Uma vitória que não valeu

O Palmeiras venceu o ABC nesta tarde em Natal, mas, graças a uma arbitragem espantosamente tendenciosa, não voltou com nenhum ponto. 

O jogo começou com 35 minutos de atraso, por causa de uma enorme confusão na entrada dos torcedores. Aparentemente só havia uma entrada para os torcedores locais, e muitos deles se aglomeravam perto da entrada, impedindo que os demais conseguissem entrar. Por pouco não aconteceu uma tragédia, que viria a acontecer posteriormente dentro de campo, chamada de arbitragem. 

O Palestra iniciou o jogo consistente no ataque, mas como sempre deixando o contra-ataque para o adversário, já que os volantes não faziam a cobertura. Já cansamos de falar isso aqui. Todo mundo enxerga, menos o Kleina. E já aos 8 minutos, Somália desceu pela direita, nas costas de Marcelo Oliveira. André Luiz ameaçou fazer a cobertura, mas nem chegou perto disso. O lateral cruzou rasteiro, Gilmar se antecipou a Vilson e desviou para o gol. 

Perdendo, o Palmeiras não mudou sua postura. Era superior e viraria o jogo sem dificuldades, e foi o que aconteceu. Primeiro, Wendel desceu pela direita, cortou o lateral e cruzou na cabeça de Alan Kardec. O 14 testou firme, a bola bateu no travessão e caiu um metro dentro do gol. Provavelmente, se a bola pingasse 30 ou 40 centímetros dentro do gol, o gol não teria sido validado. Mas não teve jeito, entrou muito. Em seguida, Wesley bateu falta pela esquerda, próximo à bandeira de escanteio. Vilson dividiu com o goleiro, que falhou, e a bola foi pra dentro. 

À frente na contagem, o Palmeiras continuou dominando o jogo, e o árbitro viu que, se não agisse rápido, o terceiro gol era questão de tempo. Foi quando Junior Timbó tentou passar entre Marcelo Oliveira e André Luiz, dobrou os joelhos e caiu. Pênalti absurdo e gol. O Palmeiras não conseguiu mais jogar no primeiro tempo, talvez pelos nervos exaltados devido ao pênalti, mas um pouco pela empolgação do time da casa, empurrado pela torcida. E a primeira temas terminou em 2x2. 

Como sempre, voltamos sem mudanças para o segundo tempo. Continuávamos jogando com 10, já que Mendieta, apesar de escalado, não entrou em campo. O Palmeiras tinha posse de bola, controlava o jogo, mas não criava chances de gol. Em uma falta pela direita, o ABC achou o terceiro gol, numa cabeçada do zagueiro Lino, em lance em que Alan Kardec não alcançou a bola. 

Aí, Kleina resolveu mexer no time. Ananias entrou. Teoricamente, Mendieta teria saído, mas como ele não entrou, também não saiu. Com 11 em campo, o time melhorou, com Serginho e Ananias abertos pelos lados. Depois, veio Felipe Menezes no lugar de Márcio Araújo, que foi substituído pela primeira vez em 1.500 jogos. Menezes entrou bem mais ligado do que nos últimos jogos. Mas o gol não saía. A última tentativa foi Caio no lugar de Wendel. 

Depois dos 40, com essa última alteração, finalmente a pressão se intensificou. Aos 44, Felipe Menezes cruzou e Alan Kardec fez o gol, mas o bandeira inventou uma saída de bola pela linha de fundo, que claramente não aconteceu. Aos 46, cruzamento da esquerda, Vilson, da linha de fundo, cabeceou para dentro da pequena área. Caio sofreu um ippon do zagueiro, foi agarrado de forma acintosa, foi um dos pênaltis não marcados mais absurdos da história do futebol. Aos 48, Ananias dominou a bola dentro da área, o zagueiro solou o joelho de Ananias e o juiz simplesmente deu jogo perigoso, falta em dois lances. Quando o chute de Wesley saiu por cima do gol, o juiz terminou a peleja. 

Foi nossa quarta derrota no campeonato, a segunda por causa de erros gravíssimos da arbitragem. Nada que complique o acesso ou o título, mas foi uma derrota muito doída devido às circunstâncias. Só o que esperamos, agora, é uma punição pesada a esse safado do apito. E eu, particularmente, espero também que o ABC seja rebaixado à série C. 

Atuações: as notas hoje são de Ariane (A), Mark (M), Thiago (T) e de nossa amiga Clara Paiva (C) como convidada especial. Para nós, o pior foi, novamente, Gilson Kleina. Entre os atletas, Mendieta, aquele que foi escalado mas não entrou em campo. O melhor do time foi Alan Kardec, que marcou dois gols, sendo que o segundo foi tungado. 


Fernando Prass - 4,75
A - 5
C - 4
M - 5
T - 5

Wendel - 5,63
A - 5
C - 4
M - 8
T - 5,5

Vilson - 6,75
A - 6,5
C - 6
M - 8
T - 6,5

André Luiz - 2
A - 3
C - 2
M - ZERO
T - 3

Marcelo Oliveira - 2
A - 2
C - 1
M - 1
T - 4

Márcio Araújo - 3,13
A - 4
C - 3
M - 2
T - 3,5

Charles - 4
A - 4,5
C - 4,5
M - 3
T - 4

Mendieta - 1
A - 4
C - ZERO
M - ZERO
T - ZERO

Wesley - 6,25
A - 6
C - 4
M - 8
T - 7

Serginho - 5,38
A - 6
C - 4,5
M - 5
T - 6

Alan Kardec - 7
A - 5
C - 7,5
M - 9
T - 6,5

Ananias - 4
A - s/n
C - s/n
M - 2
T - 6

Felipe Menezes 4,17
A - 4
C - s/n
M - 2
T - 6,5

Caio - 3
A - 3
C - s/n
M - s/n
T - s/n

Gilson Kleina - 0,75
A - ZERO
C - 3
M - ZERO
T - ZERO

3 comentários

Este comentário foi removido pelo autor.

Faz tempo que eu não assistia a um festival de horrores como o de ontem.
Fora das 4 linhas, posso destacar:
- O que fizeram c/ o público foi um absurdo, não morreu alguém ali pq Deus
não quis;
- A 'preocupação' do tec. do ABC c/ o bem estar do torcedor foi 'comovente' ;
- A postura de 'estadista' do presidente do ABC .. digna de um 'coroné'
de tempos atrás;
- E o despreparo e submissão da PM local, acatando a posição e ordens
do 'clubeco' local p/ que o jogo começasse logo.

Já dentro de campo a análise esta ótima.
Estávamos desfalcados e fomos roubados em uma sequencia de erros (roubo mesmo)
inacreditáveis em um curto período tempo, como poucas vezes vi na
vida - e olha que somos especialista em matéria de ser 'garfados'.
Mas a S. E. Palmeiras mesmo c/ tantos 'contras',
não pode perder p/ um time tão pequeno como esse.
Se não tivesse vacilado tanto, a equipe do seu Girsû, não teria perdido.

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Aí quando a gente pensa que não pode piorar, vem o jogo de ontem e prova que estávamos errados. Ontem foi um assassinato ao futebol!

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