Foto: Gazeta Press
As partidas que o Palmeiras vem fazendo desde a eliminação da Copa do Brasil estão desanimadoras. Em campo, o time parece que apenas está lá para bater o cartão, não tem a gana de time disposto a vencer e usa apenas da disparidade técnica em relação aos oponentes para subir sem sustos. Muito pouco. Mas em meio ao desânimo coletivo, um jogador vem destoando na vontade, na tática e na técnica: Wesley.
Contratado em março de 2012 após uma frustrada vaquinha, Wesley veio para ser o volante polivalente que se consagrou no primeiro semestre de 2010, no Santos de Neymar. Com habilidade acima da média para um volante e com poder de marcação razoável, ele pode suprir lacunas também na lateral direita caso haja urgência ou mesmo se quiser surpreender o oponente.
Porém, assim que contratado, Wesley mal entrou na equipe e já se machucou logo na quarta partida disputada, após uma entrada criminosa do lateral Oziel, no jogo contra o Guarani, ainda quando estava se encaixando no esquema montado por Felipão. A contusão foi séria e Wesley passou por uma longa recuperação, ficando de fora da vitoriosa campanha da Copa do Brasil e da sequência vergonhosa do Brasileiro – chegou a se recuperar e participar das rodadas finais, mas o time já estava em estado terminal e nada que ele pudesse fazer iria ajudar. Devido aos fatores citados, não deu para avaliar o desempenho do atleta e ele foi absolvido pela torcida na fatídica virada de ano.
Pelo que desempenhou no Santos e especialmente pelo episódio da vaquinha, Wesley entrou 2013 como uma das principais esperanças de desempenho dentro da espinha dorsal proposta para a temporada. O problema é que o Palmeiras entrou no ano com um elenco muito desfalcado e Wesley foi escalado fora de posição por diversos jogos, posicionado na esquerda (quando a especialidade dele é o lado direito) e por muitas vezes tendo que fazer o papel de meia-armador – às vezes com relativo sucesso, mas irregular em tantas outras. Algumas qualidades eram vistas, tais como a precisão do último passe e a potência do arremate, mas não estava agradando. O jogo que mais chamou a atenção da torcida no período foi o dérbi, no qual ele providenciou as duas assistências para gol, mas foi fominha em diversas outras ocasiões, enfurecendo a torcida.
Veio o segundo semestre e Wesley finalmente passou a jogar em sua posição, de segundo volante atuando pelo lado direito do meio de campo. E seu desempenho melhorou demais, marcando gols, sendo o jogador do Palmeiras com mais assistências e aparecendo como elemento surpresa em partidas mais difíceis – exatamente como esperávamos quando ele foi contratado. Hoje Wesley é o atleta mais regular do elenco, dissipou a desconfiança do início do ano e vem sendo um dos únicos atletas cujo desempenho não despencou vertiginosamente após a eliminação da Copa do Brasil. Hoje é um dos pilares de qualidade que tanto exigimos.
Os números também mostram o crescimento de Wesley no Palmeiras. Em 54 partidas desde março de 2012, marcou 6 gols (todos eles após a volta para sua posição habitual) e muitas assistências.
O Palmeiras precisa muito de uma reformulação e queremos um elenco que brigue por títulos sendo protagonista – do jeito que estamos hoje, não tem como. Mas entre os atletas que hoje estão no elenco, Wesley é um dos nomes que é importante que fique para ser parte da espinha dorsal do time no centenário.
E que seja escalado em sua posição correta.
1 comentários:
Wesley hoje é um dos pilares do time, junto com Prass, Vilson (deveria ser Henrique), Valdivia e Kardec. Invariavelmente, nosso melhor jogador em campo é um do quarteto Prass/Wesley/Valdivia/Kardec.
ReplyE um fato interessante é que o Wesley tem jogado pela esquerda, e conseguiu se adaptar bem a essa nova função. Hoje ele é essencial no time, e corresponde 100% ao que esperávamos dele. Porque, mesmo sem ser um craque, e sem nunca ter sido protagonista antes, assumiu no Palmeiras esse papel de liderança técnica.
Acredito que, para 2014, se for tirada dele a responsabilidade de comandar nosso meio-campo, ele pode render mais ainda.
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