Vitória que veio na força da camisa alviverde

Foto: Fernando Alves / Agência Lance

Foi difícil, afinal, vencer uma partida com uma arbitragem ridícula, na casa do adversário e com o próprio esquema tático do nada inteligente Gilson Kleina dando brechas, não é fácil. Mas estamos falando de Palmeiras, camisa que pesa fortemente. Com a vitória de hoje, o acesso para a primeira divisão fica cada vez mais próximo. Subir é questão de poucas rodadas.

O jogo começou com um Palmeiras inconsistente, errando passes em profusão no campo de ataque, sobretudo com Mendieta, em noite pouco inspirada. No outro lado do campo, era visível o buraco deixado na intermediária. Wesley não sabia se ia ou se ficava, Marcio Araújo estava em sua noite standart (muito ruim), Vilson e Henrique estavam dispersos e lentos, chegando atrasados nas jogadas e perdendo disputas no corpo a corpo. Apenas os laterais estavam jogando razoavelmente bem.

Não demorou muito e aos 15 minutos, após uma bola isolada por Wesley, a bola caiu nos pés do ataque do Avaí, que pegou a defesa completamente desarrumada e aproveitou para fazer a investida. Beto girou bonito em cima de Vilson e Marcio Diogo teve completa liberdade para marcar o gol. Parecia mais uma daquelas noites em que tudo dá errado.

O gol do time catarinense encheu o Palmeiras de brios e toda a pegada que o time não tinha mostrado nas últimas partidas reapareceu. Foi ai que esbarramos em um velho inimigo: a arbitragem.

Ainda em desvantagem, Mendieta achou um excelente passe para Valdivia, que estava livre, mas a bandeirinha marcou um impedimento inexistente. Na sequência ainda teve um pênalti não marcado em cima de Henrique seguido de cartão amarelo para o mesmo. Serviu para enervar a torcida e os jogadores, que naquele momento estavam a ponto de bala. Não contentes, a arbitragem resolveu amarelar meio time do Palmeiras enquanto os jogadores do Avaí batiam livremente nos nossos jogadores. O lance em que Eduardo Costa segura Leandro pela cabeça e o arremessa no chão sem nenhuma punição foi o símbolo dessa arbitragem ridícula.

Mesmo com todas essas adversidades, o Palmeiras manteve a pegada. Juninho, que fez uma rara boa partida, acertou um cruzamento preciso nos pés de Valdivia, que colocou com categoria no fundo do gol. Empate. No restante do primeiro tempo o Palmeiras manteve a bola no campo de ataque, mas esbarrou no último passe e na noite infeliz de Mendieta, que errava bolas cruciais.

Veio o segundo tempo e a expectativa era de que o Palmeiras mantivesse a pegada mostrada na segunda metade do primeiro tempo, mas não foi o que se viu. Kleina manteve o buraco entre o meio e a zaga e sem a gana da primeira etapa, não demorou para o Avaí jogar em nosso campo de defesa. O único que demonstrava vontade de vencer no segundo tempo era Valdivia, que estava endiabrado. Dos pés dele que saíram as melhores jogadas de ataque na primeira metade do segundo tempo, sendo que a mais aguda foi a cabeçada de Mendieta que passou por cima do gol. 

O problema era que, municiados pelos refugos Cleber Santana e Marquinhos, o Avaí atacava a todo instante e a defesa nada fazia. Com tanta pressão, uma hora teríamos problemas e assim aconteceu. Em um repeteco da jogada do primeiro gol, Luciano girou em cima de Vilson fora da grande área, avançou e fuzilou, sem chances de defesa para Prass. 2 x 1. Placar injusto por circunstâncias da arbitragem, mas a defesa não ajudava.

Felizmente, não demorou muito e Valdivia, disparado o melhor em campo, fez uma grande jogada que culminou no gol de Mendieta. Gol  importantíssimo que serviu para lavar a alma do paraguaio, um bom jogador que estava em noite completamente infeliz.

Kleina, completamente perdido, estava prestes a colocar Caio Mancha, mas depois do gol de Mendieta rapidamente mudou de opção e colocou Charles para reforçar a marcação. Ainda teríamos 25 minutos para buscar a virada.

E ela veio. Minutos após mais um erro grotesco do juiz – que deixou de marcar outro pênalti, dessa vez em cima de Juninho -, Vinicius fez uma grande jogada, passando por marcadores e arrematando de fora da área. O goleiro ainda desviou, mas não o suficiente para evitar a virada alviverde. 3 x 2 e a justiça tomava conta da partida. 

Com a vantagem na mão, a questão passou a ser administrar a vantagem que tínhamos. Com isso, Kleina tirou Valdivia, que fez partida de mago, e colocou Eguren, que em poucos minutos fez o que dele esperamos: fechou a intermediária e passou segurança na cabeça de área. 

Ainda deu tempo para mais uma cobrança de falta certeira de Wesley, que bateu na trave, mas que no rebote sobrou limpa para Eguren. 4 x 2.

Fim de jogo. Apesar dos erros grotescos do trio de arbitragem, algumas deficiências sérias ficaram latentes: a falta de proteção na cabeça de área, a falta de concentração da defesa e mexidas duvidosas. Isso deveria ser fruto de treinamentos, mas mesmo com um time que joga junto a meses, Gilson Kleina não teve a capacidade de enxergar tais falhas. Até o fim do ano, infelizmente, o técnico é ele e não temos muito o que fazer.

Agora restam 15 jogos, sendo os próximos no Pacaembu em sábados a tarde. A esperança, após essa partida, é que o estádio municipal lote e pulse do jeito que conhecemos e aprendemos a amar.


Atuações:
As avaliações hoje estão a cargo do Borges (B), Mark (M), Ariane (A), Thiago (TH) e Juliane (J). O melhor em campo foi o Mago Valdivia, que fez uma partida sensacional. O pior foi Vilson, que falhou feio nos dois gols sofridos.

Prass - 6,8
B - 7
J - 6
A - 7
TH - 7
M - 7

Wendel - 6,4
B - 6
J - 6,5
A - 7
TH - 6,5
M - 6

Henrique - 3,3
B - 3
J - 3
A - 4
TH - 3,5
M - 3

Vilson - 2,3
B - 3
J - 2
A - 4
TH - 2,5
M - ZERO

Juninho - 6,8
B - 7
J - 7
A - 5
TH - 7
M - 8

Marcio Araujo - 6,1
B - 6,5
J - 6,5
A - 7
TH - 6,5
M - 4

Wesley - 6
B - 6
J - 6
A - 7
TH - 5
M - 6

Mendieta - 6,3
B - 7
J - 7
A - 5
TH - 6
M - 6,5

Valdivia - 9,6
B - DEZ
J - DEZ
A - 9
TH - 9
M - DEZ

Leandro - 7,1
B - 7
J - 7
A - 7
TH - 7
M - 7,5

Vinicius - 7,7
B - 8
J - 8
A - 8
TH - 6,5
M - 8

Ananias - 4,9
B - 5
J - 5
A - 5,5
TH - 5
M - 4

Charles - 5,6
B - 5,5
J - 5,5
A - 6
TH - 5,5
M - 5,5

Eguren - 7,6
B - 7
J - 8
A - 8
TH - 7
M - 8

#ForaKleina - 3,5
B - 5
J - 6
A - 3
TH - 2,5
M - 1

Arbitragem: ZERO!


1 comentários:

Um daqueles jogos que a gente joga junto, grita e no fim tem aquela sensação de alilvio!!! Que seja assim até o fim, com essa garra! E que em nosso centenário tenhamos um treinador que conheça melhor sua equipe, Kleina claramente não entendeu qual a melhor formação.

Reply

Postar um comentário