Foi o jogo mais fácil dos 20 da série B até aqui. O Atlético Goianiense foi o adversário mais fraco e inerte. O time de PC Gusmão entrou com 4 volantes no meio, mais um improvisado na lateral esquerda. E mesmo assim não conseguiu dominar o meio-campo. Com 20 minutos de jogo, o Palmeiras já tinha 2x0 no placar e 80% de posse de bola. Isso com dois jogadores a menos, já que Felipe Menezes e Leandro dormiam em campo.
O primeiro gol já saiu aos 11. Belo lançamento de Luiz Felipe para Felipe Menezzzzzzzzzzzes na área, mas este não acordou a tempo de dominar a bola, permitindo ao zagueiro afastar para escanteio. Na cobrança, Wesley cruzou muito bem, Vilson não alcançou, mas Alan Kardec, livre de marcação, testou no alto, muito forte, sem chances para o goleiro Roberto (Márcio, aquele, foi barrado por PC Gusmão).
Aos 15, mais uma vez Luiz Felipe avançou pela meia-direita, mais fechado do que de costume. Nenhum dos volantes do CAG encostou, e ele bateu forte. A bola pingou um pouco à frente de Roberto, que acabou batendo roupa. No rebote, Alan Kardec, ao invés de já bater desesperadamente pro gol de primeira como faria a maioria dos centroavantes, percebeu o espaço à sua frente e dominou tirando do goleiro. O zagueiro Artur fez a falta por trás e o árbitro Vin Diesel do Agreste colocou na cal. Kardec bateu o penal com categoria e fez 2x0.
PC Gusmão, mais um dos técnicos inventores que existem aos montes por aqui, fez a primeira alteração aos 18: tirou um dos 4 volantes no meio-campo e colocou em seu lugar um lateral-direito (John Lennon, let it be). Esse lateral-direito foi jogar na lateral-esquerda, e o volante Hernandes que estava de lateral-esquerdo foi pro meio jogar na sua posição original, volante. Assim, ele gastou uma alteração e continuou com os 4 volantes. Brilhante!
Mas o Palmeiras tirou o pé. Parou de marcar a saída de bola, não puxava contra-ataques, preferia sair tocando, e o primeiro tempo teve 25 minutos de marasmo.
Veio a segunda etapa, que foi um sono só. O Atlético não se arriscava, o Palmeiras não saía, e nada acontecia, até que veio o lance mais bonito do jogo: Kardec fez um belo passe em elevação para Charles, que havia entrado no lugar de Felipe Menezzzzzzzzes e estava dentro da área pela meia-direita. Ele ajeitou de cabeça para Leandro, que entrava em velocidade. Leandro dominou, deu um lençol no zagueiro Edney Sem Freio e bateu de esquerda. Um golaço.
Aí o Palmeiras parou de vez e Fernando Prass trabalhou muito. Ainda entraram Serginho e Léo Gago nos lugares de Vinicius e Wendel. Numa jogada pela esquerda, nas costas de Luiz Felipe, o cruzamento encontrou Ricardo Jesus na área para fazer o gol de honra do péssimo Atlético, que tem tudo para ser rebaixado. Entendo que o gol foi resultado exclusivamente da acomodação do Palmeiras com os 3x0, e não é relevante. A preocupação é que um jogo que poderia ser 6x0 quase acabou em 3x2. Problema para Presuntinho Kleina resolver.
Algumas considerações adicionais:
- chamou a atenção a pouca, quase nenhuma, vibração de nossos jogadores nos gols. Será que eles entraram na onda de uma minúscula parte de nossa torcida que acha que não se deve comemorar gols e vitórias na série B? Ou clima não está bom? Ou nenhuma das alternativas?
- Wendel merece aplausos. Sempre joga com simplicidade, seriedade e respeito ao Manto. É muito limitado, mas cumpridor, e hoje, apesar de totalmente deslocado, ainda foi melhor do que vinha sendo o Juninho;
- ótima zaga, sem falhas de posicionamento. Pode ser uma opção, com Henrique de primeiro volante, onde se destacou nos últimos jogos da CdB/12
- boa partida de Wesley, comandando o meio tanto na marcação quanto na armação;
- Prass definitivamente conquistou a torcida;
- a posição de primeiro volante continua vaga, a meu ver;
- Vinicius, mesmo quando não joga bem, atormenta a defesa adversária e vive fase muito melhor do que Leandro;
- liderança mantida, com a segunda melhor campanha da história da série B em pontos corridos, melhor inclusive do que a de nosso rival em 2008, ou seja, estamos cumprindo com nosso dever.
Atuações:
Hoje as notas foram atribuídas aos nossos jogadores por Borges (B), Juliane (J), Mark (J), Thiago (T) e por nossa amiga Clara Paiva (@ClaraPaivasep), que gentilmente colaborou conosco. Para nós, o melhor foi novamente Fernando Prass, seguido de perto por Alan Kardec, e o pior foi Felipe Menezzzzzzzzzzzzes.
Prass - 9,2
B - 10
C - 8
J - 10
M - 10
T - 8
Luiz Felipe - 6,8
B - 6
C - 5,5
J - 8
M - 7
T - 7,5
Vilson - 6,7
B - 6,5
C - 7
J - 7
M - 6
T - 7
Tiago Alves - 5,4
B - 5,5
C - 6
J - 4
M - 4,5
T - 7
Wendel - 4,8
B - 5
C - 6,5
J - 3
M - 3
T - 6,5
Márcio Araújo - 6,5
B - 7
C - 7
J - 7
M - 6
T - 5,5
Wesley - 7,6
B - 7,5
C - 7
J - 7,5
M - 7,5
T - 8,5
Felipe Menezzzzzzzes - 2,5
B - 3
C - 5
J - 1
M - 2
T - 1,5
Leandro - 6,6
B - 7
C - 6,5
J - 7,5
M - 7
T - 5
Alan Kardec - 9,1
B - 9,5
C - 8,5
J - 9,5
M - 9,5
T - 8,5
Vinicius - 7,2
B - 7,5
C - 7
J - 8
M - 7
T - 6,5
Charles - 5
B - 5
C - S/N
J - 5
M - 5
T - 5
Serginho - S/N
B - S/N
C - S/N
J - S/N
M - S/N
T - S/N
Léo Gago - 5,75
B - 6
C - S/N
J - 6
M - 6
T - 5
Kleina - 5,2
B - 7
C - 6
J - 6
M - 3
T - 4
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