Bem vindo, xerifão!
Foto: Gazetapress.
Faltam seis dias para a estreia do Palmeiras no Paulistão e é hora de uma nova análise sobre o elenco do Palmeiras. Como está em relação ao final da temporada? Melhorou substancialmente em algumas posições, mas ainda precisa de definições em posições importantes, sobretudo na lateral direita, meio de campo e um segundo volante para ser reserva de Wesley.
Algumas saídas também foram importantes para a remontagem do elenco para essa temporada especial. Por isso foi feito um comparativo com o elenco que terminou 2013 e o que está iniciando 2014. Em laranja estão os jogadores que saíram, em verde escuro os que desembarcaram e em verde claro os que voltaram de empréstimo e serão reaproveitados por Gilson Kleina.
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Goleiros: Os nomes permanecem os mesmos. Não renovaria com Bruno, mas infelizmente, esse ficou.
Laterais direitos: Luis “Mercenário” Felipe se reapresentou, mas deve tomar um “passa moleque” o quanto antes. Como primeira opção, Kleina tende a usar Wendel, que desde 2007 mostrou que não passa de um quebra galho, um último recurso. Bruno Oliveira e Luiz Gustavo também figuram no elenco. Fica a torcida para que fechem com o paraguaio Moreira, nome que mais pipoca nos noticiários.
Zagueiros: Henrique é capitão, titular absoluto e cotado para ir à Copa do Mundo. A permanência dele é indiscutível. Como companheiro, o multicampeão Lucio, a despeito de sua passagem ruim pelo lado Leonor, dá um novo ar de liderança para o elenco e impõe respeito. Victorino é outro que vem querendo provar o seu valor e tenta recuperar o seu lugar na seleção uruguaia. Como última opção, Tiago Alves não compromete. Thiago Martins figura no elenco, mas teve uma lesão seríssima na copinha e ficará oito meses no estaleiro. O companheiro de Martins na base, Gabriel Dias, demonstrou potencial e merece ser observado. Vilson e André Luiz saíram, o segundo não deixará nenhuma saudade.
Laterais esquerdos: William Matheus chegou, mas é uma incógnita. Em todo caso, acho válido testá-lo o máximo que puder, pois não aguentamos mais o Juninho, que infelizmente ainda permanece no elenco. Victor Luiz é a última opção e Marcelo Oliveira, apesar de ser volante (ou zagueiro), ainda pode compor esse lado em caso de emergência.
Volantes: Marcio Araújo enfim saiu. Charles e Leo Gago não renovaram e também deram área. Eguren desponta como titular absoluto na cabeça de área, tendo o contratado França como reserva. Wesley continua titular absoluto como volante de apoio, mas não tem reserva. Renatinho e Marcelo Oliveira completam a posição. Não emprestaria novamente o João Denoni, que já tinha demonstrado para todos que pode ser reserva de Wesley. Precisamos de um volante de apoio reserva.
Meias: Valdivia, Mendieta, Serginho e Felipe Menezes continuam. Marquinhos Gabriel chega e Patrick Vieira será reaproveitado. Fica a torcida para que fechem com Bruno Cesar de uma vez por todas, que é outro nome especulado pela imprensa e que faria nosso meio de campo melhorar muito. Rondinelly já foi (ele chegou aqui?) e Bruno Dybal foi emprestado para o Oeste.
Atacantes: Kardec terá sua temporada de afirmação e Leandro permaneceu. Diogo vem para provar que não é apenas mais uma promessa que se perdeu com o tempo e Rodolfo vem com status de promissor nas categorias de base. Vinicius permanece no elenco e Mazinho será reaproveitado. A permanência de Mazinho é um tanto preocupante, o rapaz começou bem, mas teve uma queda vertiginosa de rendimento e é um dos nomes que nos remetem a derrota que foi o ano de 2012. Ananias foi dispensado e Caio Mancha emprestado. Ainda precisamos de um centroavante reserva para Alan Kardec. Danilo Neco foi outro nome especulado, se fechar, não chega para ser reserva de Kardec.
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Time base no momento: Fernando Prass, Wendel, Henrique, Lucio, William Matheus; Eguren, Wesley, Mendieta e Valdivia; Leandro e Alan Kardec. Tec: Gilson Kleina.
Espinha dorsal: Fernando Prass, Henrique, Lucio, Eguren, Wesley e Alan Kardec.
O time que terminou a temporada passada não inspirava confiança, especialmente porque tivemos diversos jogos na série B no qual saímos irritados pelo desempenho pífio. O acréscimo de jogadores experientes faz com que o panorama mude e a confiança no time seja diferente.
A defesa parece que se solidificará. Na zaga, Henrique e Lucio tem tudo para formar uma das duplas mais temidas do Brasil. Victorino desponta como um bom substituto. Precisamos saber se William Matheus tem qualidades defensivas, caso não tenha, a proteção pela esquerda deve ser reforçada e Eguren terá que se desdobrar. Juninho, como já sabemos, não tem capacidade alguma de defesa – tampouco de ataque. A lateral direita precisa de definição sobre quem irá jogar, Wendel não pode ser o titular do centenário.
No meio, Eguren é outro que terá seu ano de afirmação e certamente passará mais segurança do que o intrépido Marcio Araújo. Wesley é titular absoluto e Mendieta, que já mostrou potencial, começa a temporada já habituado com o Palmeiras. Valdivia é craque, mas não dá para confiar na presença dele, cabe ao Kleina montar um time que não se baseie na presença do chileno. E fica a torcida para que Bruno Cesar entre no elenco de vez.
O ataque melhorou. Leandro e Kardec continuam com nossa confiança e ganharam reservas melhores que Caio Mancha e Ananias. Iremos observar como eles desempenharão seus papeis ao longo do semestre.
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Resumindo: Kleina agora tem mais opções no elenco e cabe a ele montar um esquema tático onde a defesa não fique exposta e o ataque seja bem municiado, sem ligações diretas, algo que ocorreu com frequência em 2013.
No primeiro jogo treino, infelizmente foi possível perceber que Seo Gilso não abortou o esquema 4-3-3 que falhou miseravelmente no ano passado. Pior, sinalizou que utilizará o Mazinho nesse esquema, fazendo com que ele seja uma espécie de Ananias canhoto. Fica a torcida para que isso tenha sido apenas um malfadado teste de jogo treino e que isso não seja levado adiante, pois já vimos na prática que isso não funciona nem contra adversários pequenos.
A lógica indica que a montagem do time será no 4-4-2 clássico, mas pode ter algumas variações:
a) O meio de campo tende a ser um losango, com Eguren atrás, Wesley apoiando pela direita, Mendieta pela esquerda e mais avançado e Valdivia (em metade do tempo) centralizado, municiando o ataque.
b) Na ausência de Valdivia, a tendência é ter Mendieta no meio como armador (ou Bruno Cesar, se fechar) e o losango pode virar quadrado com as entradas de Marquinhos Gabriel e Patrick Vieira, meias que tem o drible como suas principais características.
c) Em dias de jogos com adversários mais ofensivos, não duvido que Kleina tire o quarto homem do meio de campo e escale um volante defensivo (França ou Marcelo Oliveira) e avance Wesley para flutuar no meio.
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A atmosfera já é diferente. Alguns reforços chegaram e o time tende a ficar com uma nova cara, mais temido pelos adversários. Os primeiros dez jogos do Paulista serão fundamentais para ver como será a montagem do time nessa temporada tão especial. A ideia é chegar à fase final do Paulista voando baixo, assim como aconteceu em 2008, quando tivemos uma montagem de elenco um tanto similar quanto essa que temos hoje.
Fica a torcida para que concretizem as contratações dos reforços especulados e tragam mais alguém de renome e que imponha respeito perante os rivais. Ainda temos sérias carências e provavelmente sentiremos isso nos primeiros jogos, mas cabe ao técnico saber equacionar esse problema, essa é a hora do Kleina.
Kleina, você foi (e ainda é) muito criticado por aqui, você tem a faca e o queijo na mão para fazer com que esse time desempenhe, passe a enxergar o jogo, os adversários e tenha em mente que cobraremos títulos esse ano (isso mesmo, no plural).
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Avanti Palestra!
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