Você se recorda do que aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2012? Para quem não se lembra, vamos refrescar a memória. O Palmeiras perdia por 1 x 0 para o Santos, em Presidente Prudente (que fica no Oceano Pacífico), com gol de Neymar. Aos 43 do segundo tempo, Fernandão empata o jogo em um escanteio cobrado por Marcos Assunção. O Palmeiras ainda exerceu uma pressão final e Juninho, ainda sem a pecha de jogador que se borra todo, chuta para o gol e conta com o desvio da zaga santista para virar a partida aos 47 minutos. Uma virada espetacular (e que será postagem no tópico "viradas esquecíveis).
O jogo citado no parágrafo acima foi nossa última vitória em clássicos envolvendo os quatro grandes do estado de São Paulo e está perto de completar dois anos. Isso incomoda muito.
Devido ao ano tétrico que foi 2013, o assunto “clássicos” ficou relegado ao segundo plano durante grande parte do ano, algo que não deve nunca acontecer. Todos os clássicos disputados no ano passado aconteceram no Campeonato Paulista – todos terminaram empatados e não vencemos todos por questão de detalhes. Antes disso, perdemos muito espaço durante o trágico ano de 2012. Dos 9 clássicos disputados, a única vitória foi justamente a citada no primeiro parágrafo, sendo que de resto perdemos seis vezes e empatamos outras duas. Uma vergonha completa e que nos deixou para trás dentro do cenário estadual.
Se tem uma coisa que sentimos muita falta, é a supremacia palestrina nos confrontos contra nossos rivais e inimigos. Mais do que nunca temos que mostrar quem é que manda em nosso estado e o Campeonato Paulista de 2014 é o teste de fogo para consolidar o renascimento do temido e gigante alviverde. Temos que vencer, sermos campeões. E isso passa pelo atropelamento dos inimigos que tanto odiamos.
Os primeiros confrontos são esses:
Palmeiras x SPFC - 02 de fevereiro, Pacaembu.
Última vitória: Palmeiras 1 x 0 SPFC, 27/11/2011, Pacaembu. Gol de Marcos Assunção.
O que esperamos: Esse é o primeiro clássico do ano e será já na quinta rodada. Trata-se de um inimigo histórico, com um passado de benefícios de governador e bastidores nefastos. Isso sem contar o episódio no qual quiseram fechar o Palestra Itália e fugiram de campo, em 1942. Tem que entrar com sangue nos olhos, querendo aniquilar o time do Jd. Leonor a todo custo. São inimigos e o tempo que estamos sem vencer esse time maldito incomoda. Até lá, é possível esperar um Palmeiras mais encorpado e tomando forma de time, esse é o nosso primeiro grande teste – Lucio provavelmente entrará com sangue na boca e disposto a fazer uma grande exibição. Pena que não é no panetone, pois precisamos muito quebrar o maldito tabu de 12 anos que perdura naquele pardieiro.
O lado deles: O arrogante goleiro de hóquei não pendurou as luvas, o que dá para afirmar com convicção que chutes de fora da área é a melhor opção. Sem contratações importantes, eles continuam medíocres, com a defesa risível e com meias lentos que podem ser facilmente anulados.
SCCP x Palmeiras – 16 de fevereiro, Pacaembu.
Última vitória: Palmeiras 2 x 1 SCCP, 28/08/2011, Presidente Prudente (sério, que nunca mais façam clássicos naquele local). Gols de Luan e Fernandão.
O que esperamos: Uma das dez maiores rivalidades do planeta (a maior do Brasil) e que faz a cidade parar com uma semana de antecedência. Já são cinco partidas sem vitória contra o nosso maior rival e isso incomoda de verdade. No estádio municipal, o tabu é ainda maior e para piorar, pelo terceiro ano seguido entraremos como visitantes (sério, agora é todo ano?) no Paulista. Que nossos jogadores não entrem com o complexo de inferioridade que nos assolou em anos anteriores, dérbi é guerra e personalidade forte pode fazer toda a diferença nesse clássico. Ainda são nossos fregueses, mas a gordura diminuiu, especialmente no trágico ano de 2012, onde perdemos as três partidas. Está mais do que na hora de voltarmos a vencê-los e será ainda melhor se fizermos na condição de visitantes.
O lado deles: Paulinho era meio time e após sua saída, eles perderam toda a liga que o meio de campo possuía. Com um elenco envelhecido, o único homem de frente que inspira algum medo é Renato Augusto. Vale observar se manterão a retranca covarde que deu a tônica de 2013, caso isso aconteça, temos que torcer para Valdivia ressurgir em clássicos e faça aquilo que costumava fazer em 2007/2008: desmontar a defesa dos rivais.
Nossa última vitória em dérbi foi também o último dérbi de São Marcos.
Foto: http://magliaverde.blogspot.com.br/
Foto: http://magliaverde.blogspot.com.br/
Santos x Palmeiras – 23 de março, Vila Belmiro.
Última vitória: Santos 1 x 2 Palmeiras, 05/02/2012, Presidente Prudente (cazzo). Gols de Fernandão e Juninho.
O que esperamos: Esse também é um clássico histórico e nos últimos anos tivemos embates importantes, alguns que nos deixaram nervosos (semifinais de 2009) e outros épicos (os 4 x 3 de virada em 2010, na nossa casa de praia). Inclusive, nosso último clássico com caráter decisivo foi justamente contra eles, válido pelas quartas de final do Paulista do ano passado: empate por 1 x 1 e derrota nos pênaltis (4 x 2). O fato de jogar na Vila Belmiro não assusta, pois mesmo em tempos de vacas magras, conseguimos bons resultados na lata de sardinhas.
O lado deles: Dos três rivais é o que tem um time base mais encorpado. Montillo, Cícero e Leandro Damião. A defesa deles, com Edu Dracena e Gustavo Henrique, continua sendo o ponto fraco. Que Kleina elabore uma boa estratégia para essa partida.
Em fevereiro de 2012, ele ainda enganava.
Foto: blogdoipe.com.br
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Um time que almeja títulos não foge dos clássicos, pelo contrário, cresce na pressão e joga essas partidas como se essas fossem as últimas de suas vidas. No ano passado tivemos um resquício de resgate à alma ao equilibrarmos e sermos melhores em campo enquanto a “imprensa especializada” tratava a vitória dos rivais como favas contadas. Esse ano, o peso da camisa não basta, tem que converter a superioridade em gols e vitórias.
Ao palmeirense, não entre na onda da imprensa que menospreza o Campeonato Paulista. É um campeonato que possui muita importância e que proporciona duelos históricos contra nossos rivais. Foi no Paulista que saímos da fila em 1993, sendo um dos títulos mais épicos do futebol.
No ano de nosso centenário, é importante ganharmos nosso 23º título estadual (e não apenas esse título, que fique bem claro), mostrando toda nossa força contra os rivais. O resgate de nossa auto-estima passa por voltarmos a dominar nosso quintal.
Avanti Palestra.





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