Revendo o elenco

O hiato entre a dolorida derrota no Paulista e a estreia no Brasileiro de 2014 nos deu um inglório período para reavaliar o elenco do Palmeiras. Mas em um exercício de paciência, é possível analisar nome a nome com uma perspectiva mais analítica, com o desempenho de cada atleta na temporada dentro dos 19 jogos disputados e o que podemos esperar de cada um deles daqui em diante.

Claro, o desempenho de alguns jogadores questionados podem mudar durante a temporada e as opiniões que fazemos a respeito também mudarão caso tenha essa oscilação (exemplo maior disso que falamos é o Leandro), mas por hora, cabe a discussão sobre o desempenho de cada um na temporada e as expectativas (não certezas) do que virá.

Goleiros:

A muralha.
Foto: Folhapress

Posição em que temos um gigante, um extremamente contestado e uma incógnita. Com Prass, sentimos segurança na meta e sem ele temos um medo enorme.

Fernando Prass (17 jogos) - É o líder e capitão desse time. Chegou em um período conturbado, no âmago de nosso pior momento da história, mas logo conquistou seu lugar com personalidade. Durante a temporada, fez defesas magníficas e garantiu pontos para o Palmeiras. Deu o azar de se contundir na partida mais importante da temporada até então, mas é um dos principais pilares do time para o Brasileiro e restante da Copa do Brasil.

Bruno (3 jogos) - Ao contrário do titular, é o retrato da insegurança. Cria das divisões de base, rebaixou com o time em 2012 e foi o principal responsável pela eliminação da Libertadores de 2013, ante o Tijuana. Sua renovação ao final da temporada passada foi um erro gigantesco e não deveria ser sequer a primeira opção em caso de emergências.

Fabio (0 jogos) - Jogou apenas duas partidas, ambas no maldito calvário da segunda divisão e perdeu as duas pela contagem mínima. Apesar de tudo, não demonstrou tanta insegurança. Ao contrário do atual goleiro reserva, merece chances em caso de não contarmos com o Prass.

Laterais:

E não é que ele foi nosso melhor lateral na temporada?
Foto: Leandro Martins / Futura Press - Globoesporte.com

O nosso lado direito é um dos pontos fracos do elenco (desde a saída do Arce, em 2002, para ser mais preciso) e precisamos de um jogador que chegue para ser titular com extrema urgência. Na esquerda, Juninho segue titular e William Matheus busca seu espaço.

Wendel (14 jogos) - A eterna face do improviso e outra renovação feita ao final da temporada passada que foi muito questionada pela torcida. Mesmo assim, o veterano volante-lateral-faz-de-tudo ainda conseguiu ter um desempenho interessante em alguns jogos, seja defendendo sem comprometer e até arriscando jogadas no ataque, fazendo assistências. Se machucou em momento inoportuno e Kleina improvisou (que surpresa!) um zagueiro em pleno jogo decisivo. Não serve para titular, mas compõe o elenco.

Bruno Oliveira (1 jogo) - Lateral de origem revelado pelas categorias de base do Palmeiras, o jovem jogador batalhou contra as lesões nessa temporada e fez apenas um jogo, contra o rebaixado Paulista. Quando entrou em campo fez apenas o básico, nada de excepcional. As boas referências dele são dos tempos de juniores, mas após o Gabriel Silva, quero ver desempenho mesmo no profissional. Por ser um lateral de ofício, deve ter mais chances.

Juninho (15 jogos, 3 gols) - Com a saída de Marcio Araújo, a tendência era que todas as cornetas voltassem em direção ao lateral esquerdo. Previamente execrado por jornadas anteriores que tiraram a paciência da torcida (rebaixamento e temporada de 2013), Juninho permaneceu e enfim mostrou um futebol interessante em grande parte das partidas, especialmente no ataque (exceto no jogo mais decisivo até então, onde sucumbiu ao fracasso junto com o resto do time). Sabemos que ele é vulnerável ao momento, resta saber se finalmente amadureceu e jogará com consistência no Brasileiro ou se o bom Paulistão disputado foi apenas uma boa fase. A conferir.

William Matheus (5 jogos, 1 gol) - Oriundo do Goiás, William Matheus chegou e a esperança era de que fosse titular. Não se firmou e nas poucas oportunidades que teve, exibiu um futebol apenas "ok" - exceto contra o Botafogo-SP, onde fez uma partida pavorosa. Em um campeonato de tiro longo como o Brasileiro, é capaz que ele demonstre o bom futebol demonstrado no Goiás.

Victor Luis (1 jogo) - Outra cria da base, entrou apenas como substituto no jogo contra o Paulista (e improvisado como zagueiro, vejam só), em partida em que não precisou exibir nada. Não sabemos o potencial dele ou mesmo se terá chances, mas imaginamos que seja apenas uma opção de emergência.

Paulo Henrique (nenhum jogo) - Veio, está ai, mas ninguém sabe o porque de estar ali. Essa "quarta opção" é realmente necessária?

Zagueiros:

O xerife!
Foto: Thiago Calil / Agência Estado

Apesar de termos uma média de gols sofridos razoável nos números (e que no fim não significou nada), nossa defesa nos deu dores de cabeça em alguns momentos da temporada. A saída de Henrique (que ainda fez 3 partidas nessa temporada) para a Napoli foi sentida, queiram ou não, era um dos líderes técnicos do time. O rodízio de contusões entre Wellington, Tiago Alves e Victorino também atrapalharam bastante a montagem de uma defesa mais sólida, inclusive improvisando Marcelo Oliveira na zaga (Gabriel Dias estava no plantel e poderia ser utilizado, mas...). Apenas Lúcio manteve a regularidade. Reforços nessa posição são necessários.

Lucio (17 jogos) - Chegou cercado de desconfiança após uma temporada claudicante nos inimigos do Jd. Leonor, mas por aqui, exerceu a liderança que o levou a ser capitão do Brasil em uma Copa do Mundo e que foi campeão de quase tudo o que disputou. Apesar de errar algumas saídas de bola, rapidamente virou um dos líderes do time, demonstra raça e hoje é um jogador imprescindível para o elenco. Uma pena que tenha vindo em um estágio avançado da carreira.

Tiago Alves (10 jogos) - Começou a temporada como titular, mas se machucou ainda no primeiro jogo. Quando voltou, não teve atuações que comprometessem enquanto zagueiro, mas foi queimado ao ser improvisado na lateral direita, uma posição na qual não demonstrou nenhum cacoete. Luta com as contusões desde a temporada passada e por isso fica difícil demonstrar mais confiança. Serve para compor o elenco.

Wellington (7 jogos) - Quando iniciamos essa temporada, a última impressão que tínhamos dele era de um zagueiro estabanado e que custou preciosos pontos no trágico Brasileiro de 2012. O nosso temor aumentou quando o mesmo foi incumbido com a tarefa de substituir Henrique de última hora. Mas ele foi muito bem, inclusive sendo um dos melhores em campo no choque-rei. Também teve uma contusão mais longa e só voltou na reta final do Paulista. Parece que amadureceu, se jogar o que jogou em seus primeiros jogos da temporada, é titular ao lado de Lucio.

Victorino (nenhum jogo) - Nosso medo se confirmou: ele realmente é de vidro. Como joga? Não sabemos.

Thiago Martins e Gabriel Dias são os que vieram da categoria de base e também não disputaram nenhuma partida nessa temporada. O primeiro se recupera de cirurgia e o segundo não sabemos porque não é testado.

Volantes:

"Should I stay or should I go?"
Foto: Gazeta Press

Uma das posições mais frágeis do Palmeiras nas últimas temporadas, a cabeça de área agora é composta por nomes mais interessantes. Na saída de bola, a dúvida permanece no nome de Wesley. Se o nosso 11 permanecer e estiver focado, estamos bem, mas caso ele saia, teremos uma perda imensurável na posição.

Marcelo Oliveira (18 jogos) - O bastião do canal TV Palmeiras no Youtube finalmente se encontrou em campo. Após uma temporada nada interessante na qual se saísse não deixaria saudades, Marcelo Oliveira ficou, foi alçado como titular nos primeiros jogos devido a uma melhor preparação física e não decepcionou na cabeça de área. Como zagueiro, deixou a desejar, mas na posição original fez bem a sua parte. É o atleta que mais disputou partidas nessa temporada e sai na frente pela titularidade na posição por ter mais jogos, mas mesmo se for reserva, já demonstrou que será útil na caminhada do Brasileirão.

França (10 jogos, 1 gol) - Tecnicamente falando, França foi uma contratação certeira. A impressão inicial era que França era o típico volante brucutu que não alivia nas entradas, mas nos jogos que ele jogou, demonstrou vigor físico e boa saída de bola. Infelizmente, foi outro atleta que sofreu contusão em momento inoportuno. Em condições normais, mostrou futebol para ser titular com facilidade, então podemos esperar um bom desempenho dele no restante da temporada.

Eguren (10 jogos, 1 gol) - Com a saída de Marcio Araújo, o uruguaio foi a opção inicial de Gilson Kleina para assumir a titularidade na cabeça de área, mas sofreu uma contusão ainda na pré-temporada e perdeu espaço para os dois jogadores citados acima (França e Marcelo Oliveira). Quando voltou, não se encontrou em campo quando jogou com outro volante de contenção e a saída de bola foi prejudicada nessas partidas - sobretudo contra o rebaixado Paulista, onde ele fez uma péssima partida e foi sacado no intervalo. No que tange apenas a contenção, ele faz bem a parte dele, com raça, discrição e sem cometer erros bisonhos, apesar da lentidão em alguns momentos. Dito tudo isso, o uruguaio se encaixa como uma opção no Brasileiro em um provável rodízio de volantes (seja por cartão ou contusão).

Wesley (12 jogos, 3 gols) - Impossível ficar alheio ao jogador mais versátil do elenco. Wesley chegou em 2012 após uma vaquinha frustrada, se contundiu em apenas 4 partidas e quando voltou, não pode ajudar em nada o time, que já estava atolado no inferno da segunda divisão. Na temporada de 2013, Wesley demorou muito tempo para engrenar - jogou fora de posição em diversas partidas - e irritou (com razão) boa parte da torcida. No segundo semestre e já em sua posição natural no meio, realizando a transição da defesa para o ataque, mudou da água para o vinho, virando peça vital na espinha dorsal imaginada para o centenário. Nessa temporada, Wesley começou bem, marcando gols e realizando sua função com primazia, mas teve uma queda de rendimento e uma contusão. Quando voltou, ainda baleado, foi outro que apenas jogou pedrinha na partida mais importante. Se resolver o que quer da vida, é titular absoluto e um dos esteios técnicos do time para jornadas futuras.

Bruninho (1 jogo) - Volante com características similares a do Wesley, fazendo a transição entre a defesa e o ataque, Bruninho veio da Portuguesa com o campeonato já em andamento. Na única partida que fez, foi improvisado (ah vá!) pelo Gilson Kleina na lateral direita justamente no clássico contra o Santos. Foi mal em uma posição que não era a dele e quando foi para o meio (ainda na mesma partida), não mostrou muita coisa. Digamos que o único jogo que ele jogou prejudicou qualquer análise, mas deve ser mais utilizado ao longo da temporada.

Renato (2 jogos) - O volante que foi lançado ao final do inferno da segunda divisão do ano passado estreou a temporada como titular nas duas primeiras partidas, mostrando uma certa segurança, embora nada de excepcional. Se contundiu e perdeu espaço na equipe com a ascensão dos outros volantes.

Josimar (2 jogos) - Volante de confiança do Kleina desde os tempos da Ponte, Josimar chegou ao Palmeiras com um saldo negativo junto a torcida devido ao episódio de 2013, onde o mesmo supostamente se recusou a jogar a segunda divisão por aqui e teria pedido um salário alto. Um ano se passou, o time adquiriu outras perspectivas e sem nos esquecermos do fato ocorrido enquanto estávamos na pior, Josimar desembarcou no Palestra. Estreou contra o Ituano, fez uma partida bem ruim e se machucou. Voltou de contusão apenas como substituto contra o fraco Vilhena. Ainda tem contrato até o fim do ano e, se as contusões não voltarem, tem que provar em campo que é merecedor do apoio da torcida. Que entre e coma a bola por aqui, torcemos para isso.

Meias:

Enfim, em campo. Que engrenem de vez no Brasileiro.
Foto: Fernando Alves / Agência Lance

Definitivamente, essa é uma posição na qual o palmeirense mais exige qualidade e com toda a razão do mundo. Aqui, vimos os maiores craques da história do Palmeiras e do futebol mundial desfilarem talento, por isso queremos sempre o melhor desempenho. Dito isso, o nosso meio hoje é composto com um jogador realmente acima da média tecnicamente e outros que tem talento, mas precisam se afirmar. Em comparação aos anos anteriores e ao panorama do futebol brasileiro, melhoramos muito, mas se olharmos a nossa própria história, ainda precisamos de muito mais.

Valdivia (12 jogos, 4 gols) - E não é que nessa temporada o Valdivia está jogando com mais frequência? Não sabemos se Valdivia finalmente melhorou ou se é a proximidade da Copa do Mundo, mas o fato é que ele está sendo mais útil nesse ano. Em contrapartida, mesmo em campo, tem jogos em que ele não consegue fugir da marcação (como no dérbi). No maldito jogo contra o Ituano ele até atuou, mas baleado após sofrer pancadas a torto e direito contra o Bragantino, logo não fez nada. Por essa temporada em si dá para isentá-lo dos problemas, afinal, ele não fugiu dos jogos e é um dos atletas mais frequentes no ano, mas ele ainda tem um passivo enorme com parte da torcida que ainda desconfia dele por jornadas anteriores. Torcemos para que mantenha o ritmo mostrado, que seja o Valdivia que esperamos e que a relação de "amor e ódio" se torne apenas amor.

Mendieta (13 jogos, 2 gols) - O paraguaio demorou para pegar ritmo nessa temporada devido a forte contusão sofrida em outubro do ano passado, mas continuou alternando com partidas em que mostra um futebol acima da média com jogos em que faz tudo errado. Não é meia de armador "raíz" (novamente, Kleina o escala improvisado) embora consiga descolar bons lançamentos. Em compensação, faz muito bem a função do típico "camisa 11", onde puxa a marcação e abre espaços. Ainda tem mais o que desenvolver e demonstra vontade, é uma boa opção para o time na sequência da temporada.

Bruno Cesar (10 jogos, 2 gols) - Contratação alardeada no início de temporada, chegou bem acima do peso e só estreou na metade da fase de classificação do Paulista. A principal característica é o chute forte de fora da área, algo que não foi muito mostrado nos jogos em que esteve em campo. Quando jogou amparado por Valdivia, o jogo encaixou, mas quando compôs o meio com Mendieta, não cumpriu as funções de armador e ficou um tanto perdido em campo. Em forma e após a inesperada "pré-temporada", deve continuar como titular do time e a esperança é que se solte de vez.

Marquinhos Gabriel (10 jogos, 1 gol) - Revelação do Bahia, Marquinhos Gabriel desembarcou na Turiassu como aposta. Estreou com tudo e nos primeiros jogos mostrou que sabe jogar pelos lados, de cabeça erguida e fez boas assistências. Também não é armador e quando foi incumbido de realizar essa tarefa, não foi muito feliz. Outro que sofreu com contusões, mas quando estava recuperado, inexplicavelmente foi preterido pelo intrépido Vinicius em um jogo onde cair pelas laterais talvez fosse um meio de furar uma forte retranca. Recuperado, deve ser uma das opções para o time e fica a esperança de que cresça de produção no brasileiro. Bola, já mostrou que tem.

Mazinho (10 jogos, 1 gol) - Autor de um dos gols mais importantes da história recente do Palmeiras (o gol que abriu o placar no Olímpico contra o Grêmio na Copa do Brasil de 2012), Mazinho teve uma queda vertiginosa de produção após o título da Copa do Brasil de 2012 e ao início da temporada seguinte foi emprestado para o Vissel Kobe, do Japão. Como a última impressão é a que ficou, Mazinho voltou cercado de desconfianças e apesar de ter sido importante no jogo de estreia da temporada, logo voltou ao modo standart e passou a irritar a torcida com os ataques que morriam em seus pés. A insistência de Kleina com ele nos primeiros jogos era algo inexplicável, mas o desempenho era tão fraco que até o Kleina cansou. Embora sejamos eternamente gratos pelo desempenho na Copa do Brasil de 2012, deve ser emprestado novamente, por aqui, já mostrou que não serve.

Serginho (5 jogos) - O "artilheiro dos jogos ganhos" nunca mostrou ao que veio. Iniciou a temporada improvisado na lateral, foi mal e logo voltou para o meio, onde também foi mal. Sem muitas chances e sem demonstrar nada que convença, deve voltar para o Oeste ao final do empréstimo com o Palmeiras. Não fará falta.

Felipe Menezes (5 jogos) - Jogador que nos irritou com frequência durante a temporada passada, o "Sleep" Menezes permaneceu para essa temporada. Caracterizado pela lentidão e por parecer pensar na jogada com um delay de 5 segundos, o único destaque que ele teve nesse ano foi com o golaço que ele fez de meio do campo...no jogo treino. Com apenas 5 partidas (em que foi mal em todas elas), felizmente não teve muito tempo para nos irritar. Provavelmente será pouco (ou nada) utilizado durante o restante da temporada.

Atacantes:

Nosso melhor jogador de linha atualmente. Fica, Kardec!
Foto:  Miguel Schincariol/Agência Estado

Sem sombra de dúvidas, é a posição mais carente do elenco. Temos um centroavante acima da média, mas que não tem um substituto decente. A posição de segundo atacante também inspira observações, pois nenhum jogador despontou, pelo contrário, só nos decepcionamos.

Alan Kardec (16 jogos, 9 gols) - Sem sombra de dúvidas, é o atacante matador que esperávamos desde a saída de Barcos e o melhor jogador de linha que o Palmeiras tem na atualidade. Decisivo, inteligente com e sem a bola no pé e com diversos recursos, Kardec é um dos melhores atacantes do Brasil na atualidade e foi até cotado para integrar o grupo de Felipão na seleção. A média de gols marcados nessa temporada é ainda maior do que na temporada anterior e a tendência é que ele continue (ou aumente) essa média. Fica a torcida para que Kardec permaneça de vez no Palmeiras e faça história, pois talento para isso ele já mostrou que tem.

Leandro (12 jogos, 2 gols) - A grande decepção da temporada até o momento. Após uma pequena novela ao final do ano para saber se voltava para o Grêmio ou permanecia, Leandro ficou em definitivo, mas nem passou perto do bom futebol exibido em 2013, quando foi o artilheiro da temporada - ainda que tivesse muitos jogos onde ele nos irritava. Disperso, cansou de errar passes e gols, principalmente contra o Ituano, onde o gol perdido se tornou um castigo posterior. Tem que ir para o banco o quanto antes.

Diogo (6 jogos) - Diogo chegou ao Palmeiras após um bom campeonato disputado pela Portuguesa, onde foi aquele jogador cobiçado nas temporadas de 2007/2008. Começou como titular, se contundiu e quando voltou, parecia que iria engrenar de vez e tomar a titularidade de assalto com seu futebol vertical e boas assistências. Mas se contundiu novamente e não voltou até agora, inclusive ficando ausente da reta final do Paulista. Que se cheque a condição física do atleta nesse período "sabático", pois atuou em apenas seis partidas.

Patrick Vieira (7 jogos, 1 gol) - Esse é o jogador que mais nos coloca pontos de interrogação na testa. Quando entra, vai bem, joga pelas laterais e puxa a marcação da defesa como um autêntico segundo atacante. Mas é preterido mesmo jogando bem. Na temporada passada já tinha sido estranho ver Ananias sendo aproveitado enquanto o garoto da base foi fazer um tour pelo Japão. Merece ser mais aproveitado? Sim. Será aproveitado? Não sabemos.

Miguel (3 jogos, 1 gol) - Outro jogador que veio das categorias de base do Palmeiras e o único reserva com características de centroavante, mas não chega nem perto de Alan Kardec. Grosso e mal posicionado, não deve ser aproveitado na sequência da temporada.

Rodolfo (1 jogo) - O primeiro reforço da temporada tem um currículo interessante nas categorias de base, com uma média alta de gols mesmo sendo apenas segundo atacante. Entretanto, jogou apenas meio tempo da partida contra a Portuguesa - de maneira interessante, diga-se de passagem. Nos perguntamos porque ele não era utilizado enquanto fomos obrigados a aturar o Vinicius.

Vinicius (10 jogos) (Nota: já saiu e foi para o Vitória) - Vinicius deu um novo sentido para a expressão "agora vai" de maneira irônica. Desde 2010, nunca entendemos porque ele era escalado, afinal, nunca mostrou futebol para jogar no Palmeiras. Teve apenas uma boa fase durante parte da segunda divisão, mas logo voltou ao normal e irritou todo palmeirense como de costume. A gota d'água foi o gol perdido contra o Ituano, que o tirou por definitivo daqui. Em mais de 100 partidas, fez apenas 8 gols, números fracos para um atacante. Que seja feliz em outro lugar.

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Precisamos com urgência: 
- Lateral direito que venha para ser titular;
- Zagueiro que venha para ser titular;
- Zagueiro reserva;
- Segundo volante que saia para o jogo;
- Centroavante reserva;
- Segundo atacante;

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Provável time para o início do Brasileiro levando em conta as preferências do Kleina e o elenco atual: Fernando Prass, Wendel, Lucio, Wellington, Juninho; Marcelo Oliveira, Wesley, Bruno Cesar e Valdivia; Leandro e Alan Kardec.

Espinha dorsal: Prass, Lucio, Wesley, Valdivia e Kardec.

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E vocês, o que acham? Como foi o desempenho individual de cada atleta e o que o elenco precisa para entrarmos como favorito nos próximos campeonatos? Sabemos, não é uma ciência exata, mas maximizar nossas forças é importante para que nossas chances de títulos aumentem.

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Agradecimentos ao sempre excelente Porcopedia pelo acervo de informações onde foi possível consultar o número de jogos e gols de cada atleta nessa temporada.

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