O último jogo de Felipão que vi na arquibancada

Por Marcus, um adepto do scolarismo.

Com a proximidade da Copa e com Felipão em evidência em todos os noticiários do planeta, é impossível não associar o bigode com a nossa rica e vitoriosa história. Nesse texto recordarei a última vez que vi o general Scolari como técnico do Palmeiras na arquibancada. Infelizmente, foi em uma época triste, não muito tempo após um dos momentos mais felizes dos últimos anos.

Com um misto de jogadores ruins, fracos de alma e descompromissados, somados com um ambiente completamente insalubre, em setembro de 2012, a vaca do Palmeiras estava caminhando a passos largos para o brejo da segunda divisão. Era um cenário que se desenhava cada vez mais desesperador, poucas coisas me faziam acreditar na permanência do time na primeira divisão, ainda mais após rodadas com desempenhos pífios - derrotas seguidas para CAG, Santos, Portuguesa e empate com Grêmio. O desânimo era latente no semblante de muitos torcedores e precisaríamos de uma grande virada para escapar da degola e isso porque tínhamos quase um turno inteiro pela frente. 

Uma das poucas coisas que me traziam alento era o fato de que ali no banco tínhamos um ídolo e que não se renderia facilmente ao insucesso. Felipão trazia essa segurança, com ele, imaginava que ele repetiria o improvável ao fazer o mesmo grupo carcomido que ganhou a Copa do Brasil jogarem bola novamente.

E veio a noite de quinta, véspera do feriado da independência do Brasil. O Pacaembu lotou com mais de 30 mil palestrinos, todos encarnaram um espírito de guerra forte e a alma felipônica que sempre caracterizou as decisões do Palmeiras. Desde o metrô Paulista, era possível ver a expressão de cada palmeirense, parecíamos que estávamos adentrando um campo de batalha. A noite, que seria a primeira do resgate alviverde, começava muito bem.

Dentro das arquibancadas, o clima não era de festa, mas de querer faríamos a diferença, de que éramos um gigante ferido. Os 3 x 1 para o Palmeiras contra o Sport, no fim, acabaram sendo pouco, mas todos saíram do municipal com uma nova esperança no peito.

Naquele momento eu não sabia, mas seria o último jogo que veria do técnico Luis Felipe Scolari como treinador do Palmeiras. Meu primeiro jogo na arquibancada foi com ele no comando, os títulos que mais comemorei também. Olhando para esse jogo, tudo o que enxergo hoje é que, em meio ao caos e uma luta contra o inevitável, ao menos tivemos uma última noite Felipônica na qual podemos lembrar para toda a posteridade, mesmo que essa tenha sido um dos últimos suspiros de um gigante que entrou derrotado para o campeonato.

Após esse jogo, Felipão ainda nos dirigiu por mais duas oportunidades e saiu. Com a saída dele, meu medo se materializou jogo após jogo e o fim foi aquele que queremos esquecer. 

Mesmo assim, Felipão fez milagres ao levar um elenco recheado de derrotados para o alto da glória ao conquistar um título nacional. Não é qualquer técnico que é capaz disso.

Obrigado Felipão e boa sorte nessa Copa.

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Sei que sou apenas um em meio a milhões, mas para os que aqui leem esse texto fica um pedido que se encaixa tanto na esfera futebolística quanto no mundo como um todo: valorize as pessoas que te deram grandes alegrias e momentos que você guarda para sempre na memória e no coração. 


Apesar de ser indiferente em relação ao desempenho do Brasil na Copa do Mundo (se ganhar ok, mas se perder, não perderei meu sono), comigo, a moral do Felipão está inabalada e torço para que ele e Henrique - dois grandes responsáveis pela nossa última grande alegria enquanto torcedores - tenham desempenhos vitoriosos. 

O grande responsável pela nossa última grande alegria. 

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