. Sabíamos que cedo ou tarde teríamos alguma derrota, mas o que não esperávamos é que fosse de maneira tão vergonhosa quanto hoje. Mais do que o placar (3 x 1), a postura foi patética, digna dos piores momentos do esquecível ano de 2013.

Diante de 8 desfalques, a escalação inicial parecia promissora na teoria – claro, se relevarmos os desfalques. Mazinho foi sacado do time, Marquinhos Gabriel foi escalado para flutuar entre o meio e o ataque, Mendieta também foi escalado para armar o jogo junto ao Valdivia, Eguren foi posto para segurar o jogo enquanto França faria a transição e Miguel ficaria como centroavante fixo na área. Na prática, deu tudo errado. A impressão passada foi de puro improviso, ficou claro que essa formação sequer teve um treinamento.

Isso ficou claro desde o primeiro minuto de jogo. O Botafogo-SP, jogando em casa, exerceu uma pressão inicial, mas o Palmeiras (a despeito dos 61% da posse de bola ao final do primeiro tempo) apenas fazia ligações diretas, perdendo todas as disputas para a defesa do Botafogo. Inadmissível para um time que tinha 3 meias de origem dentro de campo, mas todos distantes entre si e que não colocavam a bola no chão – para se ter uma ideia, França era quem mais aparecia para organizar o jogo, mesmo sendo volante.

Com tanta desorganização, uma hora iriamos ter problemas. E logo aos 20 minutos, o Botafogo avançou pelo nosso lado direito e cruzou, William Matheus falhou na cobertura e Mike fez o gol que abriu o placar para o time do interior. Após sair atrás do marcador, o time teve uma pequena fagulha de reação e chegou ao pênalti após boa jogada de Mendieta. Valdivia converteu e empatamos o jogo, 1 x 1.

Quando as coisas pareciam entrar nos eixos, entrou em ação o principal responsável pela derrota dentro de campo: William Matheus. Substituindo o intragável Juninho, era a chance de mostrar para a nação palmeirense o porquê de ser titular. Mas infelizmente, ele se mostrou tão nervoso quanto o atual camisa 6 e entregou uma bola na saída como um verdadeiro garçom, permitindo com que o Botafogo pegasse a defesa desarrumada e acertasse o chute de fora da área. 2 x 1 para o time da casa.

Nada indicava que o time iria reagir no primeiro tempo. O time sentiu o gol e passou a se desesperar com a bola nos pés e mesmo os principais meias a tratavam como batata quente.

Ainda no primeiro tempo, William Matheus fez um pênalti (duvidoso, é verdade) que determinou o placar da partida. Aos 39 do primeiro tempo. Era reversível? Sim, mas o que vimos após o gol foi para irritar até o mais paciente dos palmeirenses. 

Para o segundo tempo, Kleina comeu seu pastel de cogumelo e teve uma epifania: tirou Miguel (mostrando que Felipão estava certíssimo ao preterir ele em 2011) e Marquinhos Gabriel (esse, perdidaço, em noite de Ananias) e colocou Bruno Cesar e Vinicius, aquele que há anos não é solução para nada. E William Matheus prosseguiu na partida do mesmo jeito que no primeiro tempo, nervoso e errando passes de meio metro. Kleina poderia tirar o lateral, colocar o Tiago Alves e alocar o Marcelo Oliveira na esquerda, mas manteve o jogador, que continuou errando tudo na segunda etapa.

Esperava-se que o time entrasse consciente do placar adverso e se aproximassem entre si dentro de campo visando uma blitz rumo à virada, mas o time era o retrato do nervosismo, errando passes em profusão e perdendo bolas bestas a todo instante. O momento que mais sintetizou essa intranquilidade foi quando Bruno Cesar tentou cobrar uma falta de maneira rápida, mas no auge da afobação, cobrou na perna do oponente e perdemos um ataque.

Para completar a tarde de maneira genial, Kleina tirou Mendieta para colocar Serginho. Não que Mendieta estivesse bem, mas Serginho é piada de mau gosto. Quando esse sujeito reverteu um placar a nosso favor? Restava apenas torcer para que uma providência divina salvasse o time nessa tarde.

O time já não estava em sintonia e aos 28 do segundo tempo ainda vimos Bruno Cesar ser expulso de maneira extremamente infantil ao discutir com juiz. Tudo errado. 

Quanto ao resto do jogo, nem vale a pena comentar, já que estávamos entregues e não esboçamos nenhuma reação. A torcida palmeirense, que fez bonito em Ribeirão Preto, merecia muito mais do que foi mostrado nessa tarde. Já vimos o Palmeiras jogar bem esse ano e com uma postura acima da média. O que aconteceu? Nas últimas partidas vimos um Palmeiras medroso, distante do ideal e que poderia fazer muito melhor, mesmo com os desfalques.

Que tirem as lições dessas partidas e que corrijam a rota para ontem. A fase de mata-mata está perto e queremos o título, nada menos do que isso.

Notas: As notas de hoje foram dadas por Thiago, Mari, Borges, Ariane e Marcus. Para nós, França foi o jogador que se salvou nessa tarde e demonstra cada vez mais que merece a titularidade. O pior, claro, foi William Matheus, em um raro zero unânime. Menções "honrosas" para Serginho pela ruindade crônica e para Bruno Cesar e sua expulsão infantil. Que essa tarde não se repita.



Sabe bem o que vem pela frente: Botafogo - SP

Com 8 desfalques, Kleina divulgou no final dessa manhã a relação dos 19 relacionados para o confronto com o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.



Os desfalques são: Wellington, Victorino e Diogo que estão lesionados. Leandro sofreu um corte na perna essa manhã e também fica de fora. Wesley, Josimar e Juninho (poupados) além de Kardec, que foi expulso na ultima partida.

As novidades ficam por conta do retorno de Valdídia, que havia sido poupado na última partida e William Matheus, que deve substituir Juninho.

Confira a lista completa:
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Victor Luis, Wendel, William Matheus
Zagueiros: Lúcio e Tiago Alves
Volantes: Eguren, França e Marcelo Oliveira
Meias: Valdivia, Bruno César, Mazinho, Marquinhos Gabriel, Mendieta e Serginho
Atacantes: Miguel, Vinicius e Rodolfo

Kleina não confirmou qual será a provável escalação, o que pode ser bom. O Botafogo encara o jogo de amanhã como o mais importante até agora, pois tenta se manter no G8 da classificação geral. Wagner Lopes não sabe como armar seus jogadores e vai manter isso em segredo também: “Não sei como vem o Palmeiras, não sabemos a estratégia deles e não vamos falar a nossa'', declarou.

Palmeiras e Botafogo – SP já se enfrentaram 104 vezes ao longo da história, sendo: 62 vitórias, 29 empates e 13 derrotas. 

A partida de amanhã será transmitida pelo Sportv.


Forza, Palestra!

Invictos e salvos pelo gongo

"TEVÊ PALMEIRAS!"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

De um lado estávamos nós, ainda invictos na temporada, mas com um time recheado de novidades. Do outro lado tínhamos o Ituano, time que está muito bem no campeonato e que vinha de 3 vitórias seguidas. Tinha tudo para ser um jogo interessante e recheado de alternativas.

Infelizmente não foi o que vimos. Para um Pacaembu relativamente vazio – 6400 pagantes, cortesia do horário tacanho das 22h – a proposta do Ituano era clara: não perder. E assim eles travaram o jogo no meio de campo. O Palmeiras estreou Josimar e a esperança era de que ele exercesse as mesmas funções de Wesley, mas não passou nem perto disso, pois muitas das bolas que passaram pelo pé dele voltaram para o Ituano sem a menor cerimônia. 

Com excesso de ligações diretas, o primeiro tempo foi completamente truncado. Os únicos que tentavam algo diferente eram Diogo e Mendieta, mas na maioria das vezes nossos ataques eram sepultados pela dupla Juninho e Mazinho. As únicas jogadas de perigo aconteceram ao final da primeira etapa, primeiro na falha de Lúcio, que permitiu que Cristian Mendigo (o “aquele” do dia) acertar uma patada no gol que Prass salvou mais uma vez. Fernando Prass caminha a passos largos para se tornar um ídolo no Palmeiras. A outra jogada de algum destaque foi o chute de fora de Mazinho, que passou rente à trave. Fim de primeiro tempo, mas parecia fim de feira.

Para o segundo tempo, esperávamos que as coisas fossem diferentes e Kleina mexeu no time já no intervalo ao tirar o inoperante Mazinho para a entrada de Marquinhos Gabriel. O substituto não fez uma partida primorosa, mas a postura mudou e o jogo passou a fluir melhor. Já no primeiro minuto do segundo tempo vimos Alan Kardec acertar um passe primoroso para Juninho, que finalizou bem, mas o goleiro deles fez uma defesa muito boa, jogando para escanteio. No mesmo escanteio, Lucio teve outra chance e chutou para o gol, mas o zagueiro deles salvou em cima da linha. 

Apesar de o Palmeiras retomar o controle do jogo e jogar mais no campo de ataque, o gol não saía e tudo indicava que o jogo terminaria em um insosso zero a zero. Mas após tanto insistir, Diogo achou Juninho, que cruzou com rara felicidade para Alan Kardec, que estava na hora certa e lugar certo para fazer o gol da vitória. Hoje, Kardec é o vice artilheiro do campeonato com 5 gols.

Antes de acabar, o juiz desavergonhadamente expulsou o Kardec após uma confusão no meio de campo sem que ele tenha feito algo. Vindo da juizada, isso infelizmente não surpreende, mas deveria acabar.

Alcançamos os 23 pontos e estamos cada vez mais próximos da classificação, mas Gilson Kleina precisa achar um padrão de jogo certo e com mais alternativas para que o time não fique preso no meio de campo como ficamos nessa partida. A insistência em peças inoperantes como Mazinho e Juninho (que até fez uma boa partida) já atingiram o limite. Em jogos decisivos e com opções mais qualificadas, é inadmissível que eles continuem enterrando o time. Tudo bem, Kleina tem feito boas substituições, mas esperamos que as opções de banco sejam um trunfo para jogos mais difíceis em que precisemos de alternativas diferentes para mudar o panorama da partida e não a solução definitiva em todos os jogos.

Mas continuamos invictos e o próximo oponente é o Botafogo-SP em Ribeirão Preto. Vamos lutar para conseguir o primeiro lugar na classificação geral para ter o fator casa em jogos decisivos. Avanti Palestra!

Notas: As notas de hoje foram dadas por Thiago, Renato, Ariane e Marcus. Para nós, o pior em campo novamente foi Mazinho. Até quando ele vai continuar atrapalhando os ataques? Não sabemos, mas a nota baixa do Kleina indica que começamos a ficar de saco cheio dessa insistência. O melhor campo foi Prass, com suas defesas espetaculares. Vale a menção para Kardec, melhor jogador de linha e que anotou o tento decisivo.


Sabe bem o que vem pela frente: Ituano

Bruno César relacionado e Mazinho titular. O pré-jogo poderia ser resumido assim!


No final dessa tarde, após as tradicionais atividades, Kleina divulgou a lista dos 19 atletas relacionados para a partida dessa quarta, contra o Ituano, às 22hs no Pacaembu.

A novidade, como falei no inicio, é o nome de Bruno César pela primeira vez na lista desde quando foi contratado no mês passado. Ainda em fase de readaptação, o meia foi liberado para atuar nessa quarta e deve entrar durante a partida Além dele, Tiago Alves e Eguren, já recuperados, voltam à relação.

Desfalques: Victorino, Wellington e Wesley, serão poupados para acompanhamento e recuperação de possíveis lesões, além de Valdívia, que segue o cronograma especial de fortalecimento muscular. Leandro cumpre suspensão automática pelo acúmulo de cartões amarelos, dá lugar a Diogo.

Confira a lista completa: 
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Wendel, Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio e Tiago Alves
Volantes: Marcelo Oliveira, França, Josimar e Eguren
Meias: Mazinho, Mendieta, Marquinhos Gabriel, Serginho e Bruno César
Atacantes: Alan Kardec, Diogo e Vinícius

Com o desfalque de Wellington, Marcelo Oliveira deve ser deslocado para fazer dupla com Lúcio. Sendo assim, A provável escalação para a partida de amanhã é: Prass; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; França, Josimar, Mendieta e Mazinho; Diogo e Alan Kardec.

Mazinho segue firme e forte como titular. Não tenho a oportunidade de acompanhar de perto os treinos, mas acredito que ele deve estar se destacando entre seus colegas e por isso conquistado a titularidade absoluta até aqui. Só isso explica a escolha dele, sendo que nos jogos, ele não vem apresentando um bom futebol. 

Já no lado do nosso adversário, sem problemas com cartões ou lesões, a equipe do técnico Doriva deve ir com força total para aumentar suas chances de classificação no grupo B. 

Palmeiras e Ituano já se enfrentaram 23 vezes ao longo da história, sendo: 14 vitórias, 4 empates e 5 derrotas.


Ficha Técnica: 
PALMEIRAS X ITUANO
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/Horário: 19/2/2014, às 22h
Árbitro: Wilson Luiz Seneme
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo e Gustavo Rodrigues de Oliveira
PALMEIRAS: Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; França, Josimar, Mazinho e Mendieta; Diogo e Alan Kardec. 
ITUANO: Vagner; Dick, Alemão, Anderson Salles e Dener; Josa, Paulinho, Jackson, Cristian e Esquerdinha; Rafael Silva. Técnico: Doriva
TRANSMISSÃO: Apenas os canais PFC transmitem a partida.


Forza, Palestra!

Faltou pouco para ganhar e pouco para perder

Com uma atuação segura e tranquila no primeiro tempo e irreconhecível no segundo, o Palmeiras ficou no empate por um gol com o time da zona leste, neste domingo no Pacaembu, e manteve a liderança e a invencibilidade no Paulistão/14. Se não foi o resultado que esperávamos, pelo que mostraram as duas equipes o empate foi justo. 

Como era de se esperar, Kleina mandou a campo o mesmo time do empate com o Audax, mudando apenas na lateral esquerda, pois Juninho voltava de suspensão. Insistiu em Mazinho, que a bem da verdade fez uma grande partida na estreia do ano e acabou ali. Por isso, já voltamos a questionar Gilson Kleina: será que Marquinhos Gabriel não consegue, taticamente, fazer o papel de marcar a subida do lateral como Mazinho? Se conseguir, não há motivos para não colocá-lo como titular, já que tecnicamente a diferença é imensa. 


Foto: globoesporte.com


O outro time veio com 3 volantes e contou com a estreia do anão que fez troca-troca com o Pato. Também esperado. O jogo começou muito truncado, com muitas faltas, e até os 20 minutos a única chance de gol havia sido de Valdivia, que não alcançou de cabeça a falta batida por Mazinho pela esquerda. Os dois times insistiam nos chutões e a bola pouco ficava no chão. Apesar de bem disputado, o jogo era péssimo tecnicamente. Marcelo Oliveira fez seu papel novamente na marcação, embora sem tanto destaque como nos últimos jogos, mas na hora de sair jogando estava um desastre, errando muitos passes. Mazinho fez o que pedíamos durante a semana: marcou o Uendel, que mal foi visto em campo durante todo o jogo, mas na hora de atacar sempre atrapalhava. Wesley jogou mais aberto pela esquerda do que de costume, e com isso o time ficou torto, só atacava pela esquerda, com Wesley, Juninho e Leandro. Valdivia fazia um bom primeiro tempo, mas depois do intervalo simplesmente sumiu. 


Com os dois times tensos e o jogo bastante picado, a primeira etapa teve poucas boas chances de gol. Além da já citada, com Valdivia, o chileno ainda acertou um excelente passe para Mazinho que invadia a área pela esquerda, mas ele bateu à meia-altura, facilitando a defesa de Tropeço. Mazinho ainda desperdiçou um contra-ataque que tinha tudo para resultar em gol, pois ele tinha como opções Leandro e Valdivia entrando pela esquerda e Kardec pela direita. Mas preferiu bater direto, de longe, e acertou o único zagueiro da Ponte Preta que estava bem posicionado. Leandro também arriscou um chute de fora, mas errou. O adversário também teve sua chance, em um cruzamento da esquerda feito pelo anão, que Bruno Cortez desviou no primeiro pau e aquele centroavante boliviano, impedido, dentro da pequena área, desviou para fora. Nem é necessário dizer que o impedimento não foi dado, se o boliviano acertasse o gol iria valer, como sempre acontece nos Derbies. O que não anula a bobeada de Wellington e Juninho, que deixaram o cara finalizar entre os dois. 

Ninguém mexeu no time no intervalo, e o Palmeiras parece que, além de não ter mexido, também não voltou. Os primeiros dez minutos foram desesperadores. Fernando Prass fez 3 milagres e ainda viu um chute explodir no travessão. O Palmeiras só conseguia levar a bola até a intermediária defensiva, e ali alguém (geralmente Marcelo Oliveira ou Wesley) errava um passe e tome sufoco de novo. Nesse período, só fizemos uma jogada de ataque, e foi um contra-ataque, em que Mazinho cruzou para Leandro que bateu muito mal de primeira, perdendo excelente oportunidade de fazer o gol. Aos 10, Kleina tirou Mazinho e colocou Marquinhos Gabriel. Pela configuração do jogo naquele momento, a entrada de França seria mais interessante, mas queremos crer que essa alteração já será definitiva para os próximos jogos. Tá duro aturar o Mazinho. 

Marquinhos Gabriel mal pegou na bola em seus primeiros minutos, mas parece que sua simples presença já fez os adversários se segurarem um pouco mais na defesa e marcarem mais recuados, o que possibilitou ao Palmeiras voltar a colocar a bola no chão e equilibrar as ações. Mas aos 15, bem quando a pressão já havia passado, eles erraram uma tabela pela direita, mas a bola bateu em Juninho e sobrou livre para Tammy Gretchen, que saiu do meio de três Palmeirenses que ficaram olhando e invadiu a área. Wellington repetiu o que fez no gol do Audax no domingo anterior: ao invés de ir pro desarme, quis apenas cercar. Tammy cruzou rasteiro e Bruno Cortez, em posição legal, entrou livre para abrir o placar. 


A partir daí, uma história conhecida: time que está em crise sai na frente no clássico e recua todo mundo. Kleina colocou Mendieta no lugar do inoperante e nervoso Leandro. Mano Menezes tirou o anão de jardim e colocou o tal de Renato Augusto, que lá na ZL dizem ser craque, mas se machuca mais do que o Valdivia e nem tocou na bola. Depois, o medrosão do lado de lá ainda tirou Bruno Cortez para a entrada de mais um lateral-esquerdo, Jucilei/Jocilei/Jocinei ou algo do tipo. Aí Kleina tirou Wellington e colocou Diogo. Zagueiro por atacante. Ficamos com um meio-campo extremamente ofensivo, Wesley/Mendieta/Valdivia/Marquinhos, mais Kardec e Diogo na frente. Mesmo assim, nada de chances claras, mas os contra-ataques deles, cada vez mais raros, paravam na excelente atuação de Lucio ou em Marcelo Oliveira, que cresceu de produção ao ir para a zaga. Kleina voltou a insistir naquela aberração de Wesley jogando aberto pela esquerda como lateral e Juninho fechando pelo meio, algo que ele faz desde 2013 e nunca conseguimos entender o motivo. Marquinhos Gabriel abriu na esquerda e Diogo na direita. E, mesmo com o time deles tendo dois laterais esquerdos em campo, na primeira bola de Diogo ninguém encostou nele. E o camisa 17 foi muito inteligente e calmo. Ficou esperando a definição da movimentação de Alan Kardec dentro da área e fez um cruzamento perfeito, preciso, milimétrico e no timing exato para Kardec, na corrida, encontrar a bola com a testa e balançar a rede do gol do tobogã do Pacaembu. 

Eram 37 minutos e o jogo acabou aí. O rival não tinha jogadores para atacar, já que estavam todos enfiados dentro da área defensiva. O Palmeiras tentava, mas não queria se expor muito porque não tinha nenhum volante de ofício em campo e não podia mais mudar. E o senhor Raphael Klaus foi safado e sem-vergonha o suficiente para demonstrar que havia uma determinação de não deixar a Ponte Preta perder, pois simplesmente parou de dar faltas para o Palmeiras depois do empate. Eles podiam desarmar da maneira que quisessem, não havia mais falta. Quer dizer, até havia, mas só pro lado deles. 


Nos últimos minutos, o único fato interessante foi mais uma xerifada de Lúcio, que vem mostrando que realmente está com vontade de provar que ainda é um grande zagueiro, calando todos os críticos de sua contratação, entre os quais me incluo. 

Ficam as lições:
- Não se pode dar um branco como aconteceu no início do segundo tempo, se não tivéssemos o melhor goleiro do Brasil a vaca teria ido para o brejo ali. Ano passado aconteceu algo semelhante, mas como o adversário era mais qualificado, o desastre aconteceu lá em Mirassol;

- Wellington não vem jogando mal, mas parece ter medo de cometer pênaltis, pois quando o adversário entra na área com a bola dominada ele só cerca e tenta fechar o ângulo, não parte para o desarme. Questão de treino e atitude;

- Leandro anda nervosinho demais e está suspenso contra o Ituano. Chance para Diogo;

- O time cai muito de produção quando Valdivia cai. Precisamos de uma opção logo, e essa opção chama-se Bruno César;

- Wesley fez sua terceira partida ruim em sequência, hora de verificar o que está acontecendo. Pode ser só o posicionamento equivocado, mas pode não ser;

- Fora, Mazinho. Por favor, Kleina, fora, Mazinho. Não dá mais, deixe de ser teimoso, nunca tirava o Araújo, agora vai ser o Mazinho? Se é porque ele marca o lateral, o Marquinhos Gabriel também pode marcar, Leandro, Diogo, Vinicius, todos podem marcar o lateral. Evitamos a corneta explicita aqui neste blog, mas não tá dando, passou da hora de tirar o Mazinho. 

E só para não deixar passar, pelo menos temos algo em comum com o rival: nós estamos a 8 pontos do vice-líder do nosso grupo, e eles também estão a 8 pontos do vice-líder do grupo deles. 

Agora são sete jogos para administrar a vantagem e lubrificar as engrenagens da equipe para as fases eliminatórias. Temos todas as condições de levar esse título. PRA CIMA, PALMEIRAS!!!

Atuações: As notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Mariana, Marcus, Renato, Thiago e por nosso grande amigo Leopoldo Coimbra (@leopoldocoimbra), a quem agradecemos a valiosa participação. Como já era de se esperar, para nós o melhor foi Fernando Prass e o pior foi Mazinho. Nenhuma surpresa aqui. 


Sabe bem o que vem pela frente: Gambás

E na manhã desse sábado, nosso Verdão encerrou os preparativos para o clássico de amanhã. Após o treino, Kleina divulgou a lista com os 19 relacionados para o confronto.

A novidade na lista é Josimar, reforço que chegou no dia 5 e já tem condições de jogo devido aos treinos que fazia no Internacional e Juninho, que havia ficado de fora da ultima partida cumprindo suspensão automática.

Bruno César, nome que eu esperava ver na lista para o clássico, fica de fora. A comissão técnica considera que ele não esta nas condições ideais de jogo e precisa de mais tempo para se readaptar. Victorino, que sentiu dores em jogo-treino, também fica de fora.

Confira a lista completa: 
Goleiros: Fernando Prass e Fábio
Laterais: Wendel, Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio e Wellington
Volantes: Wesley, Marcelo Oliveira, França e Josimar
Meias: Valdívia, Mazinho, Mendieta e Marquinhos Gabriel
Atacantes: Alan Kardec, Leandro, Vinicius e Diogo

Já no lado dos Gambás, o clima é de mistério. Mano realizou treino secreto e não divulgou os relacionados. Porém, há indícios de que Jadson possa estrear no clássico. Sim, estão tremendo!

Mais uma prova de fogo para nosso time, esse jogo é de vida ou morte, independente do campeonato ou fase das equipes. Nesse post, fizemos uma análise sobre o caminho a seguir para conquistar essa vitória.

O derby desse domingo é o de número 344. No total vencemos 121 jogos, empatamos 103 vezes e sofremos 119 derrotas. Somos superiores também do número de gols, são 499 gols pró e 460 sofridos.

O clássico, com inicio às 16hs, terá transmissão pela Globo e Band, além dos canais PFC.

Novidade na nossa camisa: a diretoria fechou 4 patrocínios pontuais para o clássico. Os logos das empresas Chery, Óticas Diniz, Schneider Electric e Cobasi serão estampados na nossa camisa. 
















Forza, Palestra!!!

Marquem o Uendel

A torcida Palmeirense não pensa em outra coisa que não seja o Derby deste domingo. Em meio a tantos apelos para atropelar o rival, jogar a última pá de cal em cima deles, afundá-los na crise de vez, vamos fazer uma tentativa de análise para encontrar os caminhos para chegar a essa vitória tão importante. Que fique claro que trata-se de uma análise totalmente amadora, feita por um mero curioso das coisas do futebol. 

O passo principal está no título deste post: MARQUEM O UENDEL. Ficou muito claro nos últimos jogos deles (jogos péssimos, por sinal) que mais da metade da força ofensiva do rival está no lateral-esquerdo, ex-Ponte. Eles tocam bola de lado o tempo todo, pois Ralf e Guilherme não têm no passe seus pontos fortes. Guerrero não sai da área, Romarinho vive péssima fase tecnicamente, e Fagner é bem limitado. As jogadas agudas só acontecem quando a bola chega a Uendel. E não apenas pela esquerda, ele também faz boas infiltrações em diagonal, e muitas vezes recebe a bola pelo meio, agindo como elemento-surpresa. Segurar o nosso Wendel na defesa, pronto pra bater de frente com o lateral deles, pode ser suficiente, desde que Wendel esteja ligado no jogo e preste atenção para acompanhá-lo também nas investidas pelo meio. Wendel é um jogador de pouca técnica, porém muito aplicado taticamente é com bom poder de marcação. Ele tem plenas condições de anular o ponto forte do rival. Além desta marcação firme em Uendel, outra providência importante é abrir um jogador de velocidade (preferencialmente Leandro) na direita, atuando nas costas de Uendel. Isso deve gerar uma maior preocupação de Mano Menezes com a cobertura nesse setor e, como o time deles está desentrosado, Mano não arriscaria deslocar outro atleta para fazer a cobertura, optando por mandar Uendel descer "só na boa". Mas, para que isso dê certo, é importante que Leandro não acompanhe o adversário "até o final", como se diz. Que marque até um certo ponto, pouco além da linha divisória, e depois "entregue" a marcação a Wendel. Com o lado esquerdo deles anulado, a marcação nos demais setores não será mais complicada do que já foi com os outros 7 adversários que enfrentamos no Paulistão. Mesmo se eles conseguirem estrear Jadson e Renato Augusto, nossa marcação está bem encaixada até aqui, e não deve encontrar grandes problemas. Marcelo Oliveira vive excelente fase, marcando com força, seriedade e competência, e a falta de movimentação do meio-campo deles deve facilitar seu trabalho. 

E na parte ofensiva? Isso vai depender de quem Kleina vai escalar. A tendência é que seja mantida a escalação dos últimos jogos, com a única modificação sendo a volta de Juninho: Prass, Wendel, Lucio, Wellington, Juninho, M. Oliveira, Wesley, Valdivia, Mazinho, Leandro, Kardec. A sugestão de manter Leandro fixo na direita leva a sugerir também que Kardec não fique fixo entre os zagueiros, pois isso a marcação do rival seria facilitada com dois homens fixos. Kardec, Valdivia e Mazinho devem procurar se movimentar bastante. Sob o comando de Mano, Ralf deixou de ser aquele volante que só marca, ele está saindo mais pro jogo (deixando espaços às suas costas, que devem ser aproveitados pelo Valdivia), e Guilherme também não é nenhum exemplo como marcador. Movimentações no sentido centro -> lateral de Valdivia e Mazinho, ao mesmo tempo em que Alan Kardec se movimenta da área para trás, trazendo junto um dos zagueiros deles, podem abrir espaço para Wesley aparecer na área em boas condições de fazer os gols. Wesley, inclusive, está devendo bastante nos últimos jogos e tem uma excelente chance para se redimir. 

Uma igualdade no primeiro tempo nos deixaria em uma situação de certa vantagem para a segunda etapa. A torcida do adversário, já bastante insatisfeita, botaria uma pressão em cima deles. Os próprios jogadores deles devem sentir na parte psicológica, e por fim o mais importante: temos mais opções de banco. Mano Menezes vem sendo obrigado a escalar juniores como Zé Paulo no time titular, enquanto Gilson Kleina deve contar com excelentes valores como Marquinhos Gabriel, Mendieta, Diogo e Bruno César no banco de reservas. Por isso, a chance deles é descer pro intervalo com a vantagem. Se o Palmeiras mantiver o empate no primeiro tempo, volta com muita chance de vitória. Se sairmos ganhando, então, só precisaremos de calma e inteligência para garantir a vitória, pois eles só terão chance no abafa. Sempre lembrando que eles sentirão muito a ausência da família Oliveira, um desfalque muito grande para eles. 

Mas, em resumo, a marcação dos itaquerenses anda muito frouxa. Saberemos fazer o(s) gols(s). Tendo o cuidado de MARCAR O UENDEL, a possibilidade de tomarmos gols cai muito, e a vitória deve vir naturalmente. Portanto, Kleina, utilize como mantra a frase "marquem o Uendel", e vamos pra cima. Contamos com você. 

Avanti, Palestra!!!!

Dérbis e a seriedade

Enfim, nosso próximo jogo será um dérbi. Palmeiras x Corinthians não é um jogo qualquer em nenhuma circunstância, é “apenas” a maior rivalidade futebolística do Brasil e uma das dez maiores rivalidades do futebol mundial. É capaz de parar a cidade (e o país, porque não?) com uma semana de antecedência e proporcionar embates históricos, daqueles que as pessoas se lembrarão com detalhes mesmo muitos anos após o ocorrido. 

Diferente do tratamento com nossos inimigos do SPFC, a relação com o Corinthians é mais de respeito mútuo (ainda que oculto), mesmo quanto há muita galhofa envolvida entre os torcedores de ambos os times. Pura rivalidade mesmo (caros leonores: nunca serão) e torcedores de outros times jamais entenderão o que isso significa, por mais que tentem e por mais que tenham suas próprias rivalidades. Inclusive, nossa rivalidade é tão forte que virou tema de filme com “O Casamento de Romeu e Julieta”, lançado em 2003 (filme esse que merece um texto a parte). 

Para muitos de nós, o período mais latente dessa rivalidade é a década de 90, onde muitas decisões entre os clubes foram realizadas. Melhor para nós, que vencemos o Paulistão de 93 e saímos da incomoda fila de 17 anos com um épico 4 x 0 em cima de nossos rivais, a final do Brasileiro de 1994 e, claro, os confrontos na Libertadores de 99 e 2000, onde São Marcos fez as atuações mais primorosas de sua gloriosa carreira. Claro, há muitos outros episódios marcantes ao longo de nossa história centenária, como os 8 x 0 que o Palestra Itália aplicou, a final do Paulista de 74 (o zum, zum, zum, é 21) e muitos outros momentos históricos. 

Apesar da primeira década dos anos 2000 ter sido ruim e escassa em decisões envolvendo dérbis, ainda tivemos partidas memoráveis, como os 4 x 0 em 2004 com show de Pedrinho e Vagner Love, os 3 x 0 em 2007 com atuações magistrais de Edmundo (a melhor na segunda passagem) e Valdivia (então em ascensão) e os 3 x 0 de 2009 com um jogo que Obina nunca mais fará na vida. 

E justamente por esse histórico todo que exigimos apenas uma coisa dos jogadores do Palmeiras: seriedade nos 90 minutos. Por mais que a fase do rival esteja ruim, em dérbis não há favoritos e a história mostra que a camisa pesa – para ambos os lados. Recentemente tivemos dois exemplos que não se vence dérbi antes da bola rolar: em fevereiro de 2011, após a eliminação do Tolima, entramos com a ideia de que seriamos o prego final do caixão dos rivais, mas perdemos um caminhão de gols e eles venceram a partida e iniciaram uma reação na temporada. No ano passado aconteceu o inverso, pois entramos com a moral no fundo do poço, com o elenco retalhado, rebaixados e só não vencemos o então campeão mundial e que estava com a moral nas nuvens por questão de detalhes, pois entramos com o espírito de dérbi e dominamos grande parte da partida. 

Claro que não dá para ignorar o momento atual de ambas as equipes, que hoje são bem distintos. A diferença técnica entre os jogadores existe e os padrões táticos desenvolvidos em rodadas anteriores também podem ser um diferencial.  Mas um momento de desatenção pode ser fatal e um resultado de dérbi define a moral de um time por semanas - e de um jeito bem 8 ou 80, para quem vence é o céu e para quem perde é o inferno. 

Gilson Kleina e jogadores, vocês começaram o ano de maneira convincente e vem merecendo os diversos elogios que todos nós estamos fazendo. Entrem para vencer o clássico, encarem esse dérbi como se fosse a última partida da vida de vocês e extraiam o melhor de vocês nesses 90 minutos. Estamos com vocês.

Avanti Palestra! 

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O palco da batalha.

- É uma pena que a torcida visitante (isso vale para ambos os lados) não fique no tobogã. Quando voltamos a disputar os dérbis no municipal em 2010, o tobogã era destinado para o rival, mas desde as semifinais do Paulista de 2011 que o visitante fica no setor de visitante. E provavelmente isso será definitivo, pois para a disputa do Brasileiro cada um disputará em suas respectivas casas.

- O último dérbi que vencemos foi no hoje longínquo ano de 2011, com gols de Luan e Fernandão. Foi também o último dérbi de São Marcos, que fechou a meta com maestria por diversas vezes contra nossos rivais – inclusive nessa partida, ao defender um chute perigoso de Liedson ao final do jogo, no canto do cisne de nosso santo goleiro. O período sem vitórias incomoda bastante.

- Que os jogadores não entrem na pilha dos tabus a serem derrubados e foquem apenas em vencer o jogo. O misticismo não pode ser levado em consideração no domingo, ainda mais quando hoje temos o próprio Pacaembu estabelecido como casa provisória e no qual os jogadores claramente se sentem a vontade. 

Ataque contra defesa, e empate.

O Palmeiras massacrou o Audax durante quase todo o jogo na tarde deste domingo no Pacaembu. Mas, com inúmeras falhas no ataque e uma única falha na defesa, acabamos saindo com apenas um empate em 1x1. Se por um lado perdemos os 100% de aproveitamento, por outro o resultado pode servir para o time manter os pés no chão antes do Derby do próximo domingo. Esse jogo vale quase tanto quanto o campeonato. 

O Audax tem um estilo de jogo peculiar. Muito toque de bola, nenhum chutão, muitos recuos para o goleiro, e até uma certa irresponsabilidade na saída de bola, sempre pelo chão. Isso exige que o time jogue adiantado, pressionando a saída de bola e diminuindo os espaços para os passes. O Palmeiras fez uma parte disso. Valdívia, Kardec, Leandro, Mazinho e Wesley apertavam a saída de bola, mas faltou o avanço dos outros cinco jogadores. Com isso, quando o Audax passava da nossa primeira linha de marcação, fatalmente ia ao campo de ataque. Mas lá atrás estávamos bem posicionados. Marcelo Oliveira mais uma vez foi firme na marcação e William Matheus incrementou o poder defensivo da equipe. 

(Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Estado - G.E.)


Com isso, o Audax só ameaçou no primeiro tempo em chutes de fora da área, a maioria sem direção. Dois foram no gol, e Prass defendeu ambos sem problemas. Já o Palmeiras, com muita disposição pra roubar a bola perto da área e contando com uma ótima partida de Valdívia, teve no mínimo cinco ótimas chances, quase todas com Leandro. Ele se movimentava com inteligência, aparecia pro jogo, e as chances surgiam. Mas na hora da finalização faltava pontaria, e em algumas oportunidades sobrou individualismo. Na melhor chance, ele aproveitou um passe errado do Audax, invadiu a área com a bola dominada, podia rolar para Valdívia que estava livre, mas preferiu dar o corte em dois zagueiros e bater de esquerda. A bola raspou a trave. A última chance foi com Valdívia, que tentou o golaço por cobertura mas errou por muito pouco. 

O segundo tempo começou igual ao primeiro, mas aos oito minutos veio a falha defensiva que mudou o jogo: lateral pela esquerda do ataque do Audax, Lucio chegou atrasado e a bola sobrou para Thiago Silvy dentro da área. Wellington chegou na cobertura, mas quis apenas proteger o gol ao invés de partir pro desarme. Silvy tocou por cobertura pra dentro, William Matheus perdeu a dividida e a bola sobrou para Denilson, que encheu o pé, sem chances para Fernando Prass. Os dois zagueiros falharam no mesmo lance, o resultado não poderia ser outro. 

Com a derrota parcial, Kleina agiu rápido e colocou na partida Marquinhos Gabriel e Diogo nos lugares de Mazinho e Leandro. Os dois entraram bem, e logo Diogo perdeu uma grande chance batendo de esquerda para fora após receber lindo passe de calcanhar de Alan Kardec dentro da área. Mas com o tempo, a falta de iniciativa do Audax, além do excesso de passes na defesa, foi tirando a paciência do Palmeiras, e o time de Fernando Diniz conseguia ficar muito tempo com a bola, irritando inclusive a torcida. 

Kleina também corrigiu isso trocando Wesley, estranhamente disperso, por Mendieta. O paraguaio assumiu um posicionamento próximo a Valdívia, o que voltou a dar volume de jogo ao Palmeiras, e a partida virou ataque contra defesa outra vez. Em uma das trocas de passes entre os meias, Marquinhos Gabriel encontrou Valdívia, que sofreu falta na meia-lua. Mendieta cobrou bem e acertou o travessão. O gol estava maduro, e veio aos 32: Wendel sofreu falta pela direita. Na cobrança, a zaga afastou, Mendieta pegou o rebote e, meio de costas pro gol, bateu de virada, rasteiro, acertando o cantinho de Felipe Alves. 

Logo em seguida, a chance da virada. Marquinhos Gabriel entrou na área e foi desarmado por Francis, o craque sabonete, ex-Palmeiras. O juiz, muito próximo ao lance, inexplicavelmente deu pênalti. Era a chance de se fazer justiça no placar através de uma injustiça da arbitragem. Aí faltou malandragem ao Alan Kardec. Todo mundo viu que ele bateu os últimos dois pênaltis no canto esquerdo. Era óbvio que desta vez o goleiro iria pro canto direito, era só esperar, ou então bater no meio. Mas ele fez exatamente o que o goleiro esperava, bateu rasteiro no canto direito e Felipe Alves defendeu. Kardec ainda teve a chance no rebote, era só rolar pro meio, onde Wendel entrava livre pra fazer seu primeiro gol, mas Kardec bateu em cima do goleiro de novo. 

O pênalti perdido podia dar moral ao Audax, mas o que se viu foi um massacre do Palmeiras, e chances perdidas em profusão. A última foi com Valdívia, que recebeu cruzamento de Wendel, mas bateu fraco, possibilitando a defesa do goleiro. E foi assim até os 49, com a bola fazendo questão de não entrar. 

As lições a se tirar deste jogo:
1. Kleina parece que está finalmente se tornando um treinador. Fez as modificações certas na hora certa, não se intimidou, enfim, fez o que tinha de ser feito. 
2. William Matheus está pronto para ser o titular da lateral esquerda, a despeito da melhora de Juninho em relação ao ano passado. 
3. Mendieta é útil, bom jogador, técnico, inteligente. 
4. Bruno César tem lugar no time titular, mas pra isso Wesley tem que marcar mais, pois Bruno César não fará o que Mazinho faz taticamente. 
5. Wendel pode continuar na lateral se for o Wendel do segundo tempo, o do primeiro tempo não serve. 
6. Marcelo Oliveira cavou sua vaga no time titular, está incornetável em 2014. 
7. Leandro precisa treinar finalizações. 
8. O elenco está muito encorpado. O banco de reservas oferece opções a Gilson Kleina e ele está sabendo aproveitar. 

Agora teremos uma semana inteira de treinos antes do Derby. Já poderemos contar com Bruno César e Josimar, e talvez com Victorino. Será a semana mais importante do ano até aqui. É entrar com confiança e pés no chão no domingo, pois, como já dito aqui anteriormente, eles estão tremendo. 

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Thiago, Ariane, Mariana, Marcus, Renato, Juliane, e a participação especial do amigo Eduardo Henrique (@eduhdj), a quem agradecemos e convidamos a voltar sempre. Para nós, o melhor foi - finalmente, pela primeira vez - ele, Gilson Kleina. Um ótimo sinal, uma prova de que ele pode surpreender a todos nós e se transformar de ponto fraco em comandante das conquistas do Centenário. Parabéns, e que continue assim. Entre os jogadores, destacamos Prass e Mendieta. O pior foi Wesley, uma atuação esquisita. Esperamos que volte aos bons momentos, pois precisamos muito dele. 


Sabe bem o que vem pela frente: Audax

Enfrentaremos amanhã (09/02), pela primeira vez na história em jogos oficiais, o Audax – SP. O último treino antes desse confronto foi nessa manhã e após, Gilson Kleina divulgou a lista dos 18 relacionados.



Valdívia, que foi poupado na ultima rodada, e França que chegou a ser duvida depois de uma pancada que sofreu em treino, estão confirmados.

Ficam de fora: Juninho, cumprindo suspensão automática e Tiago Alves, Eguren, Renato, Victorino e Bruno Oliveira, que já se recuperaram de suas lesões, mas estão readquirindo a forma física.

William Matheus deve ganhar a chance de estrear como titular, substituindo Juninho.

Confira a lista completa dos relacionados:
Goleiros: Fernando Prass e Fábio
Laterais: William Matheus e Wendel
Zagueiros: Wellington, Lúcio e Marcelo Oliveira
Volantes: França e Wesley
Meias: Mendieta, Marquinhos Gabriel, Serginho, Mazinho, Valdívia e Patrick Vieira
Atacantes: Alan Kardec, Leandro e Diogo

A partida desse domingo, válida pela 7° rodada do campeonato, será transmitida apenas pelos canais PFC.


Forza, Palestra!!

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Cartas na manga e mudança de postura.

Por ser início de temporada, talvez seja muito cedo para falar que hoje somos favoritos aos títulos, ainda mais se levarmos em consideração o histórico de largadas em anos anteriores, que definitivamente nos deixou mais escolados e cautelosos. Mas esse início de ano alviverde com seis vitórias consecutivas, quase todas de maneira convincente – especialmente no clássico contra o SPFC no último domingo - deu um novo ânimo para todos os palmeirenses do mundo, especialmente após temporadas tão ruins como foram as anteriores. 

Mas o que temos de diferente em relação ao time que finalizou a temporada de 2013 de maneira burocrática e que não se impunha em relação ao adversário? Novas cartas na manga dentro do elenco e que podem mudar o panorama de uma partida com diferentes variações táticas durante o jogo e uma nova postura, a mais agressiva desde o time do primeiro semestre de 2008, uma postura que não tínhamos visto com o então treinador Gilson Kleina. Isso sem contar a própria atmosfera do Palmeiras, que ficou positiva. Hoje até a mesmo a imprensa, uma inimiga ferrenha, passou a nos tratar com mais respeito.

Vamos aprofundar esses dois primeiros itens que fazem parte do tema central da postagem.

As cartas na manga:
Se durante a Série B perdíamos muito em qualidade com a ausência de jogadores no elenco, nesse início de ano vimos por mais de uma vez a solução de uma partida sair do banco de reservas. Contra o Atlético de Sorocaba e Penapolense, vimos a entrada de Marquinhos Gabriel ser decisiva para que o Palmeiras obtivesse os três pontos. Contra o XV de Piracicaba, o gol da vitória passou pelos pés de dois substitutos: Mendieta e França – sendo que este entrou para segurar a pressão do time da casa, obteve êxito na tarefa e ainda surgiu como elemento surpresa no ataque. 

Pela primeira vez em anos temos opções para realizar mudanças de panoramas na partida e mesmo mudar a escalação antes de um jogo antes que o time fique manjado pelo oponente. E ainda temos jogadores para estrear, como Victorino, Bruno Cesar, Gabriel Dias, Patrick Vieira, Rodolfo e mesmo William Matheus, que jogou apenas 20 minutos contra o Comercial. Josimar, volante que veio do Inter, é outro que chegou para ser opção de segundo volante na reserva de Wesley e apesar de parte da torcida ter um pé atrás com ele pela não vinda em 2013 (inclusive este que vos escreve), soa como um backup interessante.

A lateral direita ainda precisa de ajustes – por mais que Wendel tenha feito partidas acima da média, ainda temos o medo de que esse bom momento dele seja efêmero – e o ataque continua sem substitutos para Alan Kardec caso precisemos (a outra opção de atacante fixo no elenco se chama Miguel). 

Com essa nova gama de jogadores, as opções consideradas “intragáveis” que sobreviveram ao facão do ano passado e que ainda estão no elenco, já não são mais tão utilizadas. Felipe Menezes entrou em apenas duas partidas, Vinicius em apenas uma e Serginho perdeu espaço após duas partidas como titular. 

Vale também a observação que em nenhum desses momentos o Palmeiras entrou com força máxima, nem mesmo no clássico contra o SPFC. Mas mesmo que o Palmeiras use seu poder de fogo por completo em sua escalação titular, ainda é possível vislumbrar essas cartas na manga que são capazes de mudar a partida.

Mudança de postura:
O Palmeiras está mais agressivo, algo que cobrávamos antes mesmo do campeonato começar. Por mais que o time não tenha jogado com sua força máxima, é possível observar que a postura do time mudou e isso ficou acentuado em algumas partidas, como contra Penapolense e SPFC, onde o time fez algo que não fazia há anos: marcar a saída de bola do adversário, sufocando o oponente já no campo de defesa e tirando as chances de ataque e pegando o oponente com a defesa desarrumada.

Essa pressão no campo de ataque permite com que a dupla de volantes fique mais sólida (exceção feita ao jogo de quarta, onde Wesley dormiu em campo) e consequentemente a defesa não tome tantos sustos. Com isso, hoje temos a melhor defesa do campeonato com apenas três gols sofridos (sendo que dois deles foram da famosa síndrome de “ex-palmeirense marca contra”, embora isso não tenha relação alguma com táticas). 

Outro ponto importante está em como o time se porta com a bola nos pés. Hoje também é possível ver que o time evita as ligações diretas e trabalha melhor a bola, procurando sempre o companheiro melhor posicionado e priorizando as tabelas. Se antes tínhamos um irritante festival de chutões a esmo e chuveirinhos desnecessários que invariavelmente terminavam com o zagueiro rechaçando a bola, hoje isso foi reduzido a quase zero. 


Essa mudança de postura do time e a obediência tática dos jogadores são méritos de Gilson Kleina. Com exceção dos jogos contra Comercial (onde o time dormiu no segundo tempo) e XV de Piracicaba, o treinador foi muito bem na proposta do time e nas alterações durante a partida, sobretudo no último domingo ao trucar Muricy com um casal Zap e Copas – tomaram um baile e 2 x 0 ficou muito barato.

Já o critiquei muito durante 2013, mas nesses jogos iniciais ele vem fazendo por merecer uma trégua e até elogios. Sim, ele ainda insiste com peças que todos sabem que não funciona (Mazinho não mostra nada que o credencie a titularidade absoluta) e por vezes demora em realizar a alteração – quarta foi por pouco. Às vezes fico com a impressão de que ele está escondendo o jogo para os jogos mais difíceis, clássicos e fases decisivas. Não tem como saber, mas que esse início de ano com seis vitórias e com o time convencendo está animador, isso está.

Claro, ele ainda tem muito que provar. O próximo teste de fogo é um dérbi (jogo que não vencemos desde agosto de 2011) e por mais que a fase de nossos rivais esteja ruim, ainda é um jogo que devemos entrar com muita seriedade, ainda mais porque não os vencemos no Pacaembu há muito tempo. E tem também as fases decisivas – todas que ele disputou com o Palmeiras até o momento foram tremendos fiascos. Mas dessa vez ele tem peças bem melhores do que as disponíveis em jornadas anteriores e parece que ele está mais calculista, algo imprescindível para treinadores.

Kleina, a faca e o queijo estão em suas mãos. Começou bem e vem merecendo elogios, termine de maneira excelente e será eterno.

Kleinismo surtindo efeito?
Foto: Reginaldo Castro / Gazeta Press

O Muro, o Xerife e o VidaLoka

O Palmeiras viveu uma noite que em muitos momentos lembrou as piores jornadas da série B de 2013. Mas, como o astral realmente parece ser outro, reagimos e voltamos da ótima cidade de Piracicaba com a sexta vitória em seis jogos. 

E o nosso pós-jogo de hoje será um pouco diferente. Contaremos a história do jogo resumindo as atuações dos três personagens do título do post: Fernando Prass, Lúcio e França. 

Parte I - o Muro
Com três minutos de jogo, Fernando Prass havia salvo dois gols certos do XV. Wendel passou os 90 minutos procurando, sem sucesso, o lateral Aelson, do XV. Com 3 minutos de jogo, Aelson já havia chegado duas vezes à linha de fundo e feito ótimos cruzamentos sem ser sequer atrapalhado por Wendel. Prass salvou as duas, a primeira com muito reflexo, a segunda com reflexo e agilidade. Ainda no primeiro tempo, um chute de Macena, outro de Cafu, no segundo tempo duas cobranças de falta. Prass espalmou tudo. E o lance do gol do XV? A impressão é a de que ele estava inteiro na bola, mas acabou atrapalhado por Wellington. Mesmo não tendo ocorrido a falha técnica (é possível dizer que sim ou que não, dependendo da interpretação de cada um), no mínimo houve uma falha de comunicação. Mas quem liga? O resultado veio, e em grande parte graças à magnífica atuação de nosso Muro, nosso Capitão, nosso Líder. A cada rodada que passa, podemos confiar mais nele. Felipão deveria estar de olho, se é que já não está. 

Parte II - o Xerife
Lúcio jogou por três. Tinha que cobrir Wendel e Wellington. Nosso esforçado lateral baiano foi uma avenida, e o jovem zagueiro nem parecia o mesmo dos jogos anteriores. Atrapalhou Prass no gol, deixou Cafu receber uma bola nas suas costas e sair na cara de Prass que defendeu de forma incrível, saía pro combate de maneira atabalhoada, e Lucio sempre na cobertura. Após o lance, ainda era possível ver Lucio orientar, incentivar, aplaudir Wellington. Essa postura de nosso Xerife se refletia no ataque. Era nítido que em todos os escanteios a tentativa era cruzar na direção de Lucio. Todo o elenco quer ver logo o primeiro gol dele, e seria sensacional se acontecesse no próximo dia 16. E o grande lance foi no segundo tempo. Jogo empatado, Lucio marcava o atacante Macena próximo à linha lateral (onde estava Wendel?). Macena gingou, pedalou, pedalou, gingou, levou pra esquerda, tentou cruzar e Lucio travou. Vibrou, deu aquela xerifada básica na cara do adversário, foi empurrado, "caiu", e os dois levaram amarelo. Lucio está aparentemente voltando a ser quase aquele zagueiraço do passado, e calando muitos críticos de sua contratação, incluindo este que vos escreve, que sempre foi contra a vinda do Xerife. Como é bom estar errado nestas situações. 

Parte III - o VidaLoka 
O primeiro tempo foi equilibrado. O segundo começou com o Palmeiras pressionando, mas a pressão só durou 10 minutos. A partir daí, o XV se aproveitou da marcação frouxa - Marcelo Oliveira não era nem de longe o mesmo dos últimos jogos -, da inércia de Wesley, que fez uma de suas piores partidas pelo Palmeiras, e da insegurança que o garoto Wellington passava para todo o sistema defensivo. Os donos da casa tomaram conta do meio-campo, mas não tentavam entrar na área, preferindo arriscar os chutes de fora, que sempre davam trabalho para Prass. Kleina achou por bem resolver o problema tirando Leandro e colocando França para guardar a entrada da área. O que se viu a partir daí foi que o XV acabou. França tomou conta do pedaço. Sua presença ajudou Marcelo Oliveira a crescer no jogo, e assim o Palmeiras voltou a ir à frente. Nosso VidaLoka deu tanta segurança que se sentiu confiante para ajudar também o ataque, e aos 38 recebeu bom passe de Mendieta, deu um lindo corte seco no zagueiro que se jogou no carrinho e, mesmo desequilibrado, meteu por cima do goleiro, no ângulo oposto, marcando um gol que, se fosse feito por Neymar ou Pato, faria 99% da imprensa esportiva brasileira ter orgasmos múltiplos por 3 meses. Mas, como foi só o França, preferiram levantar dúvidas sobre a intenção do chute ("será que ele não tentou cruzar?"). Ao fim do jogo, França garantiu que mandou pro gol mesmo, e isso ficou claro pelo movimento dele. Óbvio que mandou pro gol. Depois de guardar o golaço, correu pra galera, tirou a camisa, tomou cartão amarelo, mostrou que chegou para acabar com a desconfiança de muitos, caiu nas graças da torcida... Nosso VidaLoka deixa claro que não voltou ao Brasil para brincar. O garoto passou por maus bocados na Alemanha, com tuberculose, sarou e voltou cheio de vontade. Na humildade, parece que vai ganhar seu espaço, merecidamente. 

Com estes três tópicos, quase toda a história da partida está contada. Apenas para não passar batido, o primeiro gol, não citado anteriormente, foi de Alan Kardec, de pênalti, sofrido por Mazinho. Fica a dúvida se foi ou não. Estou mais propenso a achar que não, mas de vez em quando acontece de errarem a nosso favor. Aconteceu nesta quarta em Piracicaba, o próximo erro a nosso favor deve ser após a Copa do Mundo. Para o próximo jogo, contra o Audax, Juninho estará suspenso, poderemos observar melhor o William Matheus. 

Continuamos 100%, seis vitórias em seis jogos, e em dez dias, se os rivales não pararem o campeonato, terão de nos enfrentar. Já é hora de começar a guerra psicológica, ELES ESTÃO TREMENDO!!!!

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Mariana, Renato, Marcus, Thiago e por nosso amigo Diego Cunha (@diegoccunha) que gentilmente colaborou conosco - obrigado, Diego. Para nós, mesmo com a falha (técnica ou de comunicação) no gol, Fernando Prass foi o melhor. O pior foi Leandro. Destaque para Bruno, que teve uma breve participação como técnico e ganhou três notas 10 de nossa equipe. Quem sabe não podemos vê-lo definitivamente nessa função em breve? Em campo não precisa, ok?