Cumprindo tabela - Parte 5 de 6 - um pouco de bola

Na tarde deste sábado, em Campo Grande,  o Palmeiras jogou 30 minutos de bom futebol. Foi o suficiente para transformar um modorrento 1x1 em 4x1 e eliminar o Ceará da briga pelo acesso. Inclusive, isto vale um elogio: parabéns ao Palmeiras pela seriedade com que encarou a partida. Como já havia sido avisado antes, o time jogaria sério, em respeito aos adversários do Ceará na luta pelo G4. Ao contrário do que fez o Cruzeiro na série A, jogando contra o Vasco de forma descompromissada, desinteressada, com direito até a uma conversa muito suspeita entre Julio Baptista e Cris. O Cruzeiro desrespeitou e prejudicou Ponte Preta, Fluminense, Bahia, Portuguesa, Criciúma, Coritiba e todos os que gostam do futebol. 

O Verdão começou o jogo com muita disposição, partindo pra cima do Ceará, e perdeu chances com Serginho que cruzou errado, Eguren de cabeça, Felipe Menezes em chute da meia-lua para boa defesa de Fernando Henrique cujo rebote Serginho desperdiçou displicentemente, e principalmente aos 18, quando Serginho recebeu excelente lançamento de Felipe Menezes, ficou cara a cara com Fernando Henrique, mas finalizou de forma bisonha, permitindo a defesa do goleiro. O que levanta uma dúvida: sempre que entrava no segundo tempo, Serginho fazia um gol. Mas era sempre que o time já estava ganhando. Será que ele só faz gol quando o time não precisa mais? E o castigo foi imediato: no lance seguinte, Magno Alves recebeu, gingou, ciscou, cortou, dançou, fez o que quis sem ser incomodado por André Luiz, abriu pra perna direita, Juninho ameaçou tentar travar mas desistiu, e o veterano atacante bateu rasteiro, no canto de Fernando Prass, fazendo 1x0 para o time cearense. 

Com o gol, o Ceará se fechou, congestionou a entrada da área, e as chances de gol sumiram. Mas conseguimos voltar à alternativa de 2012: as bolas paradas. Felipe Menezes bateu falta pra área, Eguren se antecipou a Fernando Henrique, a bola tocou no travessão e caiu dentro do gol. Com direito a uma aula de comemoração de gol do camisa 5 uruguaio. A partir daí, os times parecem ter sentido o calor, e esperaram o segundo tempo para voltar a jogar futebol. O resultado era ótimo para o Ceará, naquele momento. E para nós, como sabemos, tanto fazia. O time encontrava dificuldades, porque Wendel não aparecia no ataque, Juninho estava em tarde de Juninho, Serginho parece ter sentido o gol perdido e sumiu, Leandro e Kardec eram nulos em campo, e as ações ofensivas ficavam concentradas em Felipe Menezes e Márcio Araújo. Aí não dá mesmo. 

Foto: Fernando da Mata - Globoesporte.com

Voltamos para o segundo tempo com Charles no lugar de Serginho. O 4-4-2 com 3 volantes sempre foi, desde a chegada de Kleina, o sistema que melhor funcionou. E aos 14 já deu certo: Felipe Menezes dominou a bola pela esquerda. Charles entrou na área como elemento-surpresa, e Menezes fez um cruzamento/assistência sensacional na cabeça de Charles, que nem precisou pular. Completou para o gol como um centroavante. 2x1. 

Três minutos depois, finalmente Alan Kardec apareceu. Recebeu de Felipe Menezes, entrou na área pedalando e foi derrubado pelo péssimo zagueiro Gustavo Silva. Ele mesmo bateu o pênalti e fez 3x1. Mas ainda faltava Leandro aparecer. É impressionante como, nos jogos em que ele passa o tempo todo sumido, de repente acaba aparecendo pra fazer um gol. E foi um golaço. Aos 35, ele recebeu excelente passe de Juninho pela meia-esquerda, deu um corte de futsal em Fernando Henrique que caiu sentado, e completou para o gol vazio. 4x1 e fim de jogo. A partir daí, o Ceará desistiu, Sérgio Soares colocou um zagueiro no lugar de um atacante pra não piorar o saldo de gols, e o Palmeiras também não fez mais nada de útil. Tivemos a estreia de Bruno Oliveira, que mal foi visto em campo, e a entrada de Valdívia, após insistentes pedidos da torcida local. O chileno só entrou pra causar. Parece que estava tentando cavar um cartão vermelho para antecipar as férias. Não conseguiu, te vemos em Chapecó. 

Não há muito o que concluir deste jogo, o quinto entre seis inúteis. Ao que parece, iremos mesmo de Gilson Kleina em 2014, ao menos foi o que deu pra entender das entrevistas de Kleina e Brunoro após a partida. Recebemos o troféu, os jogadores fizeram uma festa contida, sem graça, com exceção de Márcio Araújo, que parecia estar comemorando (bêbado) um título de Copa do Mundo. Mas serviu para aproximar um pouco o time do torcedor de Campo Grande, apesar do decepcionante público de menos de 9 mil. No próximo sábado acaba. Até nunca mais, série B!



Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane (A), Borges (B), Juliane (J), Mark (M), Mariana (Ma) e Thiago (T). Para nós, o melhor foi Fernando Prass, e o pior desta vez foi Serginho, que ganha o troféu joinha pela primeira vez. 

Prass 8,83
A 9
B 8
J 8
M 10
Ma 10
T 8

Wendel 4,67
A 5
B 5
J 4
M 4
Ma 5
T 5

André Luiz 4,33
A 4,5
B 5
J 4
M 5
Ma 5
T 2,5

Henrique 5,92
A 7
B 5,5
J 6
M 6
Ma 6
T 5

Juninho 5,5
A 6
B 6,5
J 7
M 5
Ma 4
T 4,5

Eguren 8,25
A 9
B 7,5
J 8
M 8,5
Ma 9
T 7,5

Márcio Araújo 5,08
A 5
B 5
J 6
M 4
Ma 4
T 6,5

Felipe Menezes 6,17
A 4
B 6
J 6
M 6
Ma 6
T 9

Serginho 3,33
A 4
B 4
J 4
M 4
Ma 4
T ZERO

Alan Kardec 8
A 9
B 9
J 9
M 8
Ma 8
T 5

Leandro 7,67
A 9
B 9
J 8
M 8
Ma 7
T 5

Charles 7,83
A 8
B 8
J 8
M 8
Ma 7
T 8

Bruno Oliveira 5
A sn
B sn
J 5
M sn
Ma sn
T sn

Valdivia 4,75
A 4
B 10
J 5
M sn
Ma sn
T ZERO

Gilson Kleina 4,5
A 6
B 5
J 5
M ZERO
Ma 8
T 3

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