Até ganhamos, mas...

Começou a abstinência. A partir de agora, ficaremos mais de um mês sem ver o Palmeiras em campo. O último jogo antes da parada forçada foi um empate sem gols com o Grêmio, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Quer dizer, sem gols em termos, já que Diogo fez um gol legal no segundo tempo, anulado pela arbitragem. 

Sem Wesley, Valdivia e Bruno César, os jogadores mais experientes e técnicos do meio para a frente, o Palmeiras não tinha uma liderança técnica com a posse de bola, alguém que colocasse a pelota no chão para esperar o time sair de trás. E por conta disso os dez primeiros minutos foram desesperadores. O Palmeiras não conseguia passar do meio do campo, o Grêmio fez uma blitz na frente da área e não tomamos o gol apenas porque o centroavante deles - apesar das súplicas da torcida gremista - ainda é o Barcos. 

Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Passada a pressão inicial, o Palmeiras colocou os nervos no lugar e passou a jogar de igual para igual. Foram mais 10/15 minutos de equilíbrio, e na parte final da primeira etapa, o domínio foi total do Verdão. Em grande parte, o domínio aconteceu porque, depois de muito tempo, voltamos a ter um time bem armado. Wellington na zaga, Marcelo Oliveira de volta ao meio. MO e Renato davam segurança à zaga, o que deu tranquilidade a Lúcio, que fez excelente partida. Wellington também não comprometeu e, com cobertura, William Matheus foi o melhor do primeiro tempo. E em sua jogada mais aguda, o lateral foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Felipe Menezes, que chegou batendo, mas demos azar: a bola que ia para o gol desviou nas costas de Diogo e explodiu na trave esquerda de Marcelo Grohe. Vendo que o Palmeiras não estava morto, o Grêmio se retraiu e não ameaçava mais nem nos contra-ataques. 

No segundo tempo, o panorama do jogo não se alterou. O Palmeiras continuou dominando as ações, apesar de mais cauteloso: Wendel deixou de apoiar o ataque, e Marquinhos Gabriel ficou mais fixo pela direita para ocupar aquele espaço. Com o posicionamento fixo de MG, perdemos um pouco de mobilidade pelo meio-campo, e Felipe Menezes - que teve boa atuação - ficou um pouco mais isolado, tendo que contar com a aproximação dos volantes e de Diogo. E o gol veio justamente com Menezes e Diogo. O primeiro bateu falta pela esquerda, o segundo antecipou-se a Grohe em posição muito legal e marcou de cabeça. Fomos assaltados em Caxias, quem sabe agora já possam parar de falar no pênalti não marcado para o Criciúma lá na primeira rodada. 

Com todos os desfalques - Valdivia, Mendieta, Wesley, Bruno César, Leandro, Prass e outros menos importantes - Alberto Valentim montou o que tinha de melhor para o momento. As únicas críticas são pelo fato de que o time já poderia ter essa formação há tempos, e a demora para mexer, quando o rendimento da equipe já havia caído. E quando mexeu, foi para a entrada de Josimar. Ele mesmo, o ignóbil Josimar. E não é que quase deu certo? O último lance do jogo foi uma boa jogada individual do camisa 15, seguida por uma finalização que passou bem perto. Mas claro que não entrou, porque jogadores ruins só fazem golaços contra o Palmeiras, nunca a favor. 

Agora, assumimos com nossos poucos mas sempre presentes leitores um compromisso de publicar alguns posts durante a Copa, seja para falar de Palmeiras, seja mesmo para falar de Copa, antes que voltemos a campo para mais uma vitória sobre nossos fregueses da Baixada. VEM, COPA!!!!

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