Um golpe duro na alma

Foto: Marcos Ribolli/globoesporte.com

Estamos na segunda-feira mais dolorosa desde novembro de 2012, com um tempo nublado e fechado, combinando perfeitamente com o nosso estado de espírito palestrino. Mais uma vez fomos eliminados por um time inexpressivo, sem torcida e sem tradição alguma - inclusive, foi o mesmo time que o Palmeiras salvou do rebaixamento no campeonato anterior ao tirar o pé do acelerador na última rodada.  Novamente quando achávamos que o período de trevas no Palestra (dentro de campo) tinha se dissipado de vez e quando éramos francos favoritos para levar o título, o primeiro do centenário, mas nos tiraram esse sonho.

A chuva forte que caiu na tarde de domingo não espantou a torcida, pelo contrário, parecia um ingrediente a mais para a batalha. Logo de cara ficou claro que iriamos fazer ainda mais barulho e pressão do que fizemos na última quinta-feira, contra o Bragantino. Dependendo da torcida, as coisas seguiriam conforme o script. Assim que a bola rolou, foi possível perceber um time intranquilo e sem saber como perfurar a retranca do time pequeno, não houve aquela centelha de blitz intrínseca aos grandes times e logo a confiança deu lugar a uma enorme aura tensa, sobretudo quando perdemos dois esteios técnicos do time por contusão e que deram lugar a dois jogadores que tem a marca da derrota estampada na testa, dois rebaixados e que não poderiam estar nesse elenco em hipótese alguma.

Já no intervalo, senti aquele deja-vu maldito que tinha sentido no fatídico jogo contra o Goiás, na Sul-Americana de 2010: o time dependia de um gol, estava desordenado, sem saber como reverter a situação e qualquer passo em falso poderia resultar em tragédia. E pelo que observei dos companheiros de arquibancada que estavam ao meu redor, a tensão era generalizada e estava estampada na feição dos palestrinos. Continuamos cantando e incentivando, mas estava bem claro que as coisas estavam erradas.

O segundo tempo passou e o time demonstrava uma insegurança ainda maior do que na etapa inicial. O Palmeiras não soube lidar com a pressão de estar empatando com um time extremamente retrancado, catimbeiro e levando a decisão para os pênaltis. No único ataque do time do interior sofremos o gol, já quando aproximávamos dos 40 minutos da etapa derradeira e quando os pênaltis já eram uma dura realidade. Igual à tragédia de 2010, no mesmo cenário e com os mesmos requintes de crueldade.

A torcida do Palmeiras não merecia isso de forma alguma, ainda mais depois de tudo o que passamos nos últimos anos, especialmente na maldita temporada passada, quando atravessamos o inferno da segunda divisão e ainda tivemos forças para continuarmos firmes e apoiando. O restante do jogo passou e podiam estar jogando até agora que o time não faria nenhum gol.

Ao final do jogo, apenas tristeza. O caminho de volta foi tortuoso, com todos os palestrinos cabisbaixos em ruas úmidas de São Paulo, cada passo doía como se estivesse caminhando em uma trilha de espinhos. No metrô de volta para a casa, o semblante de desolação de cada palmeirense que voltava para seu devido lar me entristecia ainda mais e lembrava da fraqueza de espírito que o time demonstrou em campo contra um adversário que, se muito, é apenas arrumado e que já havíamos vencido na fase anterior, que não era nenhum bicho de sete cabeças. O time não jogou decisão como se deve jogar, não fomos Palmeiras nessa noite.

Foi um golpe duro em nossa alma palestrina. Tiraram-nos a chance de ver uma final contra um adversário tradicional após muitos anos. Pior, nos deixaram com mais um gosto amargo de humilhação em nossa boca, nos deixaram feridas profundas que demoram em cicatrizar – vejam, a ferida da derrota para o Goiás, que se assemelhou muito com a de ontem, ainda não foi cicatrizada, pelo contrário, ela voltou a doer forte. Assim como dói todas as eliminações contra pequenos da última década, onde as características foram as mesmas, com fraqueza de espírito e ausência da alma palestrina.

Essa derrota continuará nos atormentando por um bom tempo. Quarta-feira o cenário do jogo contra o Vilhena, no mesmo Pacaembú, será sombrio e desolador, para dizer o mínimo. Continuaremos firmes e fortes, mas com mais um golpe duro na alma palestrina. Não sei mais o que dizer ou qual seria a solução para tudo isso, hoje, apenas estou triste e sei que todos nós estamos enquanto palmeirenses.

Desculpem pelo desabafo, sou apenas mais um torcedor decepcionado. 

Sabe bem o que vem pela frente: Ituano

O ultimo treino antes da partida de amanha, contra o Ituano pelas semifinais do Paulista, foi na tarde deste sábado. 



20 atletas foram relacionados, as novidades ficam por conta de Josimar e Marquinhos Gabriel, que já se recuperam das lesões. Valdívia que chegou a ser duvida depois das pancadas que levou no jogo contra o Bragantino, também está confirmado.

Os desfalques ficam por conta de França e agora Wendel, que sofreu uma lesão na coxa direita. Tiago Alves deve ser improvisado na lateral direita.

Confira a lista completa:
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio, Tiago Alves e Wellington]
Volantes: Josimar, Eguren, Marcelo Oliveira e Wesley
Meias: Mazinho, Bruno César, Marquinhos Gabriel, Valdívia, Mendieta e Patrick Vieira
Atacantes: Leandro, Vinicius e Alan Kardec

Valdívia deve iniciar no banco, o que é bom, já que o meia possui 2 cartões amarelos e caso leve mais um na partida de amanhã, não poderá jogar na provável final do campeonato. Além dele, Bruno César, Marcelo Oliveira, Wendel, Mendieta, Wellington e Eguren.também possuem 2 cartões cada.

Palmeiras e Ituano já se enfrentaram 24 vezes ao longo da historia. São 15 vitórias, 4 empates e 5 derrotas.

Para a partida desse domingo já foram vendidos 27 mil ingressos até o momento e será o melhor publico do ano para o Palmeiras.

A transmissão do jogo, que é as 18:30, será pelos canais Sportv.

Forza, Palestra!!

Fizemos a nossa parte

Com gols de Alan Kardec e Wesley - e assistências de Wesley e Alan Kardec -, o Palmeiras venceu o Bragantense por 2-0 no Pacaembu e qualificou-se para disputar a semifinal contra o Ituense, neste domingo. Na outra semi, os nanicos da Baixada enfrentam o Penapolano. 

(Foto: Mauro Horita - Globoesporte.com)


Com quase todos os atletas à disposição, Kleina manteve Bruno César no time, promoveu o retorno de Wesley, Marcelo Oliveira voltou ao meio-campo e Leandro, em má fase, continuou no time. Mendieta, Eguren e França foram para a reserva. 

E começamos muito bem a partida, empurrando o Bragançano para dentro de seu campo, tocando a bola com consciência e tendo a paciência de esperar os espaços. Já o adversário apenas batia e fazia cera. Sim, cera desde o primeiro minuto, contando com a manutenção do 0-0 que irritaria nosso time e torcida. Mas a tática só durou 21 minutos. Valdivia e Bruno Cesar tabelaram pela direita e o camisa 30 bateu forte. O goleiro Rafael Defendi espalmou para escanteio. Na cobrança, Wesley bateu fechado, o zagueiro Alexandre falhou e a bola sobrou para Alan Kardec, que ganhou a dividida com o goleiro e bateu pelo alto, abrindo o placar. 

Após o gol, era a hora de manter a calma, deixar os laterais apoiarem mas segurando Marcelo Oliveira na cobertura, tocar a bola e esperar o momento certo para dar o bote. Mas não foi o que aconteceu, o Palmeiras começou a tentar jogar com bolas longas, o que facilitava para a zaga do Bragancense, formada por três zagueiros muito altos - estilo Marcelo Veiga de retranca, que ele vem utilizando ah anos. Quando conseguia sair tocando bola, o Palmeiras avançava com os laterais e todos os homens de meio, dando espaços ao contra-ataque, o que é inadmissível quando se está vencendo um jogo decisivo por apenas um gol de diferença. A sorte é que o contra-ataque não é o estilo do time do interior, que joga uma espécie de Extreme Muricybol, procurando apenas as faltas para levantar a bola na área. É o Muricybol levado ao limite, seria um Veigabol. E o Palmeiras propiciava isso, fazia diversas faltas, e todas elas eram cobradas com chuveirinhos, mas parece que finalmente Kleina treinou esse tipo de lance, e rechaçamos todas sem problemas. Entre uma falta e outra, eles batiam. Batiam muito, principalmente, claro, em Valdivia, com a complacência do péssimo árbitro Flavio Guerra, o mesmo que em 2008 marcou 3 pênaltis - todos existentes - a nosso favor contra os bambis e depois ficou mais de um ano na geladeira por conta disso. 

No intervalo, Marcelo Veiga tirou o camisa 10 Magno, e isso parece ter acabado com as chances do time. Eles não conseguiam mais as aproximações e tabelas para cavar faltas. Aos quatro minutos, Valdivia escapou de ser expulso, ao dar uma pegada desnecessária em Jeandro na lateral. Ficou só no amarelo, e segue o jogo. Mesmo sem poder ofensivo, o Bragançano passou a dar espaços para o Palmeiras. Perdemos duas chances claras de gol, uma com Alan Kardec que errou o chute em rebote de arremate de Marcelo Oliveira (após linda jogada do volante) e outra em que Leandro entrou em diagonal, recebeu excelente passe de Wesley e com um leve toque deixou Valdivia de frente para o goleiro. O chute foi defendido, Kardec pegou o rebote e bateu para nova defesa, e Valdivia ainda aproveitou a sobra para tentar de novo, mas a bola explodiu na zaga. 

Aos 17, finalmente o gol que nos deu tranquilidade. Valdivia disputou bola com Jeandro na intermediária. Fez falta, puxando a camisa, mas com muita disposição ganhou a disputa e adriu na direita para Bruno César. Bruno tocou de primeira buscando Alan Kardec, mas o passe foi muito forte, no entanto sobrou para Leandro disputar com o goleiro. Na disputa, a bola sobrou para Kardec, que estava meio de costas para o gol e preferiu não finalizar. Apenas ajeitou para Wesley que chegava de frente e fuzilou. Nesse instante, a classificação estava garantida. 

A partir daí, o show ficou por conta de Valdivia. O Mago, que já havia voltado no segundo tempo muito mais ligado do que no primeiro, comandou o toque de bola no meio. A presença de Wesley facilita demais esse toque de bola. Juninho também movimentava-se muito bem, na maioria das vezes pelo meio, e o Palmeiras envolvia o adversário. As entradas de Patrick Vieira e Eguren nos lugares de Leandro e Bruno César foram meramente protocolares. No final, Vinicius substituiu Wendel, que sentiu uma contusão, e Wesley terminou o jogo na lateral. 

O time de hoje - Prass, Wendel, Lucio, Tiago Alves, Juninho, Marcelo Oliveira, Wesley, Bruno César, Valdivia, Leandro e Kardec - parece ser o time ideal de Kleina, ressalva feita a Tiago Alves, que não sabemos se realmente ganhou a posição ou se continua no time devido à falta de ritmo de Wellington. Ainda há ajustes a fazer. Um deles é a proteção à zaga, pois Wesley ainda está deixando Marcelo Oliveira muito isolado nessa função, o que pode ser perigoso contra times de maior poderio ofensivo, como o Santos. Por outro lado, Valdivia, muito bem fisicamente, está auxiliando bastante na marcação, sacrificando-se por Bruno César, que ainda não tem mobilidade suficiente para ajudar lá atrás. O posicionamento de Bruno César é outro detalhe a ser ajustado. Jogando fixo pela meia-direita, às vezes quase como um ponta, sua performance fica limitado. A qualidade no passe e visão de jogo não aparecem tanto, além do posicionamento fixo criar uma referência para a marcação. E sua maior qualidade, o chute de fora, seria melhor aproveitada se ele tivesse a chance de chegar de frente para o gol. Talvez esse posicionamento fixo seja devido ao condicionamento físico ainda precário, mas esperamos ver Bruno César rodando mais pelo campo nos próximos jogos. E Leandro precisa aparecer mais para o jogo. Ele tem qualidade, e tem estrela, pois muitas vezes fez gols em momentos em que o time precisava daquele gol, mas precisa ser mais participativo e atento. 

Domingo, às 18:30, mais uma vez sem tv aberta, já que o time oficial da Globo está morto e enterrado, enfrentaremos o Ituense, dono da melhor defesa do campeonato e do ídolo camisa 10 Cristian Mendigo. É o último passo para chegarmos à primeira final de Paulistão desde 2008. Dá para dizer, sem medo de errar, que estaremos na final. Mantendo o foco e sem salto alto, estaremos lá. AVANTI!!!!

Atuações: notas de hoje foram por conta de Ariane, Juliane, Marcus, Renato e Thiago. Para nós, o pior foi Patrick Vieira, que entrou já com o jogo ganho e não teve chance de fazer muita coisa. O melhor foi Alan Kardec, em mais uma de suas grandes exibições. 


Sabe bem o que vem pela frente: Bragantino

Com clima de mistério, Kleina encerrou nessa manhã a preparação para partida de amanhã contra o Bragantino.



Para ter mais privacidade com a equipe, ele fechou o treino para a imprensa e ao final divulgou a lista com os relacionados.

As novidades ficam por conta de Prass, que ficou de fora na ultima rodada devido a problemas particulares, Wendel e Wellington, que foram poupados e Wesley, já recuperado, volta ao time após 4 partidas.

França e Bruno Oliveira são os desfalques,

Confira a lista completa:
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Wendel, Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio, Tiago Alves, Marcelo Oliveira e Wellington
Volantes: Wesley e Eguren
Meias: Valdivia, Bruno César, Mendieta, Mazinho, Patrick Vieira e Felipe Menezes
Atacantes: Alan Kardec, Leandro e Vinicius

Tendo apenas 2 desfalques, a possível escalação para amanhã é: Prass; Wendel, Lúcio, Tiago Alves e Juninho; Marcelo Oliveira, Wesley, Bruno César e Valdívia; Leandro e Alan Kardec. 

A expectativa é de grande publico para a vantagem única, de atuar em casa, nas quartas de finais. 15 mil ingressos já foram vendidos antecipadamente.

Em caso de empate, a decisão vai para os pênaltis. 

Palmeiras e Bragantino já se enfrentaram 36 vezes ao longo da história sendo: 19 vitórias, 9 empates e 8 derrotas.

A partida de amanhã, às 21:00 no Pacaembu, será transmitida pelos canais Sportv.

Tributo a Junior Baiano

Qual seria a sua reação se o Palmeiras contratasse um jogador altamente execrado pela mídia tradicional após a disputa de uma Copa do Mundo na qual se faria conspirações estúpidas mesmo após 15 anos? Pois em 1998 o Palmeiras contratou o zagueiro Júnior Baiano, que no mundial da França formou a dupla de zaga com o veterano zagueiro Aldair e foi extremamente criticado pela imprensa chapa-branca, especialmente após a derrota para a Noruega – onde ele teve uma noite de Jeci, inclusive tomando um corte degradante do norueguês Flo.

Simultaneamente, o Palmeiras vinha embalado com a conquista da Copa do Brasil do ano de 1998. A base da defesa era formada pelo mitológico Clebão e pelo ascendente e seguro Roque Júnior, que também fazia a posição de volante quando necessário – bem como o Henrique fez em parte da temporada de 2012. Ainda tínhamos o Agnaldo Liz, zagueiro quedava a certeza de que teríamos fortes emoções durante o prélio, e Galeano, que em momentos de desespero era improvisado na defesa.

Confesso, devido ao desempenho de Junior Baiano durante a Copa de 98, torci o nariz com a chegada dele, mas isso mudou em pouquíssimo tempo.

Rapidamente, Junior Baiano se encaixou no time titular ao lado de Clebão e Felipão subiu Roque Júnior para a cabeça de área para jogar ao lado de Rogério Traíra. A configuração funcionou e o Palmeiras passeou na fase inicial da Mercosul e se manteve entre os líderes na primeira fase do Campeonato Brasileiro. Um momento que não esqueço foi na metade do Brasileiro, no jogo contra a Portuguesa – jogo da minha era pré-arquibancada, ouvi pelo rádio e vi o compacto na TV -, onde a torcida (risos) da Portuguesa começou a entoar um “não é mole não, Junior Baiano afundou a seleção” e o mesmo fez o gol da vitória do Palmeiras, mandando os torcedores (novos risos) do Canindé calarem a boca e de quebra colocou o Palmeiras na liderança provisória do campeonato. Naquele momento tive a certeza que ele era um cara que veio para vencer.

No Brasileiro, o Palmeiras sucumbiu diante do Cruzeiro (porém, prestem atenção no golaço de falta que Junior Baiano fez no segundo jogo dos playoffs) após o frustrante gol de Fabio Júnior, mas no reencontro da final da Mercosul  levamos a melhor.  Junior Baiano foi determinante para o título, afinal, foi ele que disparou o petardo que Dida rebateu para Arce marcar o gol derradeiro. 

Sem mais desconfianças, Junior Baiano ainda foi o artilheiro do Palmeiras na Libertadores de 99, título que dispensa maiores comentários e que me faz perdoar até mesmo o fato dele e do Oseas ficarem promovendo o Chiclete com Banana a cada gol que eles faziam. Mas eles podiam. O único momento realmente negativo dele foi na final, quando deu um carrinho desnecessário dentro da área quando vencíamos o jogo. Tomamos o empate do Deportivo Cali, mas Oseas fez o segundo e o resto da história todos conhecemos. 

Já consagrado, Junior Baiano passou o segundo semestre inteiro machucado, mas voltou a tempo de disputar o Mundial em Tóquio. Alguns o culpam por não cortar o Giggs naquele cruzamento, mas eu prefiro descontar toda minha mágoa na arbitragem, que anulou um gol legal do Alex. Após o Mundial, ainda jogou as finais da Mercosul de 99 (onde perdemos) e na sequência ele partiu para o Vasco.

Foram 72 jogos e 16 gols pelo Palmeiras e dois títulos de quilate (Mercosul-98 e Libertadores-99). Teve uma média de gols alta e marcou gols decisivos, sobretudo na primeira fase da Libertadores de 99. Isso sem contar as outras boas campanhas que podem não ter resultado em título, mas mostrava um Palmeiras que brigava por tudo o que disputava. Um período dourado em nossa história.

Junior Baiano tinha defeitos, mas tinha também o DNA da vitória. Podia ser estabanado (como no pênalti maluco que ele fez na final da Libertadores), mas entrava nos jogos para vencer e isso fazia toda a diferença do mundo. 

Incomoda-me um pouco o fato de que ele não seja muito lembrado pela torcida. Não chego a coloca-lo no patamar de ídolo, mas não há dúvidas de que ele honrou a camisa alviverde nas 72 partidas que disputou. 

Então, aqui fica meu registro: obrigado Júnior Baiano, mais um gigante entre os titãs alviverdes. Zagueiros como você fazem muita falta no futebol atual. 

Ps: Faria uma dupla e tanto com Lúcio. 

Precisa falar mais algo?

Juninho e sua nova ascensão.

Não é segredo para ninguém que o lateral esquerdo Juninho é um dos jogadores mais criticados do elenco – após a saída de Marcio Araújo, passou a ser o alvo principal das merecidas críticas. Mas nessa atual temporada, o lateral adquiriu uma regularidade que parecia ter acabado no dia 11 de julho de 2012, onde foi um dos melhores em campo na conquista da Copa do Brasil.

Juninho chegou ao Palmeiras em dezembro de 2011 e veio para preencher uma posição que foi constantemente maltratada naquela temporada, com “gênios” como Gerley, Rivaldo e a decepção da base Gabriel Silva. Começou bem, fez um bom Paulista, com um futebol ofensivo e com bons ataques pela linha de fundo (a despeito da deficiência na marcação). Juninho ainda manteve o ritmo na Copa do Brasil, mas parece que o futebol dele tinha acabado ali, após levantarem a taça da Copa do Brasil. As constantes críticas subsequentes não eram infundadas, o lateral protagonizou diversos lances bisonhos e foi responsável direto por derrotas que doeram na alma palestrina, especialmente no dérbi do segundo turno do trágico Brasileiro de 2012 e na derrota para o CAP na Copa do Brasil de 2013. 

A regularidade negativa de Juninho tirou do sério a coletividade palmeirense, que o apelidou de “Pampers”, graças ao fato de “se borrar” em momentos difíceis, tratando a bola como uma batata quente e facilitando muito a vida dos adversários. Mesmo na Série B ele conseguiu tirar a torcida do sério, tanto que no levantamento das notas do elenco ao final de 2013, o lateral tinha a pior média de notas e a maior quantidade de vezes em que foi o pior em campo, sendo uma unanimidade negativa dentro da nossa equipe do Palestra Em Campo.

Passado o rebaixamento e a subsequente volta, Juninho sobreviveu ao facão do final de ano e ganhou uma importante sombra na figura de William Matheus, lateral esquerdo oriundo do Goiás e que realizou boas apresentações no Brasileiro do ano passado. Ainda que soubéssemos que Gilson Kleina provavelmente manteria Juninho por mais algum tempo até o novo lateral se ambientar, todos os esboços de time-base vindos da torcida incluíam o recém-contratado do Goiás, a saída de Juninho parecia questão de tempo. Não havia mais confiança no camisa 6, com toda justiça, diga-se de passagem.

Mas o que aconteceu? Juninho simplesmente começou a jogar bola.

De início, parou de comprometer em campo e achou dois gols nas primeiras rodadas que lhe deram sobrevida no time titular. Apesar de ter jogado um dérbi no seu “modo 2013” (tradução: irritante), parece que ganhou a confiança perdida após a campanha vitoriosa da Copa do Brasil de 2012. Melhor, começou a desempenhar um futebol ainda melhor do que mostrou no primeiro semestre de 2012, com jogadas insinuantes, passes certos e cruzamentos mais precisos do que de costume. 

A questão que paira no ar é: o que ocasionou essa melhora do lateral nos últimos meses? Pessoalmente, creio que tenha sido a melhora do ambiente e um provável amadurecimento psicológico. A segunda razão é mais um palpite mesmo, mas imagino que após tudo o que ele passou, ele iria tentar dar a volta por cima a todo custo – e tinha sim que provar para a torcida que é capaz. Ainda tenho um pouco de medo de que essa melhora seja efêmera e a bola queime em seus pés na primeira hora de pressão mais forte (sabemos, o Palmeiras é um eterno caldeirão em ebulição). 

Não sabemos se ele está mais forte de fato ou se continua suscetível a crises como já vimos anteriormente, o fato é que Juninho cresceu de produção na hora certa, em um momento em que o time inteiro precisa de foco e do máximo de seus talentos individuais extraídos. 

Juninho, já o cornetamos muito nesse espaço e pessoalmente não me arrependo disso, mas estamos com você nessa reta final de Paulista, continue demonstrando o futebol mostrado nessa temporada (especialmente nas últimas rodadas) e continue nessa trajetória ascendente, ai quem sabe possamos esquecer as malfadadas temporadas de 2012 e 2013? Está em seus pés.

Forza Juninho. Avanti Palestra!

Continue assim.
Foto: Leandro Martins / Futura Press - Globoesporte.com

Agora vai começar.

O Palmeiras perdeu para o Santinhos por 2-1 neste domingo no Urbano Caldeira, e terminou a fase de classificação do campeonato paulista em segundo lugar no geral, com 11 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O time mostrou fragilidade no primeiro tempo e um bom poder de reação no segundo, mas insuficiente para evitar a derrota. Agora, se o jogo Botafogo x Ituano tiver um vencedor no tempo normal, esse vencedor será nosso adversário na semifinal, caso passemos pelo Bragantino no meio de semana (informações preliminares dão conta de que o jogo será na quinta, às 21:00). Se no jogo de Santa Cruz houver empate e decisão por pênaltis, nosso adversário na semi será o São Paulo. Isso se as meninas eliminarem o Penapolense, caso contrário o adversário volta a ser Botafogo ou Ituano. Ainda assim, contando que o Santos elimine a Ponte Preta, pois se der Ponte muda tudo, ou seja, ainda são várias possibilidades. Mas o que temos que ter em mente é: ganhar do Bragantino, fim. 

O Santos não veio para a partida com força máxima. Oixxxxvaldo de Oliveira poupou Cicinho, Cícero e Leandro Damião. Em seus lugares entraram, respectivamente, Bruno Peres, Alan Santos e Rildo. Com tal formação, ele equilibrou o meio-campo com dois volantes marcadores. Jeuvânio jogava centralizado na armação, Gabriel e Rildo abertos mas ajudando na recomposição, e Thiago Ribeiro jogava mais adiantado. Assim, a formação das duas equipes era muito parecida, pois o Palmeiras tinha os homens de meio e ataque fazendo exatamente a mesma função dos santistas. Eguren e Marcelo Oliveira marcando, Valdivia centralizado, Leandro e Bruno César abertos e Kardec na frente. A principal diferença era na atitude dos atletas: enquanto o Palmeiras tentava cercar e acabava assistindo o Santos jogar, os jogadores do Santos abusavam da porrada, contando com a complacência do vagabundo integrante daquela família de vagabundos. Valdivia apanhou do início ao fim do jogo, e ainda foi convenientemente advertido com cartão amarelo logo no início do primeiro tempo. Claramente premeditado. Ainda assim, mesmo com maior posse de bola, o Santinhos não criava boas chances, assim como o Palmeiras, e o jogo não saia das intemediárias. 

Aos 24, eles abriram o placar. Escanteio da esquerda, e ninguém marcou Neto, de apenas 1,95m de altura. Ele cabeceou firme, para baixo, e gol. Marcelo Oliveira reclamou de uma falta inexistente. Erro de posicionamento, Neto deveria ter sido marcado por Lucio, que é mais experiente e dificilmente teria deixado o zagueiro subir com tanta liberdade. Talvez Bruno pudesse fazer a defesa, mas nunca saberemos, pois ele preferiu não ir na bola. 

Com o gol, o Palmeiras saiu mais para o jogo. Não que estivesse retrancado antes, mas o time passou a se expor mais. Isto não foi suficiente para mudar o panorama do jogo a nosso favor, mas deu o espaço que o Santinhos queria. E aos 35, após uma recuperação de bola no campo de defesa, Jeuvanio lançou rápido para Thiago Ribeiro, entre Lucio e Tiago Alves. Os dois zagueiros aparentemente ficaram em dúvida sobre quem deveria chegar no atacante. Lucio quase o alcançou, mas não quis dar o carrinho para não ser expulso. Thiago Ribeiro, muito veloz, bateu cruzado, fazendo 2-0. Nos dez minutos restantes da primeira etapa, o único lance digno de nota foi um belo chute de Alan Kardec que Aranha tocou de leve, mandando a bola ao travessão. Ao final dos primeiros 45 minutos, ficou a impressão de que era um jogo para 0-0, mas o adversário soube aproveitar as duas oprtunidades que teve. A única boa defesa de Aranha foi esta citada acima. Bruno não fez nenhuma. 

O Palmeiras voltou para o segundo tempo com alterações táticas. Tiago Alves foi para a lateral-direita, Marcelo Oliveira para a zaga e Bruninho para o meio-campo. O Santinhos, por sua vez, recolheu-se ao campo de defesa, buscando uma oportunidade como a que originou o segundo gol. Mas o Palmeiras não voltou a dar essa oportunidade. Bruno César abandonou um pouco o posicionamento aberto na direita e aproximou-se mais de Valdivia, melhorando o desempenho do meio-campo. No entanto, sem Bruno César na direita e com o lateral sendo um zagueiro, o lado direito acabou sendo abandonado. Todas as tentativas eram pelo meio ou pela esquerda, onde Juninho fazia boa partida. Seria interessante que Leandro ocupasse o setor direito, espalhando a marcação santista, mas Gilson Kleina não enxergou. O Santinhos continuou batendo à vontade, mas as jogadas de bola parada não foram bem aproveitadas, nenhuma falta levou perigo a Aranha. A melhor chance foi de Bruno César, que recebeu bom passe de Alan Kardec pelo meio da defesa santista, mas não soube tirar de Aranha na finalização. E ainda caiu de cara no chão, preocupando o departamento médico, em lance semelhante ao que ocorreu com França no jogo passado, contra a Ponte Preta. 

A primeira alteração piorou demais o time: Patrick Vieira no lugar de Bruno César. Patrick poderia ter entrado no lugar de Leandro, que não fez absolutamente nada de útil. O meia não encontrou um bom posicionamento, não se aproximou de Valdivia, não ficou aberto pela direita, não se posicionou na área, parecia perdido em campo. A segunda alteração foi pior ainda. Taticamente, a saída de Eguren, que já tinha amarelo, para a entrada de mais um meia, pode ter sido uma boa ideia. Mas Felipe Menezes jamais resolveu jogo algum. E o Palmeiras só voltou a pressionar após a entrada de Vinicius para finalmente sair Leandro, aos 38. Logo em seguida, Juninho fez excelente cruzamento para Alan Kardec marcar de cabeça. A partir daí, tivemos mais 10 minutos, contando com os acréscimos, para buscar o empate, mas na melhor chance Patrick Vieira, livre de marcação, quase dentro da pequena área, cabeceou para fora. Tudo bem que não era um lance fácil, mas um centroavante com poder de finalização provavelmente teria feito o gol. 

Mas o que vale começará no meio de semana. O Bragantino não assusta. O Palmeiras deve contar com a volta de Wesley, que faz muita falta ao meio-campo, e talvez de Diogo, que faz sombra a Leandro, já que o 38 não vem rendendo o esperado. Wellington também deve voltar à zaga, e Mendieta volta a ser opção no meio. O Bragantino, a exemplo do que fez o Santinhos no segundo tempo, deve vir todo na defesa. Se tivermos o cuidado de não ceder tantos espaços para o contra-ataque e tivermos cuidado - e treinamento - nas bolas aéreas, a chance deles será pequena. Inclusive, foi nesses dois itens que falhamos hoje e tomamos os dois gols. Depois do Bragantino, venha quem vier, estaremos prontos. Pra cima, Palmeiras!!!!!

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Marcus, Mariana, Renato e Thiago. Para nós, o pior foi Bruno, e os melhores foram Alan Kardec e novamente Juninho, o que é um bom sinal, pois o lateral vem subindo de produção em um momento decisivo e pode ser importantíssimo nas finais. 


Sabe bem o que vem pela frente: Santinhos

O Palmeiras enfrenta o Santinhos, neste domingo, no estádio Urbano Caldeira, em partida válida pela última rodada da fase de classificação do Paulistão/14. Um empate já serve para garantir ao Verdão a melhor campanha desta fase. Coincidentemente, a tabela deixou para a última rodada o confronto entre os dois melhores do campeonato. 

Para este semi-clássico, Gilson Kleina relacionou, como de costume, dezenove atletas:

Goleiros - Bruno e Fábio
Laterais - Juninho e William Matheus
Zagueiros - Lucio e Tiago Alves
Volantes - Eguren, Marcelo Oiveira e Bruninho
Meias - Valdivia, Bruno César, Patrick Vieira, Mendieta, Serginho, Mazinho e Felipe Menezes
Atacantes - Leandro, Alan Kardec e Vinicius

Fernando Prass foi liberado para resolver problemas particulares, Wendel e Wellington foram poupados por estarem pendurados com dois cartões amarelos. Também pendurado, Mendieta não deve ser titular. Diogo e Wesley, em fase final de recuperação de lesões, também ficam de fora. França, que seria titular, sentiu dores na panturrilha e foi cortado. Bruno Oliveira, que poderia ser titular pela segunda vez no ano, sentiu dores musculares e perdeu a chance. Bruninho deve ser improvisado na lateral. 

O time titular, então deve ser formado por Bruno, Bruninho, Lucio, Tiago Alves e Juninho; Eguren, Marcelo Oliveira, Bruno César e Valdivia; Leandro e Alan Kardec. 

O Santinhos faz mistério para o semi-clássico. Seu técnico, Oixxxxxwaldo de Oliveira, treinou com os reservas na quinta-feira, em atividade aberta à imprensa, mas na sexta fez treino fechado. Tudo indica, então, que deve ter treinado com a força máxima, ou quase. Arouca foi vetado, o que é um desfalque importante para eles. Apesar de todo o mistério, o time deve ser mais ou menos este: Aranha, Cicinho, Neto, Jubal e Mena; Alison (Alan Santos), Cícero e Jeuvanio; Gabriel, Leandro Damião e Thiago Ribeiro. 

Esta formação dos pequenos da Baixada pode ser perigosa para eles, pois apenas um volante de contenção dificilmente conseguirá conter a movimentação de Valdivia, Bruno César e Leandro. Além do mais, a zaga é fraca, principalmente Jubal. O lateral-direito Cicinho também tem sérias dificuldades defensivas. Por outro lado, o poderio ofensivo nesta formação é muito grande, e deve gerar muita preocupação para o Palmeiras. Bruninho e Juninho devem evitar o apoio constante ao ataque, pois Gabriel e Thiago Ribeiro jogarão nas costas deles e são muito rápidos. O retorno de Marcelo Oliveira ao meio-campo nos dá uma maior segurança. Se as duas escalações realmente forem essas, o Palmeiras tem todas as condições de voltar com mais três pontos na bagagem. 



Palmeiras e Santinhos se enfrentaram 311 vezes desde 1916, quando foi disputado o primeiro prélio entre as duas equipes. O retrospecto é amplamente favorável ao Palmeiras: 133 vitórias e 95 derrotas, com 83 empates. Mesmo na Vila, o Palmeiras leva vantagem. Foram 98 jogos, com 43 vitórias, 38 derrotas e 17 empates. Em jogos de Campeonato Paulista na Vila Belmiro, em 62 confrontos, ganhamos 30, perdemos 25 e empatamos 7. Em toda a história do Paulistão, foram 178 jogos, com 88 vitórias, 50 derrotas e 40 empates. Os maiores artilheiros alviverdes da história do confronto são Heitor e Lima, com 11 gols cada. O último confronto foi na semifinal do Paulistão de 2013, empate em 1x1 com gols de Cícero e Kleber Pinheiro. Nos pênaltis, Kleber Pinheiro e Leandro erraram e o Palmeiras foi eliminado. Outra vantagem que temos é o fato de não haver atualmente nenhum ex-jogador do Palmeiras no elenco santista, o que afasta a velha zica de sempre levarmos gol  de nossos refugos. 

A expectativa é de um jogo aberto, com os dois times buscando a vitória, e arrisco dizer que não teremos menos do que três gols no prélio. E já no meio da semana, o bicho pega nas quartas-de-final. AVANTI!!!!

A hora da verdade

A fase de classificação do Paulista-14 chegou ao seu momento final. Após 11 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota (em um jogo marcado por diversos desfalques e falhas individuais), entramos na última rodada com a melhor campanha da fase de classificação e teremos nosso terceiro teste de fogo no campeonato, contra o Santos, que possui a segunda melhor campanha e o melhor ataque da competição.

Especificamente falando, esse jogo contra o Santos define apenas o primeiro colocado geral na fase de classificação. Como estamos dois pontos à frente, temos a vantagem do empate, mas como teremos o time completo, queremos a vitória e um bom desempenho – mesmo não sendo garantia de nada na hora do mata-mata.

Mas o que importa mesmo são os jogos decisivos e durante a semana que está chegando (ainda sem data e horários definidos) teremos o primeiro duelo decisivo, contra Bragantino ou Rio Claro. E aqui a história começa a ganhar contornos completamente diferentes do que vimos até então, não é mais um jogo onde o técnico pode poupar energias para o jogo seguinte visando o próximo embate, onde em momentos do prélio o time era mais permissivo com o adversário – contra a Lusa foi assim, perdemos a chance de matar o jogo e o nome do jogo foi Fernando Prass. 

Apesar de termos mais de 13 pontos de vantagem para o segundo colocado do nosso grupo, isso acaba sendo completamente esquecido no mata-mata se o time não entrar com a intensidade e a seriedade que a partida exige. Jogaremos em casa nesse primeiro jogo (e também nas semifinais, caso concretizemos a vitória) e com o apoio da torcida, o que será um combustível a mais nessa caminhada rumo ao título. 

Como esse campeonato está com o calendário espremido, caso avancemos para as semifinais, essas se passarão já no próximo fim de semana e há a possibilidade de termos um choque-rei. Caso passemos (é obrigação passar de Bragantino ou Rio Claro, que isso fique cristalino) e venha o time do Jd. Leonor, tudo o que pedimos é que entrem com o mesmo espírito de guerra que entraram no jogo da fase de classificação e com uma dose extra de foco, já que estamos falando de jogos eliminatórios. Se vier o Botafogo-SP, que o time observe bem onde errou no jogo de classificação que nos custou a primeira (e até então única) derrota do ano e explore sem dó os pontos fracos do time de Ribeirão Preto.

Por fim, o provável finalista será o Santos. Embora queremos a vitória, o jogo de amanhã não pode ser considerado um parâmetro para os jogos derradeiros em caso de nos encontrarmos novamente. 

Gilson Kleina, essa é a hora da verdade, esse é o momento em que você deve começar a ganhar seus primeiros jogos eliminatórios pelo Palmeiras em quase 2 anos que você está por aqui. Deixaremos de lado o jeito ridículo que o time se portou em todas as outras decisões comandadas pelo senhor e focaremos no que virá pela frente a partir de agora. Essa é a hora em que separamos os meninos dos homens e os fracos dos fortes. Você tem 4 jogos para provar que é merecedor de estar na casamata alviverde e estamos torcendo para que você seja o grande comandante do primeiro título do novo século de nossas vidas.

A ansiedade para o primeiro jogo decisivo já é alta. Para se ter uma ideia, mesmo sem data e adversário definido, a torcida já vem comprando ingressos para a partida, demonstrando uma prova de amor ímpar – não lembro de nenhum precedente sobre compra de ingressos para jogos contra adversários que sequer conhecemos e sem saber dias e horários.

E que venham as primeiras decisões do centenário, seja lá quem for entrar em campo: honrem nossa camisa e nossa história. 

Avanti Palestra!

Está nas suas mãos, faça esse time voar nas decisões.
Foto: Reginaldo Castro/Gazetapress

#AjudeoLucas

Para ajudar o menino Lucas o site Somos Palmeiras está rifando uma Camisa do Centenário autografada e nós do Palestra em Campo apoiamos e iremos ajudar na divulgação:
As vendas estarão direcionadas no próximo domingo, 23 de março na Rua Caraíbas, 66, Pompéia, ou com os integrantes da Somos pelo e-mail, ou Twitter @somosSEP.
Todo valor arrecadado será doado para auxiliar o Palmeirense Lucas Neres a alcançar o tão esperado transplante de pulmão.
O vencedor será divulgado logo após venderem todos os números, serão apenas 200.
Todos os comprovantes de deposito serão divulgados através do Twitter, Facebook e participantes da Rifa..


Mais informações sobre o caso, acesse o site: www.ajudeolucas.com.br.
Lá você encontra todas as informações para #AjudeOLucas sem ter que comprar a rifa.
#TodospeloLucas #ajudeoLucas

Vitória maiúscula, com raça e futebol

Para um público de quase 12 mil torcedores, o Palmeiras derrotou a Ponte Preta por 3-2 no Pacaembu nesta tarde de sábado, e se qualificou para decidir a primeira posição geral da primeira fase contra o Santos, na Vila Belmiro, no próximo domingo. Foi um jogo em que o Palmeiras teve duas fases ruins, nos primeiros 20 minutos e nos últimos 20, mas no restante do jogo ditou o ritmo, pressionou, mostrou como deve jogar o time grande contra o pequeno. Foram 31 finalizações no total, para se ter uma ideia do volume ofensivo do Palmeiras. 

(Foto: Marcos Bezerra / Futura Press globoesporte.com)


Mas o começo da partida não foi nada animador. Logo aos dois minutos, a Ponte chegou à linha de fundo pelo lado esquerdo. Magalhães cruzou, Juninho se posicionou mal e permitiu a cabeçada de Rossi. A bola bateu em Juninho e voltou para o mesmo Rossi abrir o placar. O Palmeiras tentou manter a calma e jogar com bola no chão, mas a Ponte continuava levando perigo, principalmente porque, no duelo Juninho x Rossi, o atacante da Ponte sempre levava vantagem. 

A primeira boa chance apareceu aos 15, com Bruno César recebendo passe de Valdivia e batendo cruzado, rente à trave. Aos poucos, Juninho foi acertando seu posicionamento e passou a levar vantagem nas disputas com Rossi, fazendo com que a Ponte perdesse sua referência ofensiva. A partir daí, o Palmeiras começou a rondar a área adversária, com muitas trocas de passes, aproximação entre Valdivia e Bruno César (que jogaram muito bem), mas a estratégia de Vadão prevalecia. As chances reais de gol só foram aparecer nos cinco minutos finais, e foram várias, uma atrás da outra. No entanto, a bola insistia em não entrar. 

Mesmo descendo para o intervalo em desvantagem no placar, a perspectiva para o segundo tempo era boa, dada a qualidade do futebol jogado no primeiro tempo. Ainda assim, logo no início a Ponte fez o segundo em boa troca de passes em cima de Wendel e Lucio, mas a bandeira, integrante da famigerada família Oliveira, marcou impedimento, acertadamente. Mas a reação alviverde foi rápida e em dose dupla. Falta sobre Bruno César no bico da área, o próprio Bruno César bateu fechado, Roberto espalmou e Eguren empatou no rebote. Logo em seguida, pênalti de Carleto, novamente em cima de Bruno César. Kardec bateu com categoria, virando o jogo. A salientar que os dois lances foram bem duvidosos, e Bruno César foi bem malandro, principalmente na jogada do pênalti. Minha opinião após rever várias vezes os lances é de que não aconteceu a falta do primeiro gol, mas o pênalti sim. 

Pouco depois, em um raro contra-ataque, bola cruzada na área e Wendel NÃO cometeu pênalti em Silvinho, mas o árbitro marcou. O mesmo Silvinho bateu forte, no meio do gol, 2-2. Imediatamente, Kleina sacou o cansado Bruno César e mandou a campo Patrick Vieira. O volume de jogo diminuiu com a substituição, e Kleina fez uma troca ousada, expondo o time a riscos: tirou França, que parecia não ter se recuperado bem após chocar a cabeça contra o gramado alguns minutos antes, e colocou em seu lugar Mendieta. Bem no momento em que a Ponte voltava a equilibrar as ações, Kleina deixou a marcação no meio-campo a cargo exclusivamente de Eguren, o que é uma temeridade. Mas parece que o uruguaio entendeu o recado e cresceu muito de produção após a saída de França. Passou a correr mais, acertou o posicionamento na cobertura e tomou conta de seu setor. Ao mesmo tempo, Valdivia voltou a ter a companhia de um segundo armador e só não fez chover. Infernizou o time da Ponte comandando todas as jogadas ofensivas e ainda botando pressão na saída de bola. Um monstro. 


Aos 36, a última alteração, Vinicius no lugar do apagado Leandro. O Palmeiras pressionava em busca do gol da vitória, mas ainda tomou um contra-ataque que terminou com uma bela finalização de Antônio Flávio que explodiu no travessão de Prass. A partir desse lance, a Ponte também voltou a acreditar que poderia ganhar os 3 pontos e se soltou mais, abandonando a retranca e dando espaço para as trocas de passes rápidos e curtos do Palmeiras. E foi assim que saiu o gol, aos 43: Valdivia recebeu de Vinicius pela meia-esquerda, olhou para Alan Kardec. O lateral da Ponte fez menção de correr em direção a Kardec para interceptar o passe e deu o espaço que Valdivia precisava para fazer uma lindíssima enfiada de bola para Kardec na linha de fundo. Kardec viu a infiltração de Mendieta no segundo pau e rolou a bola. O paraguaio só teve o trabalho de empurrar para o fundo do gol. Foi o segundo gol de Mendieta no campeonato e, assim como o gol anterior, contra o Audax, o de hoje também foi no fim do jogo e importantíssimo para a obtenção do resultado e para o moral da equipe. Mendieta tem estrela. 

A partida mostrou que Valdivia e Bruno César podem jogar juntos, porque estão com vontade de fazer a dupla dar certo. Os dois estão ajudando muito na marcação, assim como Leandro e Kardec. O jogo também consolidou a reação de Juninho, que, apesar do começo hesitante e da falha no gol, soube se recuperar e ser um dos destaques do time ofensivamente. Isso depois de ter sido o melhor em campo contra o Vilhena. O time ideal vai tomando forma e deve ser muito parecido com o de hoje, mas com Wellington no lugar de Tiago Alves e Marcelo Oliveira e Wesley nos lugares de Eguren e França. Nesta formação, Wesley teria que ter uma disciplina tática muito grande. Outra possibilidade é a manutenção de França ou Eguren ao lado de Marcelo Oliveira, com Wesley sendo um meia/3º volante, e nesse caso Bruno César ou Leandro perderia posição. Mendieta também vem forte na tentativa de cavar sua vaga no time titular, e mostrando qualidade para isso. Ou seja, o elenco está encorpado, as opções são muitas, cabe a Gilson Kleina encontrar a melhor forma de jogar. O jogo de domingo contra o Santos promete ser o melhor desta fase do campeonato e os treinamentos desta semana devem servir para definir qual o time ideal. Uma semana inteira de treinamentos agora caiu do céu. O time volta a ganhar forma e o foco deve ser na parte defensiva, que voltou a ficar vulnerável. Vamos consertar isso e partir pra cima, são cinco jogos para o primeiro título do ano. Avanti!


Atuações: notas de hoje dadas por Ariane, Juliane, Mariana, Renato e Thiago. Para nós, o melhor em campo foi Valdivia, com uma atuação de encher os olhos. O pior foi Wendel, principalmente por não ter dado conta do recado na parte defensiva, que costuma ser seu ponto forte. 







Sabe bem o que vem pela frente: Ponte Preta

Força máxima contra a Ponte Preta! Essa deverá ser a tática que Kleina vai usar no jogo de hoje. Após declarar que iria poupar alguns jogadores, ele relacionou todos os titulares disponíveis, mas não deixou claro qual time entrará em campo.




A novidade da relação é o retorno de Wellington, já recuperado de lesão. Miguel e Rodolfo também estão na lista. 

Marcelo Oliveira (expulso na partida contra o Paulista), Wesley (lesionado), Marquinhos Gabriel e Diogo (ambos em fase de recondicionamento físico), são os desfalques.

Se Kleina optar mesmo pela escalação completa dos titulares, entraremos em campo com: Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Tiago Alves e Juninho; França, Eguren e Valdívia; Bruno César (que pediu para enfrentar a Ponte), Leandro e Alan Kardec.

Confira a lista completa dos relacionados:
Goleiros: Fernando Prass e Fábio
Laterais: Wendel, Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio, Tiago Alves e Wellington
Volantes: França, Eguren e Renato
Meias: Valdívia, Mendieta, Patrick Vieira e Bruno César
Atacantes: Alan Kardec, Vinicius, Leandro, Miguel e Rodolfo

Enquanto tentamos a liderança geral da competição, nosso adversário de hoje luta pela vaga nas quartas de final. A Ponte poupou todos seus jogadores em sua ultima partida, visando à partida de hoje. Com 24 pontos é a vice líder do grupo C e precisa apenas de uma vitória para se classificar. 

Palmeiras e Ponte Preta já se enfrentaram 117 vezes ao longo da história, sendo: 60 vitórias, 29 empates e 28 derrotas. Vantagem também em gols marcados: 199 ao total. A maior goleada foi em 1959, quando vencemos por 6 a 1 em jogo no Palestra Itália partida também do Campeonato Paulista. 

FICHA TÉCNICA:
Data/ Local: Sábado, 15/03, às 16h no estádio Pacaembu;
Local: Estádio Pacaembu; 
Data: 15 de março de 2014;
Horário: 16h00s 
Arbitro: Marcelo Rogério 
Assistentes: Daniel Luís Marques e Patrícia Carla de Oliveira.
PONTE PRETA: Roberto, Ferrugem, César, Diego Sacoman e Magal; Bruno Silva, Alef e Adrianinho; Silvinho, Rossi e Antônio Flávio. 
PALMEIRAS (Provável): Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Tiago Alves e Juninho; França, Eguren e Valdívia; Bruno César (que pediu para enfrentar a Ponte), Leandro e Alan Kardec.
Transmissão: Apenas nos canais PFC.


Forza, Palestra!

Vamos abrir o olho

Mais uma vez jogando muito mal, o Palmeiras venceu o Vilhena por 1-0 no estádio Portal da Amazônia, praticamente garantiu a passagem à segunda fase, mas não eliminou o jogo de volta. Mais do que isso, o time não consegue retomar o padrão do início do Paulistão, e a confiança no título já começa a diminuir na mesma proporção da diminuição da qualidade do futebol apresentado pelo time. 

A escalação foi aquele velho 4-3-3 que cansamos de explicar ano passado o motivo de não dar certo, apesar de um dos atacantes ser Patrick Vieira, que apresenta características para fazer um papel diferente do de Vinicius, que só joga aberto. Pior: entramos novamente com dois volantes só de marcação, Egúren e França, ficando sem transição. Com o gramado em péssimo estado e sem ter quem levasse a bola ao ataque, restava a ligação direta. Lamentável. 

Cabe aqui um comentário a respeito do gramado. Molhado, encharcado em alguns pontos, repleto de buracos e aparentemente de dimensões reduzidas. Isso pode amenizar a má atuação de qualquer jogador. Por outro lado, o treinador precisa levar em conta as condições do terreno na hora de escalar o time, coisa que Gilson Kleina não fez. 

No primeiro tempo, a melhor chance foi do Vilhena, com Edilsinho, impedido, batendo pra fora. Aliás, por falar em bater, foi isso o que o time da casa fez o jogo inteiro. Bateu e fez cera, contando sempre com a complacência do árbitro. O tal de Carlinhos bateu em Valdivia o jogo inteiro, e só tomou amarelo no fim do segundo tempo. 

A lógica seria alterar o time no segundo tempo. Mas Kleina não alterou. Mudou o posicionamento de Patrick Vieira e Vinicius. Centralizou os dois, Patrick encostando em Valdivia e Vinicius em Alan Kardec. Isso não serviu para nenhum deles melhorar seu rendimento, mas abriu espaço para Juninho aparecer - e bem - pela esquerda. As melhores jogadas do segundo tempo foram com ele. Primeiro em uma falta que bateu no travessão, nas costas do goleiro e saiu (se fosse qualquer outro time seria gol). Logo em seguida, ele foi à linha de fundo e rolou para Vinicius, que buscou o canto direito do goleiro e errou, perdendo ótima chance. Depois, mais um bom cruzamento para Egúren errar a cabeçada. 


Os dois volantes eram totalmente desnecessários, apenas um daria conta, mas as primeiras alterações foram Leandro e Mendieta nos lugares de Patrick Vieira e Vinicius. Até poderia funcionar, mas Leandro ficou enfiado, na mesma posição que Vinicius vinha ocupando no segundo tempo, e Mendieta entrou muito mal no jogo, errando todos os passes. Só aos 34 Kleina tirou um volante, e Bruno César entrou no lugar de Eguren para dar a opção do chute de fora da área, o que já devia ter sido percebido muito antes. Mas, a essa altura, já não havia mais jogo. O time do Vilhena demorava um minuto para bater cada falta, e eram muitas, pois o árbitro apitava tudo. Toda hora alguém caía e ficava dois minutos no chão. Mas e os acréscimos? Três minutos. 

Quando tudo caminhava para o 0-0, aos 43, Bruno César brigou até o fim por uma bola que era muito mais do zagueiro. Ganhou sem falta, entrou na área, viu Leandro entrando livre e rolou. Leandro dominou com a esquerda e rapidamente bateu com a direita, com calma e consciência, fazendo o único gol do jogo. Ao final da partida, os jogadores do Vilhena comemoraram a derrota por um gol de diferença, que garantiu a eles uma viagem para São Paulo, um jogo no Pacaembu e um bicho de 100 mil reais a ser dividido entre os jogadores. 

(Foto: Cesar Greco / Ag. Estado globoesporte.com)


O jogo de volta será justamente entre as duas partidas da final do Paulistão. Mas, antes de lamentarmos tal fato, devemos nos preocupar em saber se estaremos lá. Com o futebol que o time vem apresentando, a dúvida é pertinente. Wesley, Alan Kardec e Wendel perderam rendimento. Kleina insiste em Marcelo Oliveira na zaga, sendo que ele vinha sendo um dos principais jogadores do time atuando como volante. O técnico continua escalando errado e demorando para consertar. O time que parecia, nas primeiras partidas do ano, ter adquirido um bom padrão de jogo, voltou a ser o time bagunçado do ano passado. Vamos abrir o olho, Kleina! Não é desse jeito que vamos ganhar algum título no ano do Centenário. Não é MESMO!

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Marcus, Renato e Thiago. Para nós, o melhor em campo foi - vejam só - JUNINHO!!!! O pior não poderia ser outro: GILSON KLEINA. Que fase do Presuntinho...




Sabe bem o que vem pela frente: Vilhena

Na tarde desta terça, 11/03, Kleina comandou o último treino antes da partida de estréia na Copa do Brasil, contra o Vilhena-RO, às 19:30 no estádio Portal da Amazônia.



Foram 19 jogadores relacionados e que viajaram para Rondônia. Valdívia, que foi poupado na ultima partida do paulista, está de volta. Leandro, já recuperado do corte na perna, também retorna ao time que conta também com o retorno de Lúcio, Wendel, Alan Kardec e Juninho. 

Wesley, com lesão na coxa direita, é desfalque e França foi confirmado ao lado de Eguren.

No coletivo, Kleina formou o provável time que entrará em campo hoje com: Prass; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; Eguren, França e Valdivia; Patrick Vieira, Vinicius e Alan Kardec. 

Confira a lista completa dos relacionados: 
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Juninho, William Matheus e Wendel
Zagueiros: Tiago Alves e Lúcio
Volantes: Marcelo Oliveira, França, Renato e Eguren
Meias: Patrick Vieira, Bruno César, Valdívia, Mazinho e Mendieta
Atacantes: Vinicius, Leandro e Alan Kardec.

É a primeira vez que Palmeiras e Vilhena se enfrentam.

A partida terá transmissão pelos canais: ESPN Brasil e Sportv.





Copa do Brasil 2014

Começa amanhã a segunda das três competições que disputaremos no ano do centenário: Copa do Brasil 2014 – Rumo ao Tri!



A competição envolve 80 clubes de todos os estados Brasileiros, mais os 6 clubes que disputam a Libertadores deste ano e que entram na disputa apenas nas oitavas de final.

Em fevereiro houve uma fase preliminar entre Real Noroeste e Rio Branco – AC, com classificação do Rio Branco.

A competição tem 7 fases, todas no mata-mata em jogos de ida e volta, e nas fases iniciais há a possibilidade de apenas uma partida, caso o visitante vença por dois gols ou mais de diferença.

Treze jogos vão acontecer amanhã, 11/03, na abertura da competição. As finais estão marcadas para 19 e 26 de novembro.

Neste link é possível conferir a tabela completa : Copa do Brasil 2014 - Tabela Detalhada 

O Palmeiras é bi-campeão da competição, títulos conquistados em 1998 e 2012, quando fomos campeões invictos.

Somos o primeiro dos grandes clubes brasileiros a estrear amanhã. Caso seja necessário, o jogo de volta será no dia 10 de abril no Pacaembu.

FORZA, PALESTRA!

Mais uma vitória, mas que jogo feio!

Com a defesa reserva (exceção ao Prass), ataque reserva do reserva e meio-campo inédito, o Palmeiras jogou muito mal, mas bateu o rebaixado Paulista de Jundiaí, nesta noite de domingo em São José do Rio Preto, pelo placar de 3x1, e segue na cola do Santinhos em busca do primeiro lugar na classificação geral da primeira fase do Paulistão/14. O time entrou em campo esperando um jogo-treino, sem vibração, desatento, displicente e desinteressado. Um empate, que não esteve longe de ser o resultado final, seria um merecido castigo. Não pelo que os dois times fizeram em campo, mas sim pela postura do Palmeiras. 

(Foto: Celio Messias / Ag. Estado - Globoesporte.com)


A zaga foi formada pelos únicos jogadores disponíveis para jogar ali, Tiago Alves e o volante Marcelo Oliveira. Nas laterais, William Matheus ganhou nova chance - muito bem aproveitada - e Bruno Oliveira teve sua primeira oportunidade. No ataque, entramos sem um centroavante fixo. Vinicius pela esquerda, Patrick Vieira pela direita, e Bruno César tentava aparecer de vez em quando como centroavante. E no meio, algo que passou muito longe de dar certo: França e Eguren juntos, Mendieta na armação e Bruno César às vezes saindo da área para tentar auxiliar o paraguaio. 

Com a formação acima, o que se viu no primeiro tempo foi uma completa bagunça. Sem Wesley, Eguren tentou fazer a saída de bola, com um aproveitamento ridículo nos passes. Errou quase todos. Mendieta não voltava para buscar jogo, Vinicius idem. Patrick Vieira às vezes buscava a bola no campo de defesa. Mendieta esperava a bola na intermediária ofensiva e Bruno César não sabia se ficava enfiado como centroavante ou voltava para armar. Quando o Paulista recuperava a bola, era visível o buraco no meio, o Palmeiras era dividido em dois blocos de jogadores, seis na defesa e quatro no ataque. E assim, contra um adversário cheio de juniores, o Palmeiras fez um primeiro tempo medonho. Provavelmente alguns jogadores não fizeram o que foi treinado, porque não é possível que um técnico profissional tenha armado um time dessa forma. 

A primeira jogada de ataque construída foi apenas aos 20 minutos, e resultou em gol: Bruno Oliveira e Patrick Vieira tentaram evoluir pela direita. Com os espaços fechados, o time foi rodando a bola até que ela chegasse a Mendieta na meia-esquerda. Ele fez o giro e deu um belo passe para William Matheus que entrava em velocidade pela esquerda. O lateral bateu de primeira, firme, cruzado, fazendo 1-0. 

Mas cinco minutos depois, Eguren errou seu 57º passe no jogo. No contra-ataque, a bola foi lançada em diagonal da esquerda para o meio. Provavelmente o lance nem levaria tanto perigo, mas Marcelo Oliveira não teve paciência e atropelou o adversário. Pênalti que David Batista bateu forte, no meio do gol, para empatar a partida. No restante do primeiro tempo, apenas tentativas inócuas e sem inspiração alguma. O único lance digno de nota foi um possível pênalti em Vinicius, mesmo assim há dúvidas. Vinicius, aliás, era o único que tentava algo diferente na frente. Esbarrava em sua própria limitação, mas não se escondeu e nem foi displicente. Além dele, só merecem algum destaque no primeiro tempo Mendieta - pela qualidade, não pela (falta de) atitude - e William Matheus, que parecia estar disposto a apagar a péssima imagem deixada na partida de Ribeirão Preto, há duas semanas. 

Para o segundo tempo, Kleina tirou Eguren, que parecia um juvenil tremendo ao jogar entre os profissionais, e colocou Miguel, com a aparente intenção de forçar mais no jogo aéreo, para minimizar a dificuldade causada pelo péssimo gramado do Teixeirão. Nem deu muito tempo de saber se a alteração surtiu o efeito desejado. Aos 8, o lateral-esquerdo do Galo, Victor Hugo, puxou Patrick Vieira sem bola, tomou o segundo amarelo e deixou seu time com um a menos. O Palmeiras não pôde aproveitar a vantagem, pois logo em seguida Marcelo Oliveira fez falta para amarelo. Como já tinha um, no lance do pênalti, também foi expulso. 

No momento do 10 contra 10, a tv mostrou Gilson Kleina conversando com o auxiliar Jair Leite, e notava-se claramente que ele não sabia o que fazer. Completamente perdido. Em campo, os jogadores se ajeitaram: França foi para a zaga e ficamos sem volante, Mendieta tentava ocupar os espaços à frente da zaga, mas claramente não é a dele. E ficamos sete longos minutos sem volante, enquanto Kleina tentava decidir qual atitude tomar. Sorte que o adversário não tinha a menor qualificação, caso contrário poderia aproveitar a falta de comando. Quando Gilson Kleina finalmente tentou decidir o que fazer, decidiu errado: segundo relato do repórter do Sportv, o técnico decidiu tirar o único jogador que levava algum perigo ao adversário, Vinicius, mas foi impedido por Jair Leite. Acabou tirando o inoperante Bruno César, cuja única contribuição foi uma falta que beliscou o travessão. Em seu lugar, entrou Victor Luis, com William Matheus sendo deslocado para a zaga e França voltando ao meio-campo. 

Logo em seguida, a prova de que quem estava certo era o auxiliar: Vinicius recebeu a bola pela esquerda, ainda no campo de defesa. Com muita força e velocidade, encarou toda a defesa do Paulista até invadir a área, e ainda foi consciente ao dar um totó por cima do goleiro, encontrando Miguel na linha da pequena área, para apenas empurrar para o gol. Jogada que premiou um jogador que, por mais que seja fraco tecnicamente, não se esconde do jogo, e erra até acertar. Vinicius não tem condições de ser titular do Palmeiras, mas tem seus méritos. 

O segundo gol tranquilizou o Palmeiras, que não foi mais ameaçado. Ainda tivemos um pênalti, este claríssimo, cometido pelo goleiro Ian em cima de Vinicius, não marcado pelo péssimo árbitro. A partir da saída de Vinicius para a entrada de Mazinho, aos 30, os dois times passaram a apenas esperar o apito final. Mas aos 42, Mazinho viu a oportunidade ao receber uma cobrança de lateral de Victor Luis, fez o giro, chegou à linha de fundo e tocou para Patrick Vieira, que finalizou duas vezes e acabou fazendo um gol muito parecido com o que ele mesmo fez contra o Libertad, na Libertadores do ano passado, no Pacaembu. Na comemoração, saiu dizendo à torcida "meu lugar é aqui". Com 3-1 no placar, as atenções já se voltaram para a partida de quarta-feira, contra o Vilhena, em Rondônia. 

Estamos fazendo nossa parte no Paulistão. São dez vitórias em 13 jogos. O time de hoje decepcionou, e muito, mas o importante realmente eram os três pontos. Bruno César ainda não justificou nem 20% da expectativa. Bruno Oliveira não mostrou atitude nem futebol suficientes para tirar a vaga de Wendel. Eguren foi medonho, França esteve bem abaixo do que já jogou em ocasiões anteriores. Marcelo Oliveira só não será criticado porque tem muito crédito pelas excelentes atuações até aqui. Mendieta merece menção honrosa por ser o único a mostrar lucidez no meio-campo. Vinicius e Patrick Vieira continuam sendo apenas opções para tapar buracos. E Gilson Kleina mostrou que sabe o que faz com aquele time titular. Sempre que precisa trocar mais do que três ou quatro, tem enorme dificuldade. 

Mas seguimos, fortes e vivos, ainda acreditando muito na conquista do título paulista. Avanti!!!

Atuações: notas de hoje por Ariane, Juliane, Marcus, Renato, Thiago e com a colaboração do amigo Evandro Don (Twitter @DON_SEP), a quem agradecemos imensamente a participação. Para nós, o melhor em campo foi Mendieta, e o pior foi Marcelo Oliveira, com uma mínima diferença para Eguren. 


Sabe bem o que vem pela frente: Paulista

Já classificados para a próxima fase, Kleina segue a lógica e poupa alguns dos principais atletas para a partida deste domingo contra o Paulista de Jundiaí, em São José do Rio preto.



Renato e Bruno Oliveira, já recuperados, são as novidades da lista que conta ainda com Rodolfo, que ganha mais uma oportunidade. Falamos aqui sobre o desempenho de Rodolfo na ultima partida.

Lúcio, que cumpre suspensão pelo acumulo de cartões e os poupados Wendel, Juninho, Wesley e Kardec, são os desfalques. Além de Valdívia, que segue seu cronograma especial de fortalecimento muscular.

Kleina não revelou qual será a formação inicial da partida.

Confira a lista completa: 
Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Bruno Oliveira, William Matheus e Victor Luis
Zagueiros: Marcelo Oliveira e Tiago Alves
Volantes: Eguren, Renato e França
Meias: Mendieta, Felipe Menezes, Serginho, Patrick Vieira, Mazinho e Bruno César
Atacantes: Vinicius, Rodolfo e Miguel

No lado adversário, só um milagre salva o Paulista do rebaixamento. Paulista vai levar os atletas da base para o jogo desse domingo, 7 da equipe sub 20 devem ir à campo. 

Palmeiras e Paulista já se enfrentaram 38 vezes ao longo da historia, sendo 23 vitorias, 9 empates e 6 derrotas.

A partida desse domingo, às 18:30, será transmitida pelo canal Sportv.


Forza, Palestra!





Estamos classificados!

O Palmeiras garantiu matematicamente a passagem às quartas-de-final do campeonato Paulista, ao vencer a Portuguesa por um a zero em um Pacaembu com dez mil torcedores. O resultado veio após um primeiro tempo excelente, porém sem gols, e um segundo tempo onde fizemos o gol logo no início e tivemos que contar com mais uma grande atuação de Fernando Prass para evitar o empate. 

Como previsto, Kleina armou o time com Patrick Vieira como titular. Aberto pela direita, Patrick abria espaços para as descidas de Wendel. Mendieta fez bem o papel de armador e ajudou muito na marcação. Após quinze minutos de equilíbrio, os últimos 30 minutos do segundo tempo foram de amplo domínio do Palmeiras, com muitas finalizações de dentro e de fora da área, e em pelo menos quatro oportunidades estivemos muito próximos de abrir o placar: primeiro com um chute de longe de Wesley que Gledson defendeu brilhantemente. Depois, em um passe de Mendieta para Patrick Vieira, Patrick girou sobre o zagueiro Wagner, invadiu a área, e na saída de Gledson tocou para Alan Kardec, mas o passe foi um pouco mais à frente do que deveria e Kardec não alcançou. Logo em seguida, novamente Patrick Vieira pegou uma sobra na grande área e bateu por cima do gol. A última chance foi com Vinicius, em grande jogada individual pela esquerda, mas a finalização por cobertura foi abafada por Gledson. O Palmeiras sobrou no primeiro tempo, mas não conseguiu traduzir a superioridade em gols. 

Mas a sorte mudou logo no primeiro lance do segundo tempo. Em um rebote de escanteio, Marcelo Oliveira tentou dar um chapéu em William Magrão, que interceptou com o braço esquerdo. Pênalti claríssimo, que o árbitro Vinicius Furlan preferiu marcar como falta fora da área. Na cobrança, a barreira ficou absurdamente próxima à bola. Ao perceber que devido à proximidade da barreira não haveria espaço para tentar o chute direto e que o árbitro não faria nada a respeito, Wesley optou por rolar a bola para Juninho. O lateral encheu o pé e a bola passou no meio da barreira que havia aberto quando Wesley ameaçou o chute. A bola entrou no canto esquerdo baixo de Gledson. Foi o terceiro de Juninho no campeonato. 


         (Foto: Leandro Martins / Futura Press - Globoesporte.com)


A partir do gol, o certo seria controlar o jogo, manter a posse de bola, encaixar a marcação quando a bola estivesse com o adversário e tentar matar o jogo em um contra-ataque. Mas nada disso aconteceu. O Palmeiras, jogando em casa, aceitou ser pressionado por um time inferior. Os dois atacantes da Portuguesa, Henrique e Leandro, jogavam centralizados e davam muito trabalho a Lucio e Marcelo Oliveira. Para não perder a sobra, Egúren era obrigado a recuar para ficar próximo dos zagueiros. Com isso, a marcação no meio ficava a cargo de Wesley e Mendieta, que não conseguem fazer o papel de anular o meio adversário sem o auxílio de um primeiro volante típico. A situação poderia ser corrigida com a entrada de França no lugar de Vinicius ou Patrick, mas Kleina preferiu colocar Bruno César no lugar de Vinicius. BC ficou aberto na direita e Patrick foi para a esquerda. Foi a deixa para a Portuguesa tomar conta do meio-campo e pressionar o Palmeiras com uma intensidade que só vimos uma vez este ano, nos primeiros minutos do segundo tempo do Derby. Foi um bombardeio, e aí apareceu Fernando Prass, com quatro defesas dignas de Marcos. Uma cabeçada de Leandro no chão e no contrapé, um chute de Henrique no alto, uma abafada após a falha da defesa em um escanteio, e a mais impressionante, uma bomba de Henrique a queima-roupa que Prass desviou com muito reflexo, fazendo a bola explodir no travessão. Isso sem citar o gol de William Magrão, logo após o de Juninho, corretamente anulado por impedimento. 

A entrada de Rodolfo aos 25 minutos no lugar de Patrick Vieira não mudou em nada o panorama da partida. A pressão só arrefeceu quando Kleina finalmente promoveu a entrada de França no lugar de Mendieta, que fez excelente partida. Fez o óbvio, porém demorou. 

Cabe aqui um breve comentário sobre Rodolfo: pareceu ter personalidade e vontade de mostrar serviço. Fez até um lindo passe de calcanhar para Alan Kardec na esquerda, em lance que terminou em um gol incrivelmente perdido por Wesley, que deixou a bola dar uma escapada no domínio e por isso acabou demorando um pouco para finalizar e foi travado pela zaga. O próximo jogo, contra o já rebaixado Paulista, pode ser uma boa oportunidade para o garoto mostrar serviço, mas Kleina provavelmente não dará a ele essa chance. 

Agora, com o primeiro lugar do grupo já garantido, resta apenas buscar o primeiro lugar geral, que será definido no confronto direto contra o Santos, na Vila. A partida contra o Paulista é ótima para poupar os principais jogadores. Lúcio já não joga porque tomou o terceiro amarelo, Valdivia deve ser poupado, e não seria má ideia tirar também Alan Kardec da partida. Bruno César, Rodolfo e Bruno Oliveira poderiam entrar como titulares. Aguardemos a definição de Kleina. 

Desta partida contra a Lusa, ficam as lições do que deu certo e deve ser repetido - a ótima atuação no primeiro tempo - e do que não pode mais acontecer - o excesso de falhas e a pressão do segundo tempo. Faltam três jogos para começarmos a decidir o campeonato, é hora de acertar de vez esse time. 

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Thiago, Renato, Juliane, Marcus e pelo amigo Paulo Nóbrega (@paulohnobrega), a quem agradecemos por mais uma valiosa contribuição. Para nos, o melhor foi mais uma vez Fernando Prass. Ninguém se destacou como o pior do time, mas a menor média, por bem pouco, foi de Vinicius.