E o time? No momento, desesperador.

A luz vermelha está piscando desesperadamente e não é para menos: estamos praticamente no natal e quase não temos novidades concretas sobre o Palmeiras para o ano do centenário, nem mesmo sobre a renovação de alguns (poucos) atletas que deram alguma liga durante a tétrica temporada de 2013. Entre dúvidas e especulações, a única certeza que temos hoje é que não temos sequer um time base decente para o centenário nesse momento. 

Os torcedores tem toda a razão do mundo de estarem nervosos e apreensivos, estamos a semanas de iniciarmos a pré-temporada e tudo o que temos é uma base piorada da Série B, torneio em que o time mais irritou a torcida com fracas exibições, do que deu esperanças.

Vamos analisar o status das posições nesse momento.

Goleiros:
Fernando Prass, Fábio e Vinicius. Aqui estamos bem. Bruno está com o contrato no fim e fica a esperança de que não renovem com o goleiro que nos afundou na Libertadores de 2013.

Laterais direitos:
Bruno Oliveira. Luis Felipe deu área e Wendel não sabe se renova o contrato (tomara que não). A única opção disponível no momento é o jovem Bruno Oliveira, que teve parcas chances durante a temporada – mesmo sendo melhor que o eterno volante improvisado. Mas Bruno Oliveira ainda precisa ser lapidado antes de ser jogado aos leões. Precisamos de dois laterais direitos bons com extrema urgência.

Zagueiros:
Henrique, Tiago Alves e Thiago Martins. Outra posição que precisamos de jogadores para a titularidade com urgência. Henrique é capitão e titular absoluto, mas é a única opção de confiança. Tiago Alves é apenas um bom reserva e Thiago Martins, apesar de ter feito uma boa estreia contra a Chapecoense, está longe de ser o companheiro de zaga do xerife Henrique.  André Luiz tem contrato até o final do ano e pelo desempenho fraco, uma renovação seria uma afronta à torcida. Vilson, que fez partidas de destaque, não sabe se fica, mas mesmo se ficasse, precisaríamos de dois zagueiros bons, um deles para ser titular ao lado de Henrique.

Laterais esquerdos:
Juninho e Victor Luís. Para o desespero geral da nação, Juninho ainda está no elenco. Victor Luís é uma incógnita. Fernandinho, felizmente já saiu e Marcelo Oliveira não sabe se fica. Precisamos urgentemente de dois laterais esquerdos e da dispensa de Juninho, um dos jogadores mais irritantes que já passaram pela nossa lateral esquerda, entrando no panteão dos piores da história, onde estão Rivaldo, Rovilson, Misso e Fabiano. 

Volantes:
Eguren, Wesley, João Denoni e Renatinho. Eguren e Wesley são boas opções e devem ser os titulares da temporada que se inicia. Denoni, que já mostrou potencial, retorna de empréstimo e Renatinho deve ser a última opção do elenco. Leo Gago já foi e Charles ainda não sabe se fica. Fica a minha torcida para que um dos maiores símbolos da derrota do Palmeiras nos últimos anos e que atende pelo nome de Marcio Araújo, não renove com o Palmeiras. Precisamos de – no mínimo - dois volantes bons, um de contenção e outro que saiba sair jogando.

Meias:
Valdivia, Mendieta, Felipe Menezes, Patrick Vieira, Serginho e Bruno Dybal. E lá vamos nós para mais um ano em que Valdivia é titular absoluto. Como podem deixar a camisa 10 do centenário com alguém que não joga nem metade dos jogos (nenhum decisivo)? Não mudo a opinião de que precisamos de um camisa 10 bem mais confiável que o chileno. Mendieta é uma boa opção para o meio, não é exatamente armador, mas já demonstrou habilidade e pode ser útil durante a temporada. Patrick Vieira volta e se mostra uma boa opção para abrir espaços nas defesas. Felipe Menezes tem que ser dispensado, emprestado ou qualquer outra coisa, não serve nem para reserva. Dybal é incógnita e Serginho, apesar dos gols, não inspira confiança. Precisamos de pelo menos dois nomes de envergadura para o meio, outro ano com apenas Valdivia não dá. Mendieta é útil, mas não é “o cara”. Dos que saíram, Ronny foi tarde e Rondinelly será sempre lembrado como uma lenda urbana.

Atacantes:
Alan Kardec, Vinicius, Rodolfo, Caio Mancha e Ananias. Aqui também é caso de nos preocuparmos. Kardec é o único confiável dos que estão confirmados para a próxima temporada. Vinicius mostrou evolução durante 2013, mas serve apenas como uma opção para banco. Ananias tem que ser devolvido o quanto antes, Caio Mancha não serve e Rodolfo – o único “reforço” – é uma incógnita. Leandro ainda não sabe se fica, mas de qualquer maneira, precisamos de reforços urgentes nessa posição, tanto para segundo atacante quanto para a reserva de Alan Kardec. 

Técnico: 
Gilson Kleina. Oremos. Apenas isso.

Time base no momento: Fernando Prass, Bruno Oliveira, Henrique, Tiago Alves, Juninho (Meu Deus!); Eguren, Wesley, Mendieta e Valdivia (em metade dos jogos); Vinicius e Alan Kardec. T: Gilson Kleina.

Espinha dorsal: Fernando Prass, Henrique, Eguren, Wesley e Alan Kardec. Não incluí o Valdivia pelo histórico de ausências, uma espinha dorsal séria não pode considerar um nome que, apesar de tecnicamente ótimo, não ajuda. 

Feito o raio-x do elenco e analisando o panorama atual, é impossível não ficarmos com os nervos à flor da pele e completamente receosos.  Com exceção do gol, há deficiências claras em todas as posições. Tudo o que estamos vendo no momento é a base da Série B, uma base sem reforços e ainda piorada. A espinha dorsal em si, nome a nome, não chega a ser ruim, mas não inspira aquela confiança de que tudo dará certo - lembrem-se que passamos nervoso em diversos jogos no maldito campeonato que foi a Série B. Essa reformulação deveria começar já quando fomos eliminados da Copa do Brasil (se muito, quando conquistamos o acesso). Quem está no comando merece todas as cornetadas do mundo, com razão. 

Somos uma torcida que sempre prezou pela qualidade e imponência. Tudo o que queremos para o centenário (e posteriormente) é um time que entre em campeonatos pensando em disputar títulos. Do jeito meia-boca que está, não vai.

Precisamos de reforços urgente e que venham para serem titulares, nos ajudando a impor respeito como sempre fizemos. Acordem!

Subimos, beleza. Agora façam um time digno de Palmeiras!
Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com

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