12 jogos para terminar esse inferno

Foto: Celio Messias / Gazeta Press

E o Palmeiras venceu mais uma vez. Empurrado por quase 20 mil palestrinos presentes em Rio Preto, o Palmeiras fez uma partida pavorosa taticamente e tecnicamente, o juiz atrapalhou o máximo que pode e o time se nivelou por baixo contra o péssimo Oeste. Vieram 3 pontos fundamentais, mas a postura do time foi absurdamente irritante.

O Palmeiras até começou bem. Embora o Oeste não oferecesse nenhum perigo, o Palmeiras insistia com a bola no campo de ataque e logo antes dos 10 minutos, Alan Kardec ganhou uma disputa de bola com os zagueiros e chegou livre, mas bateu fraco e o goleiro defendeu sem problemas. Minutos depois, Charles fez sua melhor jogada nos últimos 2 meses ao chapelar um oponente e passar para Leandro, que rapidamente repassou para Valdivia que trombou com os zagueiros e contou com uma pitada de sorte ao ver a bola sobrando para ele próprio. Com rapidez, repassou para Leandro, que demonstrou frieza e categoria que estava em falta nos últimos jogos. 1 x 0.

Com o placar na dianteira e diante de um oponente tão frágil, era de se esperar que o Palmeiras buscasse um placar elástico, mas rapidamente o time se acomodou. Valdivia parou de buscar o jogo, Alan Kardec ficou isolado e Charles voltou para a má fase dos últimos jogos. O único disposto a fazer algo diferente era Wesley, novamente o destaque positivo do Palmeiras. Ainda no primeiro tempo, ele recebeu uma bola de Valdivia e carimbou a trave do goleiro Fernando Leal. 

Digno de nota também é o fato do Marcio Araújo ter entrado no grupo dos 50 que mais atuaram com a camisa alviverde. O supracitado reclamou que não tem marketing, mas vendo essa partida (e grande parte das outras 200 e tantas que ele jogou) é fácil dizer o que ele não tem e nunca teve: futebol. As raras chances de gol do Oeste podem ser creditadas a cobertura frouxa desse indivíduo.

O segundo tempo foi pavoroso. A única chance nos primeiros 20 minutos foi em uma tabela de Wesley com Valdivia, que terminou com defesa de Fernando Leal. O Palmeiras aceitou a proposta covarde do Oeste e se nivelou por baixo, errando passes em profusão, sem garra e achando que poderia vencer a partida em qualquer momento – mas o placar estava apenas 1 x 0 e qualquer bobeada poderia ser fatal, especialmente na bola em que Henrique recuou para Prass na fogueira. Gilson Kleina se manteve inerte diante da apatia Palmeirense e deixou o marasmo consumir a paciência dos 20 mil palestrinos presentes e dos outros 15 milhões ao redor do mundo. 

O juiz também não fez por menos e irritou a todos. Expulsou Leandro em uma jogada em que ele foi agredido e amarelou metade do time do Palmeiras. A nossa sorte é que esse campeonato é fraco e os desfalques (exceção feita a Valdivia) não farão tanta diferença no jogo contra o ABC. 

Quando Kleina enfim mexeu, a partida se aproximava da reta final e nada indicava que o placar sairia da contagem mínima. Vinicius e Serginho entraram ligados e tentaram, Wesley continuou dando a liga para o meio de campo. Surpreendente foi a entrada de Eguren, que em 15 minutos mostrou que tem total condições de ser titular: marca bem, passa com relativa qualidade e achou dois lançamentos que não se espera de um primeiro volante. Mas sabemos como funciona a cabeça de Kleina e não devemos esperar que ele lance o uruguaio tão cedo.

No fim, ainda deu tempo de Serginho fazer um gol, graças ao lançamento de Wesley, novamente o melhor em campo. Outro ponto positivo foi a defesa, que parecia bem mais postada do que nas últimas partidas - convenhamos, o Oeste não ofereceu muito perigo.

A vitória nos aproxima matematicamente do lugar de onde jamais deveríamos ter saído. Mas não empolgou. Diante de times tão fracos tecnicamente, esperamos que o Palmeiras passe o trator e vença com autoridade, algo que não vem ocorrendo. 

Que esse campeonato termine logo e a reformulação seja feita, ninguém aguenta mais esse campeonato e nem esse técnico.

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane (A),  Mark (M), Thiago (T) e Miguel (Mi). Para nós, o melhor em campo foi Wesley e o pior foi Juninho, que se não esteve em noite bisonha, passou longe de ser útil ao time.

Prass - 7
T - 6
Mi - 7
A - 7
M - 8

Wendel - 7,3
T - 8
Mi - 8,5
A - 7
M - 6

Henrique - 5,3
T - 4,5
Mi - 5,5
A - 5
M - 6,5

Vilson - 6,6
T - 7
Mi - 5,5
A - 7
M - 7

Juninho - 4,2
T - 4
Mi - 5
A - 3
M - 5

O quinquagésimo jogador que mais vestiu a camisa do Palmeiras - 4,7
T - 4,5
Mi - 5,5
A - 6
M - 3

Charles - 5
T - 5
Mi - 5
A - 4
M - 6

Wesley - 8,6
T - 9
Mi - 8,5
A - 7,5
M - 9,5

Valdivia - 6,5
T - 5,5
Mi - 7,5
A - 7
M - 6

Leandro - 6,7
T - 7
Mi - 7
A - 6
M - 7

Alan Kardec - 5,6
T - 5
Mi - 6
A - 5,5
M - 6

Vinicius - 5,1
T - 4,5
Mi - 4
A - 6
M - 6

Eguren - 6,2
T - 6
Mi - 6
A - 6
M - 7

Serginho - 7
T - 7
Mi - 7
A - 7
M - 7

#ForaKleina - 3,5
T - 3
Mi - 7
A - 2
M - 2

1 comentários:

Exagerei um pouco na nota do Kleina hehehehehe, mas continuo também com meu #ForaKleina, só dei essa nota porque achei as substituições que ele fez corretas. Dão um desconto vai, tava empolgadão, foi meu primeiro jogo no estadio.

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