Foto: Bê Caviquioli / Agência Estado
E termina mais uma Copa São Paulo de Juniores para o Palmeiras. Após a derrota por 4 x 3 para o Flamengo-SP (de Guarulhos) no pasto de São Carlos, o Palmeiras caiu prematuramente na fase de 32 times, adiando a inédita conquista por mais um ano – o mais próximo que estivemos de levantar essa taça, foi em 2003, quando perdemos roubados para o Santo André nos pênaltis. A safra de Vagner Love, Edmilson, Diego Souza e Alceu foi a mais proeminente dos últimos anos, sendo que muitos tiveram chances no time principal.
A queda prematura evidenciou os diversos defeitos do time, que já havia passado da primeira fase na bacia das almas, dependente da combinação de resultados. A falta de compactação na defesa ficou bem latente, deixou o time vulnerável e foi um dos principais motivos para a eliminação – hoje a defesa parecia um queijo suíço – e isso pode ser creditado ao treinador Diogo Giacomini, que armou muito mal o time (não apenas hoje). A falta de qualidade crônica dos volantes também foi um fator decisivo, pois a defesa ficou ainda mais exposta (além de já ser mal montada) e a saída de bola não era de qualidade, o que matava o meio de campo. O time também sentiu a ausência de Juninho por lesão, meia com habilidade que foi destaque no Campeonato Brasileiro Sub-20, torneio disputado em dezembro no qual o Palmeiras foi vice-campeão.
E agora? Resta lapidar os (poucos) bons valores que se destacaram no torneio para que eles consigam aprimorar seus fundamentos e integrarem o time principal como opções. O nome que mais se destacou individualmente foi o zagueiro Gabriel Dias, que ao lado de zagueiros experientes como Lucio, Henrique e Victorino, tem em quem se espelhar para crescer e pode ser uma boa opção para o futuro, pois mostrou saber como faz. Outros nomes como Juninho, Chistopher, Matheus Gonçalves e Matheus Muller, também demonstraram algum potencial e podem evoluir ao longo do tempo. A conferir.
De qualquer jeito, há uma diferença enorme entre se destacar na base e mostrar futebol no time de cima. O primeiro nome que me vem à mente para exemplificar esse abismo, é Gabriel Silva, um lateral esquerdo que demonstrou um potencial monstruoso nas categorias de base e teve um desempenho abaixo da crítica – por vezes bem bizarro, pior até que o concorrente da posição, o Rivaldo genérico – no time profissional comandado por Felipão, entre 2010 e 2011. Tem toda a questão psicológica em jogo, somos uma torcida que exige qualidade (com razão) e muitas vezes esses jovens, por não ter estrutura mental, sucumbe à pressão e não desempenha nem um terço do potencial exibido nas categorias de base. No time de cima não há espaço para isso: ou demonstra ser forte ou fora.
Enfim, a cobiçada copinha fica para o ano que vem e fica a torcida para que em 2015 conquistemos nosso primeiro título. Que até lá surja uma safra que honre a camisa alviverde e nos dê esperanças de que possamos ter bons nomes para o profissional.




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