Agora vai começar.

O Palmeiras perdeu para o Santinhos por 2-1 neste domingo no Urbano Caldeira, e terminou a fase de classificação do campeonato paulista em segundo lugar no geral, com 11 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O time mostrou fragilidade no primeiro tempo e um bom poder de reação no segundo, mas insuficiente para evitar a derrota. Agora, se o jogo Botafogo x Ituano tiver um vencedor no tempo normal, esse vencedor será nosso adversário na semifinal, caso passemos pelo Bragantino no meio de semana (informações preliminares dão conta de que o jogo será na quinta, às 21:00). Se no jogo de Santa Cruz houver empate e decisão por pênaltis, nosso adversário na semi será o São Paulo. Isso se as meninas eliminarem o Penapolense, caso contrário o adversário volta a ser Botafogo ou Ituano. Ainda assim, contando que o Santos elimine a Ponte Preta, pois se der Ponte muda tudo, ou seja, ainda são várias possibilidades. Mas o que temos que ter em mente é: ganhar do Bragantino, fim. 

O Santos não veio para a partida com força máxima. Oixxxxvaldo de Oliveira poupou Cicinho, Cícero e Leandro Damião. Em seus lugares entraram, respectivamente, Bruno Peres, Alan Santos e Rildo. Com tal formação, ele equilibrou o meio-campo com dois volantes marcadores. Jeuvânio jogava centralizado na armação, Gabriel e Rildo abertos mas ajudando na recomposição, e Thiago Ribeiro jogava mais adiantado. Assim, a formação das duas equipes era muito parecida, pois o Palmeiras tinha os homens de meio e ataque fazendo exatamente a mesma função dos santistas. Eguren e Marcelo Oliveira marcando, Valdivia centralizado, Leandro e Bruno César abertos e Kardec na frente. A principal diferença era na atitude dos atletas: enquanto o Palmeiras tentava cercar e acabava assistindo o Santos jogar, os jogadores do Santos abusavam da porrada, contando com a complacência do vagabundo integrante daquela família de vagabundos. Valdivia apanhou do início ao fim do jogo, e ainda foi convenientemente advertido com cartão amarelo logo no início do primeiro tempo. Claramente premeditado. Ainda assim, mesmo com maior posse de bola, o Santinhos não criava boas chances, assim como o Palmeiras, e o jogo não saia das intemediárias. 

Aos 24, eles abriram o placar. Escanteio da esquerda, e ninguém marcou Neto, de apenas 1,95m de altura. Ele cabeceou firme, para baixo, e gol. Marcelo Oliveira reclamou de uma falta inexistente. Erro de posicionamento, Neto deveria ter sido marcado por Lucio, que é mais experiente e dificilmente teria deixado o zagueiro subir com tanta liberdade. Talvez Bruno pudesse fazer a defesa, mas nunca saberemos, pois ele preferiu não ir na bola. 

Com o gol, o Palmeiras saiu mais para o jogo. Não que estivesse retrancado antes, mas o time passou a se expor mais. Isto não foi suficiente para mudar o panorama do jogo a nosso favor, mas deu o espaço que o Santinhos queria. E aos 35, após uma recuperação de bola no campo de defesa, Jeuvanio lançou rápido para Thiago Ribeiro, entre Lucio e Tiago Alves. Os dois zagueiros aparentemente ficaram em dúvida sobre quem deveria chegar no atacante. Lucio quase o alcançou, mas não quis dar o carrinho para não ser expulso. Thiago Ribeiro, muito veloz, bateu cruzado, fazendo 2-0. Nos dez minutos restantes da primeira etapa, o único lance digno de nota foi um belo chute de Alan Kardec que Aranha tocou de leve, mandando a bola ao travessão. Ao final dos primeiros 45 minutos, ficou a impressão de que era um jogo para 0-0, mas o adversário soube aproveitar as duas oprtunidades que teve. A única boa defesa de Aranha foi esta citada acima. Bruno não fez nenhuma. 

O Palmeiras voltou para o segundo tempo com alterações táticas. Tiago Alves foi para a lateral-direita, Marcelo Oliveira para a zaga e Bruninho para o meio-campo. O Santinhos, por sua vez, recolheu-se ao campo de defesa, buscando uma oportunidade como a que originou o segundo gol. Mas o Palmeiras não voltou a dar essa oportunidade. Bruno César abandonou um pouco o posicionamento aberto na direita e aproximou-se mais de Valdivia, melhorando o desempenho do meio-campo. No entanto, sem Bruno César na direita e com o lateral sendo um zagueiro, o lado direito acabou sendo abandonado. Todas as tentativas eram pelo meio ou pela esquerda, onde Juninho fazia boa partida. Seria interessante que Leandro ocupasse o setor direito, espalhando a marcação santista, mas Gilson Kleina não enxergou. O Santinhos continuou batendo à vontade, mas as jogadas de bola parada não foram bem aproveitadas, nenhuma falta levou perigo a Aranha. A melhor chance foi de Bruno César, que recebeu bom passe de Alan Kardec pelo meio da defesa santista, mas não soube tirar de Aranha na finalização. E ainda caiu de cara no chão, preocupando o departamento médico, em lance semelhante ao que ocorreu com França no jogo passado, contra a Ponte Preta. 

A primeira alteração piorou demais o time: Patrick Vieira no lugar de Bruno César. Patrick poderia ter entrado no lugar de Leandro, que não fez absolutamente nada de útil. O meia não encontrou um bom posicionamento, não se aproximou de Valdivia, não ficou aberto pela direita, não se posicionou na área, parecia perdido em campo. A segunda alteração foi pior ainda. Taticamente, a saída de Eguren, que já tinha amarelo, para a entrada de mais um meia, pode ter sido uma boa ideia. Mas Felipe Menezes jamais resolveu jogo algum. E o Palmeiras só voltou a pressionar após a entrada de Vinicius para finalmente sair Leandro, aos 38. Logo em seguida, Juninho fez excelente cruzamento para Alan Kardec marcar de cabeça. A partir daí, tivemos mais 10 minutos, contando com os acréscimos, para buscar o empate, mas na melhor chance Patrick Vieira, livre de marcação, quase dentro da pequena área, cabeceou para fora. Tudo bem que não era um lance fácil, mas um centroavante com poder de finalização provavelmente teria feito o gol. 

Mas o que vale começará no meio de semana. O Bragantino não assusta. O Palmeiras deve contar com a volta de Wesley, que faz muita falta ao meio-campo, e talvez de Diogo, que faz sombra a Leandro, já que o 38 não vem rendendo o esperado. Wellington também deve voltar à zaga, e Mendieta volta a ser opção no meio. O Bragantino, a exemplo do que fez o Santinhos no segundo tempo, deve vir todo na defesa. Se tivermos o cuidado de não ceder tantos espaços para o contra-ataque e tivermos cuidado - e treinamento - nas bolas aéreas, a chance deles será pequena. Inclusive, foi nesses dois itens que falhamos hoje e tomamos os dois gols. Depois do Bragantino, venha quem vier, estaremos prontos. Pra cima, Palmeiras!!!!!

Atuações: as notas de hoje foram dadas por Ariane, Juliane, Marcus, Mariana, Renato e Thiago. Para nós, o pior foi Bruno, e os melhores foram Alan Kardec e novamente Juninho, o que é um bom sinal, pois o lateral vem subindo de produção em um momento decisivo e pode ser importantíssimo nas finais. 


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